Perdoa-Te
Joanna
de Ângelis
A palavra evangélica adverte
que se deve ser indulgente para com as faltas alheias e severo em relação às
próprias.
Somente com uma atitude
vigilante e austera no dia-a-dia o homem consegue a auto-realização.
Compreendendo que a
existência carnal é uma experiência iluminativa, é muito natural que diversas
aprendizagens ocorram através de insucessos que se transformam em êxitos, após
repetidas, face aos processos que engendram.
A tolerância, desse modo,
para com as faltas alheias, não pode ser descartada no clima de convivência
humana e social.
Sem que te acomodes à
própria fraqueza, usa também de indulgência para contigo.
Não fiques remoendo o
acontecimento no qual malograste, nem vitalizes o erro através da sua
incessante recordação.
Descobrindo-te em gravame,
reconsidera a situação, examinando com serenidade o que aconteceu, e regulariza
a ocorrência.
És discípulo da vida em
constante crescimento.
Cada degrau conquistado se
torna patamar para novo logro.
Se te contentas,
estacionando, perdes oportunidades excelentes de libertação.
Se te deprimes e te
amarguras porque erraste, igualmente atrasas a marcha.
Aceitando os teus limites e
perdoando-te os erros, mais facilmente treinarás o perdão em referência aos
demais.
Quando acertes, avança,
eliminando receios.
Quando erres, perdoa-te e
arrebenta as algemas com a retaguarda, prosseguindo.
O homem que ama, a si mesmo
se ama, tolerando-se e estimulando-se a novos e constantes cometimentos, cada
vez mais amplos e audaciosos no bem.
FRANCO, Divaldo
Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Filho
de Deus , Cap. 8, p.13.
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