A reencarnação de Santos Dumont no Rio de Janeiro
Eliana Haddad
Certo dia, em uma viagem de ônibus para Uberaba, Clóvis
Tavares, fundador da Escola Jesus Cristo, em Campos de Goytacazes, RJ, pensava
com carinho na figura do aviador Santos Dumont.
O escritor já havia recebido do amigo Chico Xavier a
informação de que o aviador era um dos irmãos espirituais mais dedicados no
trabalho de seu educandário.
Mas foi naquela mesma noite, 20 de julho de 1948,
em reunião íntima com Chico, que Clóvis ficou ainda mais emocionado.
Em prece,
ao recordar a data de natalício de Santos Dumont, Chico percebe a presença do
aviador naquele círculo íntimo.
Ele transmite palavras de carinho e refere-se a
observações particulares que provocaram em Clóvis profundo impacto, pois nada
havia comentado com o médium com relação às suas cogitações sobre Santos Dumont
durante a viagem.
Dumont dizia que muito se sensibilizara com elas.
Comovido,
agradecia as lembranças afetuosas, dizendo que desejava escrever algumas
palavras (veja a mensagem completa), em que dizia:
"Não há voo mais divino
que o da alma.
Não existe mundo mais nobre a conquistar, além do que se
localiza na própria consciência, quando deliberarmos converter-nos ao bem supremo.
Alcemos corações e pensamentos ao Cristo".
Clóvis continuou participando por muitos anos de reuniões
mediúnicas com Chico, que lhe revelara, certa vez, que Santos Dumont havia
reencarnado na cidade de Campos de Goytacazes, em março de 1956, como seu filho
e de Hilda Mussa Tavares.
O nome, Carlos Vitor, o primeiro filho do casal.
Carlinhos nascera sadio, embora aos nove meses de idade
tivesse levado um tombo do carrinho de bebê, deslocando a vértebra cervical e
ficando tetraplégico.
Segundo Chico, a marca já estava em seu períspirito, em
função da lesão adquirida pelas experiências do suicídio no passado, quando
deprimiu-se ao presenciar mineiros e paulistas a digladiarem-se pelo céu,
usando o avião, obra de sua invenção, como arma de guerra para matar e destruir.
A família de Clóvis Tavares guardou a revelação feita por
Chico Xavier.
Carlinhos viveu até os 17 anos, desencarnando em fevereiro de
1973.
Mas a bela história deste núcleo familiar ganhou destaque no documentário
que acaba de ser lançado pela produtora Versátil Digital Filmes, Luz da
escola1, que tem como foco a história dos inicialmente materialistas Clóvis
Tavares e de sua noiva, Nina Arueira.
Desencarnada aos 19 anos nos braços de
Clóvis Tavares, Nina encoraja o ex-noivo, em espírito, a fundar uma escola para
acolher crianças pobres em Campos , o
que se deu meses depois de sua morte, em outubro de 1935, recebendo o nome
Escola Jesus Cristo.
1- Luz da Escola será lançado no mês de julho em formato DVD
e também em TV por assinatura.
FONTE
Jornal Correio Fraterno - Edição 468
março/abril 2016. disponível em https://www.correiofraterno.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1817:-a-reencarnacao-de-santos-dumont-no-rio-de-janeiro&catid=16:vocesabia&Itemid=2
Mensagem enviada particularmente a Clóvis Tavares na noite
de 20 de julho de 1948, em Pedro Leopoldo, psicografada por Chico Xavier:
"Amigos, Deus vos recompense.
A lembrança da prece me comove as fibras mais íntimas.
O Espírito liberto esquece o homem prisioneiro.
A alvorada não entende a sombra.
Tenho hoje dificuldades para compreender a luta que passou
e, não fosse a responsabilidade que me enlaça ainda o campo humano, em vista
das aflições que me povoaram as últimas vigílias na carne, preferia que as
vossas recordações, ainda mesmo carinhosas e doces, não me envolvessem o nome
de lutador insignificante.
Descobrir caminhos sempre foi a obsessão do meu pensamento.
Reconheço hoje, porém, que outra deve ser a vocação da altura.
Dominar continentes e subjugar povos através do ares, será,
talvez, extensão de domínio da inteligência perversa que se distancia de Deus.
Facilitar comunicação entre as criaturas que ainda não se entendem,
possivelmente será acentuar os processos de ataque e morte, de surpresa, nas
aventuras da guerra.
Dolorosa é a situação do missionário da ciência que se vê
confundido no ideais superiores.
Atormentada vive a cultura que anão alcançou
ainda o cerne sublime da vida.
Terei errado, buscado rotas diferentes?
Certo, não.
O mundo e os homens aprenderão sempre.
A evolução é fatal.
Todavia, recolhido presentemente à humildade de mim mesmo,
procuro caminhos mais altos e estradas desconhecidas, no aprendizado do roteiro
para o Cristo, Senhor do nossas vidas.
Não há vôo mais divino que o da alma.
Não existe mundo mais nobre a conquistar, além do que se
localiza na própria consciência, quando deliberamos converter-nos ao bem
supremo.
Sejamos descobridores de nós mesmos.
Alcemos corações e pensamentos ao Cristo.
Aprimoremo-nos para refletir a vontade soberana e divina do
Alto por onde passarmos.
Crescimento sem Deus é curso preparatório da queda
espetacular.
Humilharmo-nos para servir em nome Dêle é o caminho da
verdadeira glória.
De qualquer modo agradeço-vos.
O trabalhador que prepara as possibilidades para ser útil
jamais se esquecerá de endereçar reconhecimento às flores que lhe desabrocham
na senda.
Crede!
Não passo de servidor pequenino.
Que o Senhor nos enriqueça com Sua divina bênção."
Alberto Santos Dumont
FONTE
Jornal Correio Fraterno - Edição 468 março/abril 2016. disponível em https://www.correiofraterno.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1817:-a-reencarnacao-de-santos-dumont-no-rio-de-janeiro&catid=16:vocesabia&Itemid=2
Profº Dr. Clóvis Tavares
Prof.º Dr. Clóvis Tavares e Nina Arueira
Profº Dr. Clóvis Tavares, sua esposa Dona Hilda Tavares e Carlos Vítor.
Um leitor me perguntou se o espírito Santos Dumont já havia se comunicado por algum médium; se estaria reencarnado; ou se estava no mundo espiritual assistindo ascomemorações do centenário do primeiro vôo de seu avião, o 14 BIS.
Quanto à primeira pergunta, informo-lhe que em 1948, Santos Dumont enviou pelo médium Chico Xavier oportuna mensagem, na qual diz, em certo trecho:
“Não há vôo mais divino que o da alma.Não existe mundo mais nobre a conquistar, além do que se localiza na própria consciência, quando deliberarmos converter-nos ao bem supremo. Alcemos corações e pensamentos ao Cristo”. O texto, na íntegra, foi publicado no livro “30 Anos com Chico Xavier”.
“Não há vôo mais divino que o da alma.Não existe mundo mais nobre a conquistar, além do que se localiza na própria consciência, quando deliberarmos converter-nos ao bem supremo. Alcemos corações e pensamentos ao Cristo”. O texto, na íntegra, foi publicado no livro “30 Anos com Chico Xavier”.
Com relação ao segundo e terceiro questionamentos, conforme revelação de ChicoXavier, esclareço-lhe que o Pai da Aviação reencarnou na cidade de Campos, em março de1956, como filho de Clovis Tavares e de Hilda Mussa Tavares, com o nome de Carlos Vitor.
Aos nove meses de idade ele caiu de um carrinho de bebê, e com o tombo deslocou a vértebra cervical, ficando tetraplégico. Esse fato, aliás, foi narrado por seu irmão, o médico homeopata Dr. Flavio Mussa Tavares, em entrevista ao jornal “Folha Espírita” de abril deste ano.
Dr. Flávio disse também que, a partir daí, seu irmão Carlos Vitor passou a depender totalmente de seus pais, vindo a desencarnar aos 17 anos de idade, em fevereiro de 1973.
Como se sabe, Santos Dumont, ao ficar deprimido quando presenciou mineiros e paulistas a digladiarem-se pelo céu, usando o avião como arma de guerra para matar e destruir, enforcou-se no dia 23 de julho de 1931, no Guarujá, em São Paulo.
Foi por isso, disse Chico Xavier, que o espírito Santos Dumont, antes de reencarnar,decidiu expiar a sua morte como suicida, através de uma vida curta como paraplégico.
A queda acidental sofrida por Carlos Vitor, aos nove meses de idade, deslocou a sua vértebra cervical.
A um programa de TV, Chico Xavier também declarou que a vértebra já estava deslocada no seu perispírito, isto é, no corpo semimaterial que envolve o espírito, por ter sido lesada quando ele, como Santos Dumont, se enforcou. O registro consta no livro “Jesus e Nós”.
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