Ante o Aborto
Emmanuel
Na problemática do aborto imagina-te ansiando pelo ingresso em determinada oficina, de cujo salário e experiência necessitas para efeito de aperfeiçoamento e promoção.
Alcançando-a pelo concurso de mãos amigas, alimentas a melhor esperança.
Em tudo, votos de paz e renovação aguardando o futuro.
Entretanto, ainda nesta hipótese, observas-te em profundo abatimento, incapaz de comandar a própria situação.
Assemelhas-te ao enfermo exausto, sem recursos para te garantires e sem palavra que te exprima, suplicando em silêncio a compaixão e a bondade daqueles aos quais a Sabedoria da Vida te confiou a necessidade por algum tempo e a quem prometes reconhecimento e veneração.
Mentalizado semelhante painel, reflete no desapontamento e na dor que te tomariam de assalto se te visses inesperadamente debaixo de fria e descaridosa expulsão, a pancadas de instrumentos cortantes ou a jatos de venenosos agentes químicos.
Nessas circunstâncias, que sentimentos te caracterização a reação?
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Nesta imagem simples colocamos, do Lado Espiritual da Vida, a posição da criatura rejeitada a golpes e injúrias na passagem para o renascimento no Plano Físico.
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Por mais pretenda basear-se em leis humanas de impunidade, o aborto sem apoio no impositivo de salvação da vida materna será sempre um erro deplorável, a seguir-se de consequências inquietantes e imprevisíveis.
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Onde estiveres, na execução dos encargos que o mundo te deu, organiza os temas de sexo que te digam respeito, conscientizando as próprias responsabilidades no relacionamento com o próximo, segundo os princípios de compromisso, equilíbrio, controle e educação, nos vários graus de burilamento em que se nos orienta a vida afetiva, até que possamos penetrar com segurança nos domínios da sublimação.
E conservamos a certeza de que também no sexo funciona a lei de causa e efeito, pela qual sempre recolhemos de volta aquilo que dermos ou impusermos aos outros.
Ainda assim, se um ser humano se te incorpora à existência humana, não o condenes à morte.
Compadece-te do companheiro que se encontra contigo ou que se te vincula ao coração, por enquanto sem voz para defender-se.
Além disso, é lícito considerar que se a criatura hoje ao teu lado te pede a bênção para nascer, transformando-se em motivo de preocupação ou desgosto, é possível que essa mesma criatura se te converta amanhã em base de sustentação e de alegria no caminho do amor, para a obtenção de mais luz.
Matança dos Inocentes
Irmão Saulo
Chico Xavier conta-nos como foi recebida essa mensagem na reunião pública de 7 de março de 1972, em Uberaba.
Eis as informações textuais que nos enviou:
“Duas senhoras se manifestaram desejosas de conhecer que opinião seria a dos amigos espirituais de sempre acerca do aborto.
E falaram com bastante conhecimento de causa sobre o que vai ocorrendo em outros países que se regem por leis diferentes das nossas.
Outros temas sobre maternidade, filhos, familiares e vida doméstica afastaram o assunto inicial.
Mas, no desenrolar das tarefas da noite, a pergunta que nos veio em “O Livro dos Espíritos”, para estudo, foi a que tem o número 358, e o problema do aborto voltou ao exame de todos os presentes. Ao término da reunião, Emmanuel escreveu a página que lhe entrego com estas noticias.”
Respondendo a pergunta 358, os espíritos afirmam, no livro citado, que o aborto é um crime, mas na pergunta seguinte fazem uma ressalva quando se trata de salvar a vida da mãe.
Na mensagem de Emmanuel verificamos que o problema é colocado nesses mesmos termos.
O sacrifício da criança que vai nascer só pode ter uma justificativa, a preservação da vida materna, naturalmente em casos extremos.
Não há necessidade de argumentos metafísicos para se compreender isso.
Um ser que nasce é um destino que se inicia na Terra.
Seja glorioso ou não, segundo o juízo humano, esse destino, por mais obscuro, corresponde sempre a uma necessidade vital, a uma exigência da evolução.
Conta-nos o evangelista Mateus o episódio da matança dos inocentes em Belém, por ordem de Herodes, com o fim de aniquilar o mais glorioso destino que já se desenrolou na Terra.
Foi uma tentativa de aborto após nascimento, pois, não tendo podido ordenar o aborto fisiológico, Herodes tentou o aborto histórico do destino do Cristo.
Os inocentes sacrificados em Belém dão-nos a imagem brutal das consequências de cada crime dessa espécie para a humanidade.
Centenas de destinos que se ligavam ao do nascituro são afetados pelas mãos assassinas que o imolam.
Não faltaram nesse episódio evangélico os traços marcantes de cada crime de aborto praticado na Terra.
Uma luz no céu anuncia o nascimento de Jesus.
Os Reis Magos a seguem jubilosos através do deserto para verem a criança esperada, e levam a notícia a Herodes que devia também alegrar-se com ela.
Um anjo avisa José e o manda fugir com Maria e a criança para o Egito.
Herodes finge alegrar-se, mas ordena a matança.
Cada nascimento na Terra é precedido sempre de uma luz no céu (que é o desígnio espiritual determinando a ocorrência), do júbilo dos que o aguardam – mesmo à distância, no deserto das provas e expiações do destino – da notícia levada aos que devem alegrar-se com ela e da presença do anjo que vela pelo inocente.
Mas, quando o crime do aborto é tentado ou se consuma, seus antecedentes são sempre os do fingimento e da astúcia, originados pelo egoísmo e o comodismo de Herodes.
O anjo nunca deixa de avisar aos pais, tocando-lhes a consciência e o coração, ordenando-lhes a fuga, em defesa da criança, para longe das mãos assassinas que se aprestam para sacrificá-la.
Alguns estudiosos do Evangelho desprezam essa alegoria, de Mateus.
Mas o ensino espiritual que ela encerra bastaria para mostrar às consciências cristãs e espirituais do mundo – independente da veracidade histórica do episódio – que as advertências divinas nunca faltam na Terra aos que se deixam fascinar pelo canto da sereia das conveniências materiais.
XAVIER, Francisco Cândido; PIRES, Herculano. Chico Xavier pede licença. Espíritos Diversos, Cap 31.
O Dr. Bernard N. Nathanson chegou a afirmar ter feito pessoalmente mais de cinco mil abortos. Até que surgiu a Ultrassonografia. O aparelho de Ultrassom foi a peça decisiva na mudança de vida do médico que, de maior abortista americano, passou a fazer parte do movimento pró-vida. Nesse trecho do vídeo ele apresenta, através de registros de Ultrassom, os movimentos do feto de 12 semanas, sendo cruelmente assassinado, se movimentando e resistindo aos golpes.
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