12-A CAPINA
Casimiro Cunha
Nos serviços de defesa da semente que germina, não se pode descuidar dos trabalhos da capina.
Em torno à planta que nasce no escuro lençol do chão, surgem ervas venenosas formando comprida esteira tentando a sufocação crescem fortes, espontâneas, nocivas e desiguais, formando comprida esteira de grosseiras ervaçais.
Alastram-se em toda parte...
São verduras traiçoeiras e, se vivem conformadas, dominam a roça inteira.
Que o lavrador cuidadoso jamais se esquive à atenção, trazendo-lhe, decidido, a justa eliminação.
Ainda que mostrem flores entre os ramos de alegria, que todas sejam tratadas a lâmina da energia.
Enquanto o grão não se forme para a colheita madura, capine a enxada ao redor, tão atenta, quão segura.
De outro modo, o mato inútil, vadio, cruel, sem nome, rouba grelos promissores, deixando ruína e fome assim no mundo, igualmente, quem deseje o nobre dom, destrua dentro de si mesmo todo impulso menos bom.
Cultiva diariamente a vida elevada e sã: Não te esqueças da capina se queres fruto amanhã.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 12, p.11.
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