quarta-feira, agosto 30, 2023

Providência Divina - Joanna de Ângelis



Providência Divina


Joanna de Ângelis


A Onisciência Divina estabelece os Seus Códigos Soberanos com perfeição e sem qualquer improviso, tendo em vista os acontecimentos que se deverão desenvolver à medida que o progresso assinale as conquistas que vão sendo conseguidas.


Programando o ministério de Jesus e a difusão da Sua doutrina de amor, fez com que Espíritos Nobres mergulhassem na indumentária carnal em diferentes períodos do pensamento histórico, a fim de que as criaturas pudessem ampliar a percepção em torno do futuro empreendimento libertador para as consciências humanas.


Desde tempos imemoriais, nos diversos países e culturas, missionários sábios trouxeram, por determinação divina, fragmentos da Verdade que deveriam facilitar o entendimento das Leis da Vida preparando o advento do Messias de Nazaré.


Desse modo, jamais faltaram às criaturas terrestres as diretrizes de segurança e as luzes do entendimento que lhes facultassem gerar critérios capazes de despertar os valores eternos que se lhes encontravam adormecidos no germe do ser.


De acordo com o nível de consciência de cada estágio da evolução, assim como da dimensão do pensamento, Leis rigorosas e orientações severas abriram os espaços mentais do ser humano para compreender lentamente os objetivos existenciais e perceber a própria imortalidade em cujo oceano de bênçãos se encontra mergulhado.


À medida que o aprimoramento moral se foi estabelecendo, esses códigos de regência dos destinos se foram tornando amenos e mais compatíveis com os naturais processos de evolução.


Saía-se do primarismo dos instintos para a ética dos costumes, atenuando a belicosidade asselvajada, de forma que a cultura e a civilização se inscreveram nos painéis emocionais e mentais, aprimorando o caráter e o sentimento, embora na atualidade ainda vicejam alguns remanescentes da brutalidade e da sistemática vinculação com a hediondez.


Conhecendo a prevalência das manifestações primárias sobre a natureza espiritual do ser em evolução, o Criador generoso facultou que os Gênios do Bem e do Progresso insistentemente trabalhassem as faculdades da razão e da emoção humana, a fim de poder assimilar a Mensagem incomparável do Mestre, ao mesmo tempo dilatando-lhe a capacidade de comunicação entre os diferentes povos perdidos no labirinto dos seus complexos dialetos e idiomas que lhes dificultavam a aproximação e a transmissão dos conhecimentos.


Lentamente foram-se ampliando os horizontes da humanidade através das guerras, caminho único para aqueles padrões comportamentais do passado, nos quais predominavam a força e a dominação arbitrária.


Os burgos, aparentemente autosuficientes, deram-se conta então da necessidade de cada qual buscar hegemonia sobre os demais, ao tempo em que se pudessem fortalecer contra os inimigos comuns, ampliando dessa forma as suas fortificações e passando a invadirem-se reciprocamente uns aos outros, estabelecendo mecanismos de defesa para sobreviver nos períodos de caos, assim inter-relacionando-se e adotando línguas que lhe facultassem a convivência.


Expandindo-se os territórios físicos do mundo terrestre, foram-se tornando conhecidos os povos, suas culturas e hábitos, mesmo que sob os clangores das guerras lamentáveis.


Nesse comenos, foi convocado à reencarnação o Espírito Alexandre Magno, da Macedônia, que nasceu no ano 356 a.C. com a missão de difundir o pensamento e a língua grega, havendo sido discípulo de Aristóteles e admirador de Diógenes, de modo que os diferentes povos da Eurásia oportunamente pudessem compreender a mensagem de Jesus, que seria divulgada pelo Apóstolo Paulo, também nesse idioma.


Logo depois, reencarnando-se o mesmo Espírito como filho de Flávia Júlia, o futuro Júlio César iria submeter os diversos povos conhecidos a uma única hegemonia, levando-lhes o latim para, ao lado do grego, tornar-se idioma universal sob a inspiração da Divindade, com o mesmo fim de expandir no futuro, por todo o mundo, a mensagem da Boa Nova.


Preparado o solo dos corações, Jesus veio à Terra e tornou-se o divisor incomparável da História. 


A Sua proposta de amor, rica de sabedoria, rompeu a treva densa da ignorância, abrindo claridades dantes jamais alcançadas para a construção do Evangelho, isto porque o mundo conhecido quase todo se encontrava sob a dominação de Roma, de onde partiria a Revelação que os Apóstolos Pedro e Paulo deveriam difundir.


Paulo, fascinado pelos Seus ensinos, tendo nascido em Tarso, cidade grega, onde aprendeu o idioma de Atenas, mas submetida ao jugo romano, estudou o latim e, descendente de hebreus, falava o idioma de Israel, equipado, portanto, para o ministério ímpar da disseminação do Reino por toda a parte.


Posteriormente, após a decadência do Império romano, Carlos Magno foi chamado à liça e voltou a reunir parte do mundo fragmentado, de modo a criar as condições sociológicas e históricas para o advento do Espiritismo, que chegaria à Terra mais de mil anos depois.


As lutas sucederam-se na esteira dos tempos e a humanidade esfacelou-se em guerras contínuas, quando a França foi invadida pela Inglaterra, que trazia o peso da cultura anglo-saxônia e ameaçava a ancestral estrutura latina do país.


A Sabedoria Divina conduziu então à reencarnação Joana D’Arc, renascida em 1412 na pequenina Domremy, na França, a fim de reunir e reconduzir a vitórias o desestruturado exército francês, coroando o débil Carlos VII, em Reims e, mesmo tombando vitimada pela intolerância e pusilanimidade dos seus coevos, deixou o país em reequilíbrio, de forma que, no momento próprio, se pudesse concretizar a programação estabelecida para o futuro.


Cansada dos dias do terror, com os códigos dos direitos humanos firmados e os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade desfraldados, a velha Gália recebeu Napoleão Bonaparte, nascido em Ajácio, na Córsega, no ano de 1769 para reunir os Estados europeus, a fim de que Allan Kardec pudesse decodificar o pensamento de Jesus e atualizar o conhecimento espiritual à luz das conquistas da moderna ciência, assim como reconduzir a investigação de laboratório às causas que geram a vida, utilizando-se o então idioma da Cultura e da Diplomacia para logo alcançar as diferentes nações.


Instalados os postulados do Espiritismo no arcabouço cultural da humanidade, aos homens, em perfeita e lúcida comunhão com os Espíritos, cabe a tarefa de fazer resplandecer a Doutrina de Jesus Cristo, instaurando a Era da imortalidade em triunfo acima das convenções vigentes e do materialismo predominante nas Academias e na conduta de muitos que professam o Espiritualismo ancestral nas suas diversas vertentes.


A Onisciência Divina, que programou o Espírito para a glória solar, propicia-lhe, desde os primórdios da Criação, os recursos hábeis para a sua auto-iluminação e o desenvolvimento dos valores adormecidos no imo, alcançando, patamar a patamar, os elevados níveis da sublimação e da plenitude.


Ninguém foge ao destino que lhe está reservado, que é a conquista da paz real e a vitória total sobre as paixões.


Passo a passo, vai-se superando, mesmo que sob as injunções do sofrimento, quando se recusa aos nobres impositivos do amor, e elevando-se, sem cessar, no rumo da angelitude.


O improviso não faz parte dessas Leis Soberanas, encontrando- se delineados os objetivos existenciais e os recursos próprios para que se torne factível o encontro com as consciências pessoal e divina.


Ao ser humano cabe o dever de investir esforço e sacrifício incessantes, trabalhando a conquista das luzes do conhecimento e das bênçãos do sentimento, para apressar a própria felicidade.


Recordando-se de que Jesus comanda a barca terrestre e Deus administra o Universo, a marcha é inexorável no rumo da Grande Luz que a todos nos banha desde ontem.


Pensamentos extraídos da mensagem Providência Divina, recebida em Hofheim, Alemanha, 10 de maio de 2001.


FRANCO, Divaldo Pereira Franco elo Espírito Joanna de Ângelis, Nascente de bênçãos, p. 54-61.

 

 

 

 

 


terça-feira, agosto 29, 2023

Nascente de Bençãos - Joanna de Ângelis



Nascente de Bençãos

 

 Joanna de Ângelis


No torvelinho agitado das horas, o ser humano transita com emoções desordenadas, sem o tempo necessário para atender aos deveres a que se vincula, quase sempre experimentando estresses e desconfortos morais que o atormentam.


Elabora planos que espera cumprir, não obstante os enfrentamentos no trabalho da manutenção da vida física, bem como os compromissos familiares e sociais levam-no ao cansaço ou ao desencanto, pela impossibilidade de tudo realizar conforme desejaria.


Examina como transcorrem as existências na Terra e anela pelas posições de relevo, situações econômicas de comodidade, recreação, saúde irretocável e, porque a sua é uma condição diferente, desarmoniza-se e estorcega no ressentimento em relação à vida e ao destino que considera cruel.


As filosofias existenciais que encontra convidam ao prazer e à irresponsabilidade, fazendo crer que os sorridentes e galhofeiros são felizes, porque se apresentam sempre joviais e indiferentes aos problemas, como se a vida lhes fosse um passeio festivo pelo mundo da fantasia.


A sua é uma realidade diversa, assinalada por trabalhos exaustivos e preocupações que se renovam, não lhe facultando fruir do conforto que se distende por quase toda a parte.


Essas reflexões, porém, não correspondem à realidade.


O ruído de muitos que gargalham nem sempre é de alegria, mas de desequilíbrio emocional.


O conforto a que inúmeros se atiram quase sempre lhes amolenta o caráter ao invés de lhes manter o bem-estar.


A posição relevante em que diversos transitam é assinalada por sacrifícios e provações que não são percebidos. 


Certamente, eles se sentem bem nesse mundo de disputas, invejas e traições, mas não desfrutam de felicidade real, porque também sabem quanto é transitório o êxito mundano.


De outra maneira, a escada que conduz à fama e ao brilho na ciência, no pensamento, na arte, na fé, é feita de muitos degraus que devem ser galgados com muito sacrifício, nos quais se deixam lágrimas e pegadas de dor. Ninguém que haja atingido o auge, sem haver transitado pelas dificuldades do começo, senão hoje, sem dúvida no passado.


A existência na Terra é um contínuo convite ao aprimoramento moral e incessante proposta de desenvolvimento interior.


Aquele que se esforça para aprender, sempre poderá aspirar pelo momento de saber e ser feliz.


É valioso, portanto, o empenho que todos devem aplicar na conquista de si mesmos e das bênçãos que a vida oferece àqueles que lutam, sacrificam-se e constróem a sociedade digna.


Multiplicam-se na Terra as nascentes de água refrescante e de luz mirífica.


Nos oásis, essas nascentes são a presença do amor de Deus em benefício de todos quantos atravessam os desertos.


Nas ilhas, são dádivas da misericórdia do Pai para que a vida não desapareça.


Nos prados, são responsáveis pela paisagem rica de cor, de perfume e de frutos que favorecem outras vidas.


Nas mentes, são focos de claridade diamantina liberando das sombras da ignorância e do atraso em que se mantêm.


Nos sentimentos, são hinos de esperança e de ternura, que contribuem para o desenvolvimento do amor e da caridade.


Na conduta humana, são forças que dessedentam ante à canícula das paixões e suavizam a ardência do desespero.


É necessário, portanto, observar, como ensina Jesus, as nascentes do coração de onde promanam os bons como os maus pensamentos, palavras e ações.


Pensamentos extraídos da mensagem Nascente de Bênçãos, recebida em Londres (Inglaterra), 13 de junho de 2001.


FRANCO, Divaldo Pereira Franco elo Espírito Joanna de Ângelis, Nascente de bênçãos p. 50-54

 


segunda-feira, agosto 28, 2023

Angústia - Joanna de Ângelis

 


Angústia


Joanna de Ângelis

 

A angústia é um estado emocional de caráter ambíguo.

 

Invariavelmente representa uma situação psicológica derrotadora, que se caracteriza pela tristeza, pelo sofrimento, pela falta de objetivo existencial.

 

Não poucas vezes, abre espaço para os transtornos de natureza afetiva, especialmente na área da depressão.

 

Iniciando-se em forma de melancolia, agrava-se pelos distúrbios neuroniais ou por eles se inicia, derrapando nas situações graves do desinteresse pelos valores básicos e necessários ao crescente desenvolvimento orgânico e intelecto-moral.

 

Do ponto de vista filosófico, merece recordar-se o conceito de Kierkegaard, que afirma tratar-se de uma situação que determina o nível espiritual do indivíduo, que psicologicamente pretende despertar para o sentido existencial da vida e da sua liberdade.

 

Por isso, expressa-se de maneira ambígua, porque a melancolia que se manifesta é resultado da falta de significado e de objetivo existencial, impulsionando à busca dos mesmos.

 

Por outro lado, segundo Heidegger, trata-se de uma manifestação psicológica de natureza afetiva, mediante a qual se revela ao homem o nada absoluto em que se baseia a existência.

 

A angústia, entretanto, tem a sua psicogênese no próprio Espírito, agente e responsável pelos atos tormentosos que lhe assinalaram alguma existência passada e cujos reflexos, em forma de consciência de culpa, hoje ressumam dos painéis do inconsciente onde se encontram arquivados.

 

Em um masoquismo não proposital, o indivíduo se autopune, acreditando não merecer a alegria de viver nem a felicidade, porque lhe pesam no imo os fardos da responsabilidade pelo mal praticado contra outrem, pela desdita e tormento que lhe infligiu, tornando-o sua vítima.

 

A energia resultante do fenômeno autopunitivo interfere nas intercomunicações dos neurotransmissores, produzindo deficiência no comportamento que, por conseqüência, desencadeia os mecanismos depressivos da personalidade.

 

Outrossim, a vítima enganada, reencontrando aquele que a

perturbou e responde pela sua desdita, acerca-se-lhe vingativa e descarrega no campo de energia de que se constitui as vibrações de ódio e cobrança que lhe são peculiares, produzindo um fenômeno equivalente no binômio corpo-emoção.

 

As obsessões mediante processos de angústia são muito mais freqüentes do que se pode imaginar, considerando-se as ocorrências da perversidade e da alucinação em que se comprazem muitos Espíritos afeiçoados aos seus sentimentos inferiores.

 

Não obstante, vez que outra, o ser humano sente-se perturbado na sua tranqüilidade por descobrir o vazio existencial com que o materialismo lhe brinda e, porque ansiando por objetivos de maior significação e ideais mais profundos, resvala na angústia que o impulsiona de certo modo a buscar a beleza, o conhecimento, a harmonia interior que lhe faltam.

 

Quando essa nuvem sutil da tristeza começar a envolver-te os painéis da mente e os tecidos delicados do sentimento, desperta para a vida e renova-te através da oração.

 

A prece é antídoto eficaz para todos os estados de perturbação da mente e do coração.

 

Funciona como claridade superior que verte da Vida e penetra os absconsos recantos do sentimento humano.

 

Portadora de alta carga vibratória, estimula os neurônios que

produzem neuropeptídeos propiciadores da renovação e equilíbrio para as transmissões nervosas.

 

Igualmente envolve o orante em vibrações carregadas de força espiritual que afasta as Entidades perturbadoras, auxiliando-as, por sua vez, no despertamento para a realidade em que se encontram e a necessidade de mudar de atitudes em relação às suas vítimas.

 

Ademais, facilita a sintonia com as Fontes da Vida, atraindo os Benfeitores da humanidade que estabelecem a comunhão elevada, interrompendo quaisquer vinculações perniciosas e estimulando ao avanço e desenvolvimento moral na busca dos objetos nobres da reencarnação.

 

Após as dúlcidas vibrações defluentes da comunhão elevada, a mente passa a cultivar pensamentos edificantes e otimistas que inundam as paisagens interiores de esperança e renovação de ideias, proporcionando a reconquista da alegria de viver e de amar.

 

Despertando para os objetivos existenciais da reencarnação, o indivíduo compreende que deve ser útil, transformando as suas horas excedentes em manancial de bondade para as demais pessoas, ao tempo que se esclarece e se auto ilumina através do estudo e do serviço humanitário.

 

A angústia sempre se torna grave e ameaçadora quando encontra receptividade na mente ociosa ou nos mecanismos de autocompaixão, da revolta contra as Leis divinas, em relação às demais pessoas e ao mundo no qual se encontra.

 

Quando o paciente requer psicoterapia adequada sob a assistência do competente especialista, deve adicionar os recursos elevados da fé religiosa que constituem sempre apoio em qualquer circunstância, funcionando como complemento indispensável para a sua plena recuperação.

 

O hábito salutar da oração – comunhão com Deus – no qual as palavras perdem o sentido para serem substituídas pelos sentimentos de nobreza e elevação moral, resulta como terapêutica preventiva, por enriquecer o indivíduo de harmonias espirituais que o defendem das ondas nefastas do ódio, da perturbação, que se mesclam e se encontram por toda a parte.

 

Essa angústia que tipifica os buscadores da verdade, os Espíritos que se comprometeram em auxiliar o desenvolvimento da ciência, da arte e da religião, da tecnologia e do conhecimento em geral e ainda não se puderam identificar com esses incomparáveis objetivos, também abre canais de comunicação com os Centros de irradiação da Vida de onde procedem, facilitando-lhes o despertamento.

 

A sua presença nesses homens e mulheres afeiçoados aos ideais de libertação, que sofrem pela impossibilidade de modificarem a situação em que se encontram, produz a ruptura dos alicerces do inconsciente onde estão registrados os seus labores missionários, facultando-lhes encontrar o rumo para a realização do ministério para o qual vieram.

 

Jesus, muitas vezes foi tomado de angústia, de compaixão, ao contemplar a situação deplorável em que se encontravam as criaturas, especialmente aquelas que O não queriam entender ou criavam obstáculos à construção do reino de Deus nos corações e no mundo.

 

Conhecedor, no entanto, dos valores profundos a todos reservados, alegrava-se ante a perspectiva do futuro libertador e entoava os cânticos de esperança de que se encontram refertos os textos do Seu Evangelho.

 

Pensamentos extraídos da mensagem Angústia, recebida em Hamburgo, Alemanha, 18 de maio de 2001.


FRANCO, Divaldo Pereira Franco elo Espírito Joanna de Ângelis, Nascente de bênçãos p. 50-54

 

sábado, agosto 26, 2023

Experiências Novas - Joanna de Ângelis

 



Experiências Novas


Joanna de Ângelis

 

Nunca desdenhes das provações e dos desafios que te surpreendem pelo caminho da evolução.

 

São eles os encarregados de facultar-te experiências novas mediante as quais adquirirá maior soma de conhecimentos e de iluminação.

 

As provas e expiações constituem valioso recurso da Vida para a reabilitação dos teus gravames cometidos ao longo da marcha ascensional.

 

Muitas vezes se te apresentam como dores e solidão, amargura e dificuldade, mas que te ensejam avaliar a qualidade dos tesouros de que dispões e que a negligência ou a ignorância não te permitem identificar o valor real de que são portadores.

 

Todos os indivíduos possuidores de discernimento sabem do significado espiritual da existência terrestre, devendo cada um investir os melhores recursos, a fim de desenvolver as possibilidades na edificação de si mesmo.

 

Para que os tentames sejam felizes, surgem os desafios, que se apresentam de maneira variada, ensejando a conquista de experiências enriquecedoras, antes que surjam os sofrimentos necessários para o despertamento da realidade.

 

As plantas enrijecem as fibras através dos ventos que as açoitam.

 

Os metais tornam-se mais resistentes graças às temperaturas elevadas.

 

As gemas preciosas adquirem brilho mediante a lapidação dilaceradora.

 

Assim também o caráter humano, que se aprimora cada vez mais, por meio dos sacrifícios e das lutas que são empreendidas, fortalecendo os sentimentos que se enobrecem, desenvolvendo as aspirações iluminativas que se encontram em germe.

 

Toda ascensão é realizada mediante os tributos de abnegação e de aflições que dizem respeito ao esforço aplicado durante o tentame.

 

Ninguém atinge as cumeadas sem passar pelos diferentes níveis que lhe dão acesso.

 

Por isso mesmo, a existência física é mais do que uma aventura, constituindo-se um aprendizado metódico e continuado que se realiza através da observância dos seus programas educativos.

 

Não cessam, desse modo, as oportunidades de crescimento interior e de aquisição de sabedoria.

 

Cada experiência nova, mesmo quando assinalada por sofrimentos, se devidamente considerada, transforma-se em conquista de alta magnitude.

 

O aguilhão da dor em muitos casos é o estímulo necessário para que o ser humano abandone o marasmo em que se demora, mudando de atitude perante os acontecimentos nos quais se encontra envolvido.

 

Nesse processo de evolução inevitável, é impossível a apatia que, na condição de reação psicológica resultante da rebeldia interior, deve ser vencida a qualquer preço.

 

Não te detenhas, pois, na contemplação dos territórios emocionais e culturais conquistados.

 

Ainda dispões de muitas áreas que aguardam arroteamento, ensementação e cuidados.

 

Empreendida a batalha de auto sublimação, todo ensejo é propício para o burilamento pessoal e o crescimento espiritual.

 

Movimentado-te entre pessoas que constituem o teu círculo familiar, social e humano, utiliza-te com sabedoria do ensejo e amplia os relacionamentos, auxiliando o organismo coletivo com as tuas palavras, os teus exemplos de amizade, de compaixão e de solidariedade.

 

Há muito sofrimento escondido sob tecidos custosos e de aparência cuidada.

 

Nem todos têm coragem de assumir as próprias aflições e buscam disfarçá-las nos jogos da ilusão ou ocultá-las sob máscaras de prazer e agressividade.

 

Se souberes compreender o teu próximo e conceder-lhe as dádivas da compaixão e da amizade, ele se te acercará buscando apoio e esclarecimento, ajuda e forças para não desfalecer ou deter-se na rampa da alucinação que já o sitia.

 

Aquele que conquista a fé em Deus e compreende o significado existencial possui um tesouro de indiscutível qualidade.

 

O mundo encontra-se referto de indivíduos que se movimentam automaticamente sem direção nem objetivo existencial.

 

Não se permitiram as experiências novas que os credenciassem à conquista de mais expressivos recursos de auto iluminação.

 

Deixaram-se consumir pelo desencanto ou se permitiram desistir de tentativas desafiadoras.

 

A existência carnal tornou-se-lhes tediosa porque não alcançaram alguns dos objetivos que perseguiam e acreditavam ser essenciais à felicidade, sem que se dessem conta do sentido profundo da perda, que encerra ensinamento em torno dos legítimos valores.

 

Não poucas vezes, aquilo que se apresenta como dádiva da vida pelo prazer que proporciona, após vivenciada a alegria, transforma-se em calvário de dor e desespero, à medida que se desveste da ilusão, apresentando a outra face, aquela que se encontra ignorada.

 

A cada instante, relacionamentos afetivos que se iniciaram sob juras de fidelidade e constância, transformam-se em labirintos escuros de sofrimento e de desar ou fogueiras abrasadoras de revolta e de crime.

 

Funções de destaque na sociedade, que exaltam o personalismo e a vaidade, subitamente se convertem em cárceres de dor e desastre moral.

 

Riquezas invejáveis que adornam o ser com projeção no mundo e ambições crescentes, escondem conflitos íntimos e medos não dimensionados que o aturdem continuamente.

 

No sentido oposto, situações difíceis e afligentes, passados os períodos iniciais de provas rudes e testemunhos necessários, transformam-se em harmonia e bem-estar, auxiliando na consolidação do equilíbrio e da alegria de viver durante todo o transcurso da existência física.

 

Resignação, portanto, ante às dores e decepções, não constitui submissão masoquista ou acomodação irresponsável, porém mecanismo de sabedoria para melhor enfrentar futuras ocorrências que se encontram programadas em todas as vidas.

 

A reencarnação tem finalidade superior.

 

Não apenas oferece ensejo para reparação dos males que foram praticados, mas sobretudo para a conquista de novas experiências que se incorporarão ao patrimônio do Espírito para seguir Jesus por todo o sempre.

 

Quem se recusa a empreendimentos novos permanece na estagnação do já conquistado.

 

Sê tu que avança, confiante e responsável, aprendendo mais e produzindo melhor.

 

O Espírito é um conquistador do infinito.

 

Não te bastem as realizações conseguidas, segue além.

 

Toma Jesus por Modelo e apóia-te nEle, seguindo a trilha que te deixou, convidando-te para alcançar o reino de Deus.

 

A existência na Terra é um contínuo convite ao aprimoramento moral e incessante proposta de desenvolvimento interior.

 

Pensamentos extraídos da mensagem Experiências Novas, recebida em Hoorn, Holanda, 15 de maio de 2001.

 

 

FRANCO, Divaldo Pereira Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Nascente de bênçãos , p. 45-50

sexta-feira, agosto 25, 2023

Cirurgias Espirituais - Joanna de Ângelis


 


Cirurgias Espirituais


Joanna de Ângelis


A inefável misericórdia de Deus sempre proporcionou ao ser humano os recursos hábeis para que a paz, o bem-estar e a saúde o alcancem, embora os percalços existenciais.


Quando escasseiam os meios humanos convencionais, nunca faltam os valiosos contributos da oração, da inspiração, da ajuda espiritual direta ou indireta, proporcionando os tesouros incalculáveis do amor para tornar a vida mais suave e menos dorida.


Todos os dissabores e enfermidades de qualquer procedência encontram no Espírito as causas que os desencadeiam no corpo, na emoção ou no psiquismo. 


O ser real é sempre o responsável por quaisquer ocorrências no trânsito carnal. 


Em conseqüência, todas as providências saneadoras de distúrbios devem ser direcionadas às matrizes, ao veículo modelador orgânico.


Atendendo às necessidades evolutivas dos homens e mulheres reencarnados na Terra, o Senhor da Vida permite que os generosos Espíritos que desempenham o ministério médico no mundo retornem, a fim de os auxiliar durante o curso de enfermidades dolorosas e pungentes. 


Quando escasseiam os recursos técnicos e acadêmicos, não poucas vezes, eles vêm oferecer o contributo do auxílio fraternal, vitalizando a virtude da caridade, que é sempre a bandeira que desfraldam.


Espiritualmente, durante os desdobramentos parciais pelo sono, conduzem os enfermos às regiões de onde procedem, ali realizando transfusões de energias benéficas e curativas, que se incorporarão ao patrimônio celular.


Noutras oportunidades, mediante a bioenergia, revitalizam os chakras, ativando os centros de fixação do Espírito ao corpo e mudando a estrutura molecular enfermiça, que se renova e se reequilibra.


Vezes outras, ainda, mediante o atendimento homeopático, socorrem aqueles que os buscam, estimulando-os à mudança de comportamento moral e estimulando os núcleos energéticos através das tinturas-mães devidamente dinamizadas, mais especialmente quando se utilizam de médiuns portadores de faculdades de efeitos físicos ou de ectoplasmia, para procedimentos cirúrgicos com instrumentos próprios ou sem eles.


Neste último caso, têm por meta chamar a atenção para a imortalidade da alma e para os mecanismos ainda desconhecidos por muitos acadêmicos que teimam em permanecer na cômoda atitude da negação sistemática, procurando explicações esdrúxulas ou complicadas para ocultar aquilo que ignoram, mesmo antes de intentarem qualquer investigação séria e descomprometida.


Embora devamos ter grande respeito pelos investigadores honestos e devotados, aqueles que se dedicam a pesquisar o que ignoram antes de assumirem atitude de hostilidade, não cabe a mesma consideração em referência aos que negam tomados de vã presunção, numa postura injustificável na atualidade como magisterdixit.


Os fenômenos mediúnicos e espíritas ocorrem amiúde, quer desejem as criaturas ou não, sendo de todos os tempos e sucedendo em toda parte, faltando somente interesse e seriedade para o seu estudo.


Todos os procedimentos espirituais que têm por meta a recuperação orgânica são realizados no perispírito, o campo onde se encontram registradas as necessidades de evolução para o Espírito.


Conforme se haja conduzido no transcurso das reencarnações, fixam-se-lhe nos tecidos sutis e etéreos desse delicado revestimento do Espírito, todos os atos que se irão impor como exigências do processo iluminativo, sejam de natureza elevada ou de recuperação.


Desse modo, as cirurgias espirituais ou mediúnicas não têm necessidade de ser realizadas no corpo somático, muitas vezes através de comportamentos agressivos e chocantes, violentando os dispositivos da técnica, da higiene, da precaução às infecções...


Assim sucedem, para chamar a atenção dos cépticos, face à violação dos cânones estabelecidos a vigentes nas Academias de Medicina.


Hemostase, insensibilidade, assepsia, refazimento dos tecidos cirurgiados, decorrem, portanto, da ação fluídica dos Espíritos cirurgiões sobre o perispírito dos pacientes, que absorvem essas saudáveis energias impregnando a estrutura molecular das células e imprimindo-lhes novo comportamento.


Ademais, pretendem esses Amigos generosos do mundo espiritual facilitar filmagens e gravações outras como fotografias, o tato dos assistentes, de maneira a demonstrar a intervenção que os chamados mortos conseguem no comportamento dos chamados vivos.


A gravidade desse cometimento torna-se mais grandiosa quando os seus médiuns, compreendendo a alta magnitude do ministério, dedicam-se em regime de gratuidade, jamais esquecendo as dadivosas messes da caridade que dimana do Pai Criador, vitalizada pelo amor universal.


Preparados antes da reencarnação para esse mister elevado, os médiuns que se dedicam às atividades curadoras não podem menosprezar a vigilância, a oração, a conduta exemplar, a fim de continuarem sempre encarregados de confirmar a sobrevivência à morte e as conseqüências inevitáveis do comportamento de cada qual durante a vilegiatura física.


Os resultados que se podem obter através dos procedimentos cirúrgicos por meio dos médiuns operadores, também se podem conseguir por meio da oração, da terapia dos passes, da água fluidificada, dos inesgotáveis recursos de que dispõem os missionários do Bem no plano espiritual.


Eis porque, ante a necessidade de qualquer terapia acadêmica, alternativa ou mediúnica, torna-se imprescindível a transformação moral do paciente para melhor, a fim de, mediante as ações de enobrecimento, contabilizar valores que possam anular aqueles negativos que lhe pesam na economia espiritual, emergindo em forma de enfermidades, dissabores, transtornos psicológicos ou psiquiátricos.


O servo do centurião que lhe rogara ajuda para a enfermidade que o afligia, recebeu do amoroso Terapeuta a cura à distância, enviando-lhe os fluídos renovadores necessários para o seu refazimento orgânico.


Ao homem da mão mirrada, mesmo sendo num dia de Sábado,

ante a hipocrisia sacerdotal, Ele pediu ao deficiente que Lhe

estendesse o braço e sem o sequer tocar, restitui-lhe a mão igual à

outra.

Ao cego de nascença, compadecido do seu sofrimento, Ele cuspiu sobre o pó, fez lama, passou-a nos olhos apagados do desconhecido e mandou-o lavá-los no poço de Siloé, permitindolhe em júbilo a bênção da visão.


À mulher hemorroíssa que Lhe tocou a fímbria das vestes ensejou a cura da grave doença que a infelicitava.


Para cada caso, o Benfeitor utilizava-se de um processo, agindo certamente nos tecidos sutis e etéreos do perispírito.


É sempre o amor que age em todas as circunstâncias que assinalam a presença do Bem.


Pensamentos extraídos da mensagem Cirurgias Espirituais, recebida em Viena, Áustria, em 24 de maio de 2001.

 

 

FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis Nascente de bênçãos,p. 41-44.