15-A CHUVA
Casimiro Cunha
Folhas secas. Terra ardente.
Calores. Desolação.
Mas a chuva vem do céu trazendo consolação.
Toda semente que é boa, entre júbilos germina, e a bela fecundação da natureza divina.
As árvores ganham forças, alimpa-se a atmosfera, a verdura em toda parte tem cantos da primavera.
Às cidades, como aos campos, aos ninhos, à sementeira, o pombo níveo da paz traz o ramo da oliveira.
Sopra o vento brando e amigo, em vagas cariciosas, levando a mensagem doce que nasce do odor das rosas.
A chuva que cai do alto e benção que se derrama...
Na flor é orvalho celeste, no pó do chão faz a lama.
Assim, também, os ensinos, que nos dão verdade e luz, são a chuva generosa da inspiração de Jesus.
Cai sobre todos. No amor é raio de perfeição, mas no pó da ignorância é falsa compreensão.
Deus, porém, que é Pai Bondoso entre as leis universais, faz com que a lama produza sementes, flores, trigais.
Eis a razão pela qual nossa indigência produz: Inda mesmo em nossas sombras, o evangelho é sempre luz.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 15, p.14.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
“Deixe aqui um comentário”