25-A LÃ
Casimiro Cunha
Em todas as latitudes da terra que aperfeiçoa, é sempre meiga e bem vinda a lã carinhosa e boa.
Conserva a saúde e a vida, nos invernos, nos trabalhos, e mãe delicada e nobre dos mais puros agasalhos.
Faz frio? Desceu a noite em borrascas escarninhas?
A lã protetora e santa vai vestir as criancinhas.
Há velhice amargurada movendo-se quase morta?
A divina benfeitora vem de leve e reconforta.
Enfermos entristecidos atados a grandes dores?
Recolhe-os bondosamente em ninhos de cobertores.
Presta aos homens neste mundo auxílio amoroso e forte, desde o berço da chegada, ao leito de dor na morte.
Heroína afetuosa de serviço e de bondade, preserva no mundo inteiro o corpo da Humanidade.
Quem a veste, conservando-a, encontra incessantemente a couraça que resiste ao frio mais inclemente.
Lembremos, vendo-a servir sem recompensa e sem palmas, o Cordeiro que dá lã necessária a nossas almas.
Não te doa nos caminhos o inverno de angústia e pranto: vistamos os sentimentos em lã do Cordeiro Santo.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP: Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 25, p.24.
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