44-A PORTEIRA
Casimiro Cunha
Enquanto a cerca trabalha, organizando a divida, a porteira se encarrega da tolerância precisa.
O caminho generoso, defendido em cada lado, não pode ser confundido, nem deve ser perturbado.
Quem organiza, porém, o esforço de vigilância, pode, às vezes, ser levado a gestos de intolerância a rigidez na fronteira, tendendo para o egoísmo, encontra a porteira sábia, que opera contra o extremismo.
Nas praças como nos campos, ela ensina, com carinho, que a propósitos sagrados, não se nega o bom caminho.
A cerca defende a ordem dominando o que é contrário, mas a porteira bondosa atende ao que é necessário.
Há pessoa aflita e triste que precise providência?
Ei-la pronta a qualquer hora, e atende com diligência.
Animais ao abandono?
Necessidades de alguém?
Expõe com simplicidade a sua missão no bem.
E com calma superior, humilde e silenciosa, completa o serviço amigo da cerca criteriosa.
Vivem no mundo almas nobres, torturadas de aflição, porque lhes faltam porteiras nos campos do coração.
27ncisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 44, p.45.
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