40-A PLANTAÇÃO
Casimiro Cunha
É muito grande o trabalho, enorme a preparação, na terra que se destina ás fainas da plantação.
É preciso desprezar certas plantas, certas flores retirar os espinheiros e arbustos inferiores.
Depois da foice aguçada, que opera o desbravamento, vêm, a golpes de enxadão, limpeza e destocamento.
No corpo da terra nua, em lutas laboriosas, há frondes e flores murchas, cicatrizes escabrosas.
Logo após, o arado amigo, cuidadoso, traça a leira, completando atividades, devidas à sementeira.
O solo dilacerado dá conta do esforço ingente, a terra aberta e ferida é o berço justo à semente.
A zona que se consagra, ás tarefas de cultura, fornece lições diversas ao campo da criatura.
Muita gente julga, a esmo, que as lutas da educação se resumem a teoria, discurso e doutrinação.
Mas o problema é bem outro: Não se dispensa a harmonia entre ação e ensinamento, nos quadros de cada dia.
Dores, lutas, sofrimentos, são bênçãos de formação da Divina Sementeira nas zonas do coração.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha.Cartilha da natureza.São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 40, p.41.
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