sábado, junho 28, 2025

Página do Caminho - Albino Teixeira



Página do Caminho

Albino Teixeira

Cap. X – Itens 5 e 6


Não aguardes o amigo perfeito para as obras do bem.


Esperavas ansiosamente a criatura irmã, na soleira do lar, e o matrimônio trouxe alguém a reclamar-te sacrifício e ternura.


Contavas com teu filho, mas teu filho alcançou a mocidade sem ouvir-te as esperanças.


Sustentavas-te no companheiro de ideal e, de momento para outro, recolheste mistura vinagrosa na ânfora da amizade em que sorvias água pura.


Mantinhas a fé no orientador que te merecia veneração e, um dia, até ele desapareceu de teus olhos, arrebatado por terríveis enganos.


Contudo, embora a dor de perder, continua no trabalho edificante que vieste realizar…


Ninguém reprova o doente porque sofra mal-humorado.


Ninguém censura a árvore que deixou de produzir porque o lenhador lhe haja decepado os braços frondejantes.


Quase sempre, aqueles que tomamos por afetos mais doces, crendo abraçá-los por sustentáculos da luta, simbolizam tarefas que solicitam renúncia e apostolados a exigirem amor.


Não importa o gelo da indiferença, nem o bramido da incompreensão, se buscamos servir.


O coração mais belo que pulsou entre os homens respirava na multidão e seguia só. 


Possuía legiões de Espíritos angélicos e aproveitou o concurso de amigos frágeis que o abandonaram na hora extrema. 


Ajudava a todos e chorou sem ninguém. 


Mas, ao carregar a cruz, no monte áspero, ensinou-nos que as asas da imortalidade podem ser extraídas do fardo de aflição, e que, no território moral do bem, alma alguma caminha solitária, porque vive tranquila na presença de Deus.


XAVIER, Francisco Cândido; Waldo Vieira Por Espíritos Diversos. Espírito da verdade, cap 33. Jesus Cristo:  Ilustração Reproduzida da Internet. 

 

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