Convite à Esperança
Joanna de Ângelis
“Tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.”
(1ª Epístola aos Coríntios: capítulo 13º, versículo 7).
Não
obstante estejam carrancudas as nuvens do teu céu, prenunciando borrasca
próxima aflitiva, espera.
Após a
tempestade que, talvez advenha, talvez não, defrontarás dia claro pelo caminho.
Embora a
soledade amarga a fazer-te sofrer fel e dor como se já não suportasses mais a
lenta e silenciosa agonia, espera.
Amanhã,
possivelmente dois braços amigos estarão envolvendo-te e voz veludosa cantará
aos teus ouvidos gentil canção...
Mesmo que
tudo conspire contra os propósitos abraçados, ameaçando planos zelosamente
cuidados, espera.
Há
surpresas que constituem interferência Divina, modificando paisagens humanas,
alterando rumos considerados corretos.
Apesar de a
chibata caluniosa fazer-te experimentar reproche e desconsideração,
arrojando-te à rua do descrédito, espera.
A verdade
chega após a calamidade da intrujice para demonstrar a grandeza da sua força,
renovando conceituações.
À borda do
abismo do desespero, incompreendido e em sofrimento, estuga o passo e espera.
Reconsidera
atitudes mentais e recomeça o labor.
O futuro se
consolida mediante as realizações do presente..
Esperança
expressa integração no organograma da vida.
O rio muda
o curso, a montanha desaparece, a árvore fenece, o grão germina, enquanto
esperam...
A mão
grandiloquente do tempo tudo muda.
O que agora
parece sombras, logo mais surge e ressurge em ouro fulvo de luz.
Espera, diz
o Evangelho, e ama.
Espera,
responde a vida, e serve.
Espera,
proclamam os justos, e perdoa.
Espera no
dever distribuindo consolo e compreensão, porquanto, a fim de que houvesse a
gloriosa ascensão do Senhor, na montanha da Betânia, aconteceram a traição
infame, o cerco da inveja, a gritaria do julgamento arbitrário e a Cruz
odienta, que em sublime esperança o Justo transformou na excelsa catapulta para
o Reino dos Céus.
FRANCO,
Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Angelis. Convites da vida, Cap. 18, p
.16 ,
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