sexta-feira, janeiro 01, 2021

Resolução para o Ano Novo - André Luiz





 Resolução para o Ano Novo


André Luiz 


Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino...


Somos tangidos por fatos e problemas a exigirem a manifestação de nossa vontade em todas as circunstâncias.


Muito embora disponhamos de recursos infinitos de escolha para assumir gesto determinado ou desenvolver certa ação, invariavelmente, estamos constrangidos a optar por um só caminho, de cada vez, para expressar os desígnios pessoais na construção do destino.


Conquanto possamos caminhar mil léguas, somente progredimos em substância avançando passo a passo.


Daí, a importância da existência terrena, temporária e limitada em muitos ângulos porém rica e promissora quanto aos ensejos que nos faculta para automatizar o bem, no campo de nós mesmos, mediante a possibilidade de sermos bons para os outros.


Decisão é necessidade permanente.


Nossa vontade não pode ser multipartida.


Ideia, verbo e atitude exprimem resoluções de nossas almas, a frutificarem bênçãos de alegria ou lições de reajuste no próprio íntimo.


Vacilação é sintoma de fraqueza moral, tanto quanto desânimo é sinal de doença.


Certeza no bem denuncia felicidade real e confiança de hoje indica serenidade futura.


Progresso é fruto de escolha.


Não há nobre desincumbencia com flexibilidade de intenção.


Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino...


Se a eventualidade da sementeira é infinita, a fatalidade da colheita é inalienável.


Guardas contigo tesouros de experiências acumulados em milênios de luta que podem crescer, aqui e agora, a critério do teu alvitre.


Recorda que o berço de teu espírito fulge longe da existência terrestre.


O objetivo da perfeição é inevitável benção de Deus e a perenidade da vida constitui o prazo de nosso burilamento, entretanto, o minuto que vives é o veículo da oportunidade para a seleção de valores, obedecendo a horário certo e revelando condições próprias, no ilimitado caminho da evolução. [Decisão, E - Cap. XXIV - Item 15]


Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino...


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espíritio  André Luiz.Da obra: Opinião Espírita.

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