84-O PÃO
Casimiro Cunha
Em casa, chega o momento destinado à refeição. . .
Raro aquele que recorda a história de luz do pão quase sempre, vem de longe, das zonas do campo em flor oferecer-se à criatura em nome do Pai de Amor.
Foi semente sepultada na terra ferida e escura, ressuscitando em seguida nas belezas da verdura.
Suportou lutas amargas, noites ásperas, sombrias, recebendo chuva e sol, tempestades, ventanias.
Adornou-se em primavera, risonha, sublime, eleita, e entregou-se alegremente ao segador na colheita.
Padeceu processos vários, viveu peregrinações, desde a ceifa rude e longa, ao prato das refeições.
Conforme reconhecemos, esse pão, quase sem nome, é dádiva do Criador, que vem mitigar a fome.
Mensageiro humilde e santo de carinho e de bondade, é o laço entre a Providência e a nossa necessidade o amor e a abnegação resumem-lhe a bela história; o espírito de serviço é a vida de sua glória.
Coração que sofre amando na fé sublime e sem jaça, vai ser pão na Mesa Augusta dos Bens da Divina Graça.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 84, p.85.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
“Deixe aqui um comentário”