46-A REFEIÇÃO
Casimiro Cunha
Das horas do lar terrestre, que falam ao coração, destacamos com justiça a hora da refeição.
Há muita gente no mundo que se assenta junto à mesa e recebe o bem divino sem ponderar-lhe a grandeza.
Supõem muitos, mostrando juízo ao sabor do vento, que a refeição se resume a despesa e pagamento.
Raros pensam no trabalho da Eterna Sabedoria que espalha, por toda a terra, esse pão de cada dia.
A maior parte dos homens, estranha à luz da oferenda, aproveita a refeição por dar pasto à gula horrenda.
Muitos outros, igualmente, dominados de cegueira, a transformam em campo largo de excessos de bebedeira.
Não poucos, menosprezando o corpo sadio e forte, em vez de atender a vida, procuram moléstia e morte.
Finalmente, em toda a parte, pelo método confuso, o dom do Senhor se torna em pastagem para o abuso.
Ouve amigo: não te esqueças, nas mais ínfimas estradas, que o prato das refeições é bênção das mais sagradas.
Não olvides que o “pão nosso” é dom sublime e perfeito; se não tens a luz da fé, não te esquives ao respeito.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 46, p 47.
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