segunda-feira, junho 17, 2024

Convite à Calma - Joanna de Ângelis


Convite à Calma

 

Joanna de Ângelis

 

“Não resistais ao mal que vos queiram fazer.” 

(Mateus: capítulo 5º, versículo 39.)

 

O espinho do ciúme vence-a; 

o estilete da ira dilacera-a; 

o ácido da inveja corroe-a; 

os vapores do ódio enlouquecem-na; 

a agressão da calúnia despedaça- a; 

o tóxico da maledicência perturba-a; 

a rama da suspeita inquieta-a; 

o petardo da censura fere-a; 

as carregadas tintas do pessimismo tisnam-na se o cristão decidido não se resolve mantê-la a qualquer preço.


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Não importa que exsudes, agoniado, em quase colapso periférico, ou estejas com a pulsação alterada, ou, ainda, sofras o travo do amargor nos lábios.

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Imprescindível não precipitares atitudes, nem conclusões aligeiradas, nem desesperações injustificáveis.

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Não nos reportamos à posição inerme, à aparência, pois o pântano que parece tranquilo é abismo, reduto de miasmas e morte traiçoeira.

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Aludimos a um espírito confiante, fixado nas diretrizes do Cristo, sem receios íntimos, sem ambições externas.

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Equilibrado pela reflexão, possuidor de probidade pela ponderação.

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Calma significa segurança de fé, traduzindo certeza sobre a Justiça Divina.

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Ante o dominador tíbio que lavava as mãos, em referência à Sua vida, Jesus se fez o símbolo da calma integral e da absoluta certeza da vitória da verdade.

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Cultiva, portanto, os sentimentos e mantém os propósitos edificantes.

Perceberás, surpreso, que as atitudes dos maus não te atingirão, facultando-te através da calma não resistir ao mal que te queiram fazer, conforme lecionou o Senhor, porquanto a integridade da fé em exteriorização de calma dar-te-á forças para vencer as próprias limitações e prosseguir resolutamente, em qualquer circunstância.

 

FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 5, p .6, 1972.

 

 

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