62 - O CARRO
Casimiro Cunha
Nos problemas de viagem por vencer qualquer distância, todo carro requisita esforços de vigilância.
Antes de tudo, atendendo as lições da Natureza, não se pode prescindir dos detalhes da limpeza.
O carro é prestigioso, mas, no longo das estradas, pede amparo da prudência, nos serviços, nas paradas.
Aqui, reclama remendo, mais além um parafuso, todo o zelo é necessário preservando-se do abuso.
De quando em quando, é preciso exame calmo e acurado, cada peça solicita carinho, atenção, cuidado.
Ferramentas, graxa e óleo requisitam provisões; somente o bem da reserva remedeia inquietações.
Sem isto, qualquer jornada vale por louca aventura, que termina comumente no desastre da loucura.
O carro mais reforçado, à desídia do cocheiro, abandona o rumo certo, resvala ao despenhadeiro.
No mundo assim também é: O homem, na humanidade, é o viajor desmandando as luzes da eternidade.
A experiência é a viagem, o carro é teu organismo: Quem descuide o próprio corpo precipita-se no abismo.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza.São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 62, p.63.
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