quarta-feira, janeiro 17, 2024

Conflitos Domésticos - Emmanuel



Conflitos Domésticos

Emmanuel


Não nos reportamos ao divórcio para te dizer que essa medida é impraticável.


Existem problemas tão profundos, nas resoluções de caráter extremamente particular, que só o entendimento entre a criatura e o Criador, através da reflexão e da prece, consegue resolver.


Todavia, se conflitos caseiros te atormentam a vida, faze o possível por salvar a nave doméstica de soçobro e perturbação.


***

Talvez a companheira te haja desconsiderado ou ferido...


Provável que o companheiro te haja imposto agravo ou desapreço.


Tudo terá começado num pequeno gesto de intolerância.


 A migalha de amargura imitou a bola de neve, convertendo-se em muralha de fel. 


Antes, porém, que a réstia de sombra se transforme em nevoeiro, compadece-te e procura compreender o outro coração que se te associa no lar.


Quem sabe se a intransigência, a infidelidade, a irritação ou a secura com que te defrontas serão frutos de tua própria frieza, menosprezo, violência ou ingratidão?


***

Para e pensa


Medita na ternura e no apoio que esperas receber em casa, a fim de que te não faltem forças na execução dos próprios deveres, no dia-a-dia. Perceberás que a indulgência e a bondade criam bondade e indulgência, onde surjam.


Mudemos a nós mesmos para melhor e aqueles que nos compartilham a estrada não se deterão insensíveis.


Planta de novo a alegria e o bem, para que obtenhas o bem e a alegria novamente.


***

Dá e receberás


Ninguém se agrega com alguém, nas tarefas de burilamento e de amor, sem motivos justos. 


E nós que aprendemos a salvar o trigo e a batata, os campos e as fontes, saibamos preservar a nossa união também. 


Nesse sentido, entretanto, não exija dos outros a iniciativa para as realizações da harmonia e da segurança. 


Dá o primeiro passo e os outros te seguirão.


O Cérebro Paranormal

Irmão Saulo


A revista Realidade, de São Paulo, em longa reportagem, considerou anormal o cérebro de Chico Xavier. 


Na crônica e nas notas abaixo temos as respostas de Irmão Saulo, dadas na ocasião, através do “Diário de S. Paulo”.


Considerar anormal o cérebro de Chico Xavier é simplesmente ignorar quarenta anos de pesquisas e descobertas nas Ciências Psicológicas. 


Desde 1930 as investigações parapsicológicas vêm revelando condições desconhecidas do cérebro humano, particularmente no campo das funções até então consideradas como anormais. 


O velho conceito de anormalidade foi profundamente modificado, assim como a conceito das relações entre o cérebro e a mente. 


Pesquisas intensivas foram realizadas nas grandes universidades da América, da Europa e da Ásia, resultando na aceitação científica da classificação de paranormal para condições cerebrais, situações mentais e funções antes consideradas como anormais, patológicas ou sobrenaturais.


A utilização do eletroencefalograma para a verificação das mudanças ocorridas no cérebro durante o transe hipnótico ou mediúnico deu resultados surpreendentes. 


Serviu para mostrar que a percepção extra-sensorial, a captação de pensamentos, a manifestação de espíritos através de médiuns exigem condições cerebrais e corticais que parecem anormais por não se enquadrarem no processo habitual da nossa vida de vigília. 


Mas a falta de correspondência entre essas modificações cerebrais e o comportamento do sujeito (a falta de sintomatologia patológica) mostrariam a diferença entre anormal e paranormal. 


Charles Richet, bem antes, já havia observado que seria conveniente substituir as expressões normal e anormal por habitual e inabitual.


Mesmo nos casos evidentemente patológicos verificou-se que o afastamento da causa paranormal (o afastamento do obsessor) era suficiente para restabelecer a normalidade cerebral. 


Claro, pois, que um eletroencefalograma de médium em transe terá de acusar perturbações diversas, segundo tipo de manifestação mediúnica em processo essa é mesmo uma das provas objetivas da legitimidade da comunicação. 


Francisco Cândido Xavier não tem um cérebro anormal, não é um doente mental. 


Pelo contrário, é um homem normal, que não sofre acessos epiléticos, como ele mesmo disse, que vive uma vida regular e produtiva, auxiliando milhares de criaturas a se reajustarem no mundo. (Veja-se, por exemplo, a mensagem “Conflitos Domésticos”).


O que ele tem – graças a Deus – é um cérebro paranormal, o cérebro do futuro, porque é o cérebro dos gênios e dos santos.


Energia e Materialização 


A materialização de espíritos seria impossível, segundo os cálculos feitos pelo Professor Carlos Chohfi, do Departamento de Física da Universidade Mackenzie. 


Para materializar uma pessoa de 70 quilos seria necessária a energia produzida em 293 anos pela hidrelétrica de Jupiá. 


Apesar disso, materializa-se...


É o caso de Galileu: Eppur si muove. 


Os cálculos do Professor Chohfi foram feitos por causa de materializações ocorridas com Chico Xavier. 


Acontece, porém, que a materialização de espíritos, apesar da força da expressão, não é a formação de um organismo humano. 


É simplesmente a utilização do ectoplasma para dar ao corpo espiritual a aparência humana. 


Um problema, não de Física habitual, mas daquilo que o Professor Friedrich Zollner chamou Física Transcendental, e que hoje poderíamos chamar de Parafísica. 


Segundo a Metapsíquica, esse problema é de ordem fisiológica. 


As materializações eram chamadas por Kardec de aparições tangíveis. 


Como se vê, o ilustre físico opinou como físico sem conhecer a natureza extrafísica do problema.


Recado para Hamilton 


O repórter Hamilton Ribeiro pediu aos espíritos uma receita para pessoa e endereço inexistentes. 


Chico Xavier psicografou:


“Junto dos amigos espirituais que lhe prestam auxílio, buscaremos cooperar espiritualmente em seu favor. Jesus nos abençoe”.


Hamilton encerra a sua reportagem perguntando: 


“O que pensar disso?” 


Mas está evidente: o recado era para ele mesmo. 


A regra é essa. 


Chico já a explicou muitas vezes. 


Se o nome do consulente é falso, os espíritos respondem para o “solicitante”.


XAVIER, Francisco Cândido; PIRES, Herculano. Chico Xavier pede licençaEspíritos Diversos, Cap 13.

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