segunda-feira, junho 30, 2008

Tela de Renoir





QUANDO ME AMEI DE VERDADE

Kim McMillen e Alison McMillen


Quando me amei
de verdade
compreendi que
em qualquer circunstância
Eu estava no lugar certo...
Na hora certa...
No momento exato...
Então, pude relaxar.
Hoje sei
que isso
tem nome:

AUTO ESTIMA


Quando me amei
de verdade
pude perceber
que a minha angústia
e sofrimento emocional
não passam de um sinal
de que estou indo
contra as minhas verdades.

Hoje sei
que isso
é...

AMADURECIMENTO


Quando me amei
de verdade
comecei a perceber
como é ofensivo forçar
alguma situação ou alguém
apenas para realizar
aquilo que desejo
mesmo sabendo
que não é o momento
ou a pessoa não está preparada,
inclusive eu mesmo.

Hoje sei
que o nome disso é...

RESPEITO


Quando me amei
de verdade
comecei a me livrar de tudo
que não fosse saudável...
pessoas, tarefas,
tudo e qualquer coisa
que me colocasse para baixo.
De início,
minha razão chamou
essa atitude de egoísmo.

Hoje sei
que se chama...
AMOR PRÓPRIO.


Quando me amei
de verdade
deixei de temer
meu tempo livre
e de fazer grandes planos
abandonei os projetos
megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo,
o que gosto, quando quero
e no meu próprio ritmo.

Hoje sei
que isso
é...

SIMPLICIDADE


Quando me amei
de verdade
desisti de querer
ter sempre razão
e com isso errei muito menos vezes.

Hoje
descobri
a...

HUMILDADE


Quando me amei
de verdade
desisti de ficar
revivendo o passado
e de me preocupar
com o futuro.
Agora, me mantenho no presente,
que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez.

Isso
é...

PLENITUDE


Quando me amei
de verdade
percebi que a minha mente
pode me atormentar
e me decepcionar.
Mas quando eu a coloco
a serviço do coração
ela se torna uma grande
e valiosa aliada.

Tudo
isso
é...

SABER VIVER!


Kim McMillen e Alison McMillen:: Do livro: Quando me amei de verdade::Ed.Sextante.

domingo, junho 29, 2008


INSATISFAÇÃO por atacado
Pelos quatro cantos da cidade, os insatisfeitos atacam
HUMBERTO PAZIAN


Todos os dias me deparo com pessoas insatisfeitas, quer no consultório, nos cursos, nas orientações ou fora de um ambiente terapêutico, como na rua, no trânsito, nas reuniões sociais e por aí em diante. Por essa pequena amostragem e para elucidar melhor o pensamento desse artigo, resolvi classificá-las em três tipos: os insatisfeitos crônicos, os periódicos e os satisfeitos, que são aquelas pessoas que não tem nenhum problema e estão de bem com a vida.


Os insatisfeitos crônicos


São aqueles que já se acostumaram a não sentir satisfação nos pequenos prazeres da vida, arrastam-se entre um compromisso e outro, entre uma obrigação e outra e passam pela vida perdendo grandes momentos de felicidade e satisfação, mas acham isso normal e não tentam e nem esperam realizar mudanças nesse panorama, ridicularizando toda informação, conselho e teoria a respeito.


Os insatisfeitos periódicos


Já faz um bom tempo que a ciência da mente vem descobrindo novos rumos ao nosso comportamento. Os “turrões” que nunca aceitam que necessitamos de orientação e ajuda para os conflitos emocionais estão cada vez mais raros. Aprendemos que as causas que iniciam o processo, que nos causam insatisfação, são as mais variadas e de diferentes intensidades. Podemos classificá-las como dificuldades financeiras, atritos nos relacionamentos familiares, profissionais e sociais, perdas materiais ou emocionais, baixa auto-estima, sentimento de culpa pelos mais variados motivos, mágoas, rancores e uma lista infindável de motivos.Todos nós, de uma forma ou de outra, nos deparamos, em nossa existência, com os tópicos citados e passamos por momentos que podemos chamar de insatisfação periódica. Esse é um fato comum e perfeitamente normal, desde que não conservemos ou carreguemos esse período pelos nossos dias, semanas e em muitos casos, por toda a vida, tornando-nos então, insatisfeitos crônicos.



A somatização


Pelo farto número de matérias publicadas à respeito, já é do conhecimento de muitos, que problemas emocionais não cuidados, ou não solucionados adequadamente, trazem desarmonia para o corpo físico, mental e espiritual. Observamos que muitos sintomas de dores musculares, dores de cabeça, dores nas articulações, insônia, depressão e diversos outros distúrbios originam-se de situações conflitantes que, embora ocultas, permanecem no nosso inconsciente destilando seu veneno, dia após dia, de forma lenta e constante. Como Ser Integral que somos, ou seja, corpo, mente e espírito, qualquer parte em desequilíbrio nos afeta como um todo e quando o sintoma surge é porque o desequilíbrio já se instalou, e é quando necessitamos nos reorganizar.


O processo de harmonização


Muitas são as formas, existentes e ensinadas, para equilibrarmos nosso ser, uma delas que pode ser realizada de uma forma bem simples, é a de realizarmos, no final do dia, uma auto-análise, feita com sinceridade e constância, verificando quais foram as situações que nos trouxeram desequilíbrios e conflitos e termos a determinação de não dormirmos sem antes refletirmos e solucionarmos essas questões. Podemos também participar de grupos de estudo e apoio ao desenvolvimento do Ser, buscar terapias alternativas que visem detectar as causas e equilibrar o organismo humano, efetuar tratamentos espirituais com suas respectivas orientações e ainda diversas outras opções.As formas de tratamento são diversas, mas em todas elas necessita-se que o indivíduo, aceite as sugestões propostas, após refletir sobre elas, e tenha determinação em busca de seu objetivo de viver em harmonia e paz. O estresse, infelizmente, sintoma tão comum em nossos dias, demonstra que pouco tempo temos dedicado á qualidade de vida, ou melhor, pouco tempo dedicado a nós mesmos.


Os que estão de bem com a vida


O número de pessoas que se enquadra nessa categoria, não me parece muito expressivo, mas são pessoas que, sem dúvida, encontraram uma maneira bem especial de viver, elas vivem satisfeitas, aceitando numa boa o que a vida lhes oferece. Viver satisfeito, em paz e com alegria, significa viver em paz consigo mesmo dentro dos padrões de conduta refletidos e reformulados para esse fim, que pode ser, ou por um processo individual (auto-ajuda) ou com o auxílio de profissionais, mas sem dúvida alguma, mudanças estruturais precisam ser feitas em busca da nossa felicidade.Enfim, por mais que se fale, por mais que se escreva a respeito ou por mais que se tente interferir, saiba que é você mesmo que decide se deve ou não ser feliz... Pense nisso... E mãos á obra!


Disponível em< http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/col8.4.htm>

Tela de Monet pelo médium Medrado/BA




A LUZ INEXTINGUÍVEL



"A caridade jamais se acaba." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 13:8.)



Permaneces no campo da experiência humana, em plena atividade transformadora.

Todas as situações de que te envaideces, comumente, são apenas ângulos necessários mas instáveis de tua luta.

A fortuna material, se não a fundamentas no trabalho edificante e continuo, é patrimônio inseguro.

A família humana, sem laços de verdadeira afinidade espiritual, é ajuntamento de almas, em experimentação de fraternidade, da qual te afastarás, um dia, com extremas desilusões.

A eminência diretiva, quando não solidificada em alicerces robustos de justiça e sabedoria, de trabalho e consagração ao bem, é antecâmara do desencanto.

A posição social é sempre um jogo transitório.

As emoções da esfera física, em sua maior parte, apagam-se como a chama duma vela.

A mocidade do corpo denso é floração passageira.

A fama e a popularidade costumam ser processos de tortura incessante.

A tranqüilidade mentirosa é introdução a tormentos morais.

A festa desequilibrante é véspera de laborioso reparo.

O abuso de qualquer natureza compele ao reajustamento apressado.

Tudo, ao redor de teus passos, na vida exterior, é obscuro e problemático.

O amor, porém, é a luz inextinguível.

A caridade jamais se acaba.

O bem que praticares, em algum lugar, é teu advogado em toda parte.

Através do amor que nos eleva, o mundo se aprimora.Ama, pois, em Cristo, e alcançarás a glória eterna.


Emmanuel


Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Do livro: Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel.

Foto de Sandro Santos Leite


"Você pode se lamentar muitas vezes por ter pronunciado uma palavra indelicada, mas nunca por ter pronunciado uma palavra bondosa." Bert Estabrook



A Mais Bela Flor



O bosque estava quase deserto quando o homem sentou-se para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho.

Estava desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando afundá-lo.

E como se já não tivesse razões suficientes para arruinar o seu dia, um garoto chegou, ofegante, cansado de brincar.

Parou na sua frente, de cabeça baixa e disse, cheio de alegria: - Veja o que encontrei!

O homem olhou desanimado e percebeu que na sua mão havia uma flor.

Que visão lamentável! Pensou consigo mesmo.

A flor tinha as pétalas caídas, folhas murchas, e certamente nenhum perfume.

Querendo ver-se livre do garoto e de sua flor, o homem desiludido fingiu pálido sorriso e se virou para o outro lado.

Mas ao invés de recuar, o garoto sentou-se ao seu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa: - O cheiro é ótimo, e é bonita também... - Por isso a peguei. Tome! É sua.

A flor estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas ele sabia que tinha que pegá-la, ou o menino jamais sairia dali.


Então estendeu a mão para pegá-la e disse, um tanto contrafeito: - Era o que eu precisava.

Mas, ao invés de colocá-la na mão do homem, ele a segurou no ar, sem qualquer razão.

E naquela hora o homem notou, pela primeira vez, que o garoto era cego e que não podia ver o que tinha nas mãos.

A voz lhe sumiu na garganta por alguns instantes...

Lágrimas quentes rolaram do seu rosto enquanto ele agradecia, emocionado, por receber a melhor flor daquele jardim.

O garoto saiu saltitando, feliz, cheirando outra flor que tinha na mão, e sumiu no amplo jardim, em meio ao arvoredo.

Certamente iria consolar outros corações, que embora tenham a visão física, estão cegos para os verdadeiros valores da vida.

Agora o homem já não se sentia mais desanimado e os pensamentos lhe passavam na mente com serenidade.

Perguntava-se a si mesmo como é que aquele garoto cego poderia ter percebido sua tristeza a ponto de aproximar-se com uma flor para lhe oferecer.

Concluiu que talvez a sua auto-piedade o tivesse impedido de ver a natureza que cantava ao seu redor, dando notícias de esperança e paz, alegria e perfume...

E como as Leis da Vida são misericordiosas, permitiram que um garoto privado da visão física o despertasse daquele estado depressivo.

E o homem, finalmente, conseguira ver, através dos olhos de uma criança cega, que o problema não era o mundo, mas ele mesmo.

E ainda mergulhado em profundas reflexões, levou aquela feia flor ao nariz e sentiu a fragrância de uma rosa.




Foto de Sandro Santos Leite

Verdadeiramente cego é todo aquele que não quer ver a realidade que o cerca. Tantas vezes, pessoas que não percebem o mundo com os olhos físicos, penetram as maravilhas que os rodeiam e se extasiam com tanta beleza. Talvez tenha sido por essa razão que um pensador afirmou que "o essencial é invisível aos olhos."


Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em mensagem volante, sem menção ao autor.

quarta-feira, junho 25, 2008

TUDO PASSA, MENOS O AMOR...



Do livro "A Luz do Mundo" de Amélia Rodrigues/Psicografia de Divaldo Franco

(...)Numa pausa para melhor refelxão, o discípulo silenciou e todos os peitos, agora opressos, respiram com dificuldade.
Ao lado, um pouco mais acima do solo atapetado pela relva, de costas para o disco solar em sangue e ouro, o Amigo apareceu, nimbado de incomparável beleza.
Houve um estremecimento generalizado, um frêmito que percorreu todos os presentes.
As lágrimas saltaram dos olhos desmesuradamente abertos. Os lábios da multidão se entreabriram mudos, pela inusitada emoção.


Sim, era Jesus!


As vestes pareciam flutuar incendiadas. O rosto adornado pela basta cabeleira flutuando no ar careado, era o Amado, conquanto mais belo, mais diáfano...


- Eis-me que estou entre vós. - Começou a dizer com a mesma entonação de outrora. - Paz seja convosco!
As palavras sem queixas nem reprimendas, bordavam-Lhe os lábios e caíam como gotas divinas sobre os corações, penetrando-os.
- Agora ao vosso lado outra vez e, logo mais, com meu Pai. Nunca, porém, me apartarei de vós, nem vos deixarei.


"Sois a terra generosa e eu sou a semente da vida. Se não morre o grão, não se enriquece a mesa de pão. Sem o solo a semente não sobrevive porque não se renova nem se multiplica, e sem o grão a terra crestada é morta..."


" Sois minhas paixão, a minha longa dor, o amor da minha vida. Eu sou a vossa esperança, o alento da vossa felicidade. Sem mim caminhareis em inquietação crescente. Sem vós sofrerei soledade. Vinde, novamente à mim, e deixai-me demorar em vós".


As ansiedades generalizadas, selaram com silêncio suas agonias.
Ele contemplou a multidão e viu o futuro: campos juncados de cadáveres e rios de sangue; paixões desenfreadas em carros de guerra e os abutres das pestes dizimando; os monstros de egoísmo e da insensatez dirigindo os córceis do desespero e as dores superlativas vencendo...

Muito ao longe, no futuro, porém, desenhava-se a Era do Consolador, o período de paz...
"- Amai-vos sempre, eu vos peço. Seja o vosso sinal o amor. Só o amor liberta o homem. Por muito amardes, sereis perdoados, amados, felizes!


Amei a fonte, o solo, o animal, a vida em qualquer expressão, amai-vos uns aos outros... como eu vos tenho amado!
Eu vos convido a descer aos homens e amá-los para subirdes aos Céus, amados. Todo aquele que desce para ajudar, eleva-se ajudado pelo auxílio dispensado.


Por enquanto não sereis compreendidos nem amados... Ao contrário, sereis odiados e perseguidos. Vossos suores, lágrimas e sangue lavarão vossas culpas e prepararão vosso amanhã.


Sereis tidos por endemoninhados e loucos, ultrajados nos mais caros anseios e esperanças por minha causa. Lembrai-vos de mim. Recordai: eu venci o mundo! Não podereis vencer o mundo das ilusões e dos triunfos entre os homens de paixões.


Vossos ideais, em nome do meu Nome, serão violados e confundidos, e vosso nome por amor ao meu, mil vezes pisoteado... Tende bom ânimo!
Tudo passa: menos o amor.


Na hora aziaga e nobre do testemunho, dizei: isto também passa. E alegrai-vos.
Sois minhas ovelhas amadas e eu vos mando na direção dos lobos rapaces.
Ide, semeadores, e não temais!


Que medo podem fazer os que matam o corpo e nada mais conseguem, eles, que logo mais o perderão também?
Não vos enganeis! Porfiai, mesmo quando aparentemente tudo estiver contra vós, prossegui. Estarei convosco até o fim dos séculos".


"Ignorados por todos, eu vos conhecerei; abandonados pela multidão, estarei convosco; perseguidos pelo mundo, e eu ao vosso lado.
E quando chegar o vosso momento de retornar, tomar-vos-ei em minhas mãos e vos direi baixinho: entrai na vida, vós que fostes fiés até o fim, e alegrai-vos!


Agora, ide, pregai e vivei o amor. Eu me vou, mas ficarei convosco!"
O céu estava engastado de estrelas preciosas no manto da noite, e a Lua em, prata vestia a paisagem, confraternizando com o último ouro do poente no cabeço dos montes muito ao longe.
Lentamente viram-nO ascender e perder-se no infinito das constelações como se fora uma gema a mais fulgido no seu rastro luminoso, que ficara como ponte de luz da Terra na direção do Céu.


UMA LUZ


Maria Dolores


Por vezes, tanto empeço na estrada,
Que indagas, coração, de alma desencantada,
Por que meios humanos prosseguir...
Entretanto, ergue a fronte, ao vasto firmamento,
Da nuvem mais pesada ou do céu mais cinzento
Uma luz há de vir...
Deus a ninguém esquece...ante a sombra noturna,
Sem bússola na selva imóvel e soturna,
O viajor se detém, sem coragem de agir;
Pára, pensando em Deus...a névoa se condensa...
Mas a oração lhe diz, além da sombra imensa:
Uma luz há de vir...
Abate-se na mina a sinistra barragem;
Pedras, detrito e lama impedem a passagem,
Vozes clamam, no fundo, a gemer e a pedir;
Eis que a prece se eleva e, ao socorro da altura,
Gritam vozes de irmãos, promovendo a abertura:
Uma luz há de vir...
É noite. Sobre o mar, há bulcões em batalha,
Relâmpagos relembram fogo de metralha
No trovão a rugir;
O barco, aos vagalhões, treme, estremece, estala
Pequena multidão, ora, espera e se cala...
Uma luz há de vir...
Desse modo, igualmente, alma fraterna,
Quando a prova por sombra te governa,
Qual noite que te oculta as visões do porvir,
Quando tudo pareça escuridão que avança,
Trabalha, serve, crê e ouve a voz da esperança:
Uma luz há de vir...


Pelo Espírito Maria Dolores::Psicografia de Francisco Cândido Xavier

terça-feira, junho 24, 2008



A mente é a ferramenta mais poderosa que Deus nos facultou.


Para Viver Bem...

Não desista nunca.
Acredite no imenso poder que há em seu interior.
A enorme energia que há em um só átomo ainda está longe de ser compreendida pela humanidade.
A ciência tem dado largos passos nos conhecimentos das potencialidades da mente, mas ainda há muito a ser desvendado.
A mente comanda o corpo e as energias que estão à sua volta.
Por isso, corra até seus objetivos. Caso não possa, ande, e se tiver dificuldades, rasteje até eles ou ainda, vá rolando, mas não desista jamais.


Humberto Pazian



Texto extraído do livro Para Viver Bem... página 96::Autor: Humberto Pazian::Editora Petit




A Pintura da Paz



Certa vez houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seriadado ao quadro que melhor representasse a paz.Ficaram, dentre muitos, três finalistas igualmente empatados.


O primeiro retratava uma imensa pastagem com lindas flores e borboletas que bailavam no ar acariciadas por uma brisa suave.


O segundo mostrava pássaros a voar sob nuvens brancas como a neveem meio ao azul anil do céu.


O terceiro mostrava um grande rochedo sendo acoitado pela violênciadas ondas do mar em meio a uma tempestadeestrondosa e cheia de relâmpagos.


Mas para surpresa e espanto dos finalistas,o escolhido foi o terceiro quadro,o que retratava a violência das ondas contra o rochedo.


Indignados, os dois pintores que não foram escolhidos,questionaram o juiz que deu o voto de desempate:


- Como este quadro tão violento pode representar a paz, Sr. Juiz?


E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse:


- Vocês repararam que em meio à violência das ondas e a tempestade há,numa das fendas do rochedo,um passarinho com seus filhotes dormindo tranqüilamente?


E os pintores sem entender responderam:-sim, mas...


Antes que eles concluíssem a frase, o juiz ponderou:


- Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que mesmo nos momentosmais difíceis nos permite repousar tranqüilos.


Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a pazem meio a tempestade, mas não é tão difícil de entender.


Considerando que a paz é um estado de espírito podemos concluir que,se a consciência está tranqüila, tudo à volta pode estar em revoluçãoque conseguiremos manter nossa serenidade.


Fazendo uma comparação com o quadro vencedor,poderíamos dizer que o ninho do pássaro que repousava serenamentecom seus filhotes representa a nossa consciência.


A consciência é um refugio seguro, quando nada tem que nos reprove.


E também pode acontecer o contrario:tudo à volta pode estar tranqüilo e nossa consciência arder em chamas.


A consciência, portanto, é um tribunal implacável,do qual não conseguiremos fugir, porque está em nós.


É ela que nos dará possibilidades de permanecer em harmonia íntima,mesmo que tudo a volta ameace desmoronar,ou acuse sinais de perigo solicitando correção.


Sendo assim, concluiremos que a paz não será implantada por decretosnem por ordens exteriores, mas será conquista individualde cada criatura, portas a dentro da sua intimidade.


Um dia, a paz vestiu-se de homem e conviveu com a humanidadesofredora e aflita.


Conservava-se em paz mesmo diante das situaçõesmais turbulentas e assustadoras.



Autor Desconhecido

domingo, junho 22, 2008

Tela de Renoir




Se não tiver certeza do que vai dizer, silencie.



Para viver bem...

Pense bem antes de falar.
Falar sem pensar é impossível.

O que acontece muitas vezes é que pensamos errado, devagar ou muito rápido, e aí falamos bobagens.
Quantas vezes nos arrependemos de uma pequena frase ou de um simples sim ou não dito sem uma reflexão mais cuidadosa.
Não precisamos ser tão apressados em manifestarmos nossa opinião.

Observe os sábios e perceba como se expressam.

As palavras serenas sempre transmitem o que traz na alma.
Além da razão, consulte o coração antes de falar.


Humberto Pazian


Texto extraído do livro Para Viver Bem... Página 94::Autor: Humberto Pazian::Editora Petit



Célula tronco e fluido vital

Jorge Hessen




Alguns estudiosos fazem alusão à intensidade do princípio vital que, nas células embrionárias, é mais presente que nas congêneres adultas encontradas na medula óssea, na placenta e no cordão umbilical; na capacidade de se diferenciar e constituir diferentes tecidos nos órgãos do corpo humano; e, na especialidade da auto-replicação. Sobre o Princípio Vital Kardec, em "A Gênese", explica: "(...) Há na matéria orgânica um princípio especial, inapreensível (grifamos) e que ainda não pode ser definido: o princípio vital. Ativo no ser vivente, esse princípio se acha extinto no ser morto; tal princípio é um estado especial, uma das modificações do fluido cósmico, pela qual este se torne princípio de vida. A vida, portanto, como "efeito" decorrente de um agente princípio vital sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma contínua. Decorrente da mesma fonte original - pois "reside" no "fluido magnético animal", que, por sua vez, não é outro senão o fluido vital - tem, contudo, a condição peculiar de veicular o contato com o princípio espiritual". (1) Obviamente, não são a mesma coisa o princípio espiritual e o princípio vital. A matéria tem uma vitalidade independente do Espírito e o Espírito tem uma vitalidade independente da matéria. Essa dupla vitalidade repousa em dois princípios diferentes.




O princípio vital é um só para todos os seres orgânicos, modificado segundo as espécies. É ele que lhes dá movimento e atividade e os distingue da matéria inerte, porquanto o movimento da matéria não é a vida. Esse movimento, ela o recebe, não o dá. Portanto, sua intensidade só se altera na diferença das espécies. Esse agente, sem a matéria, não é a vida, pois, é preciso a união das duas coisas para produzir a vida. "O princípio vital é a força motriz dos corpos orgânicos. Ao mesmo tempo em que o agente vital estimula os órgãos, a ação deles mantém e desenvolve a atividade do agente vital, quase do mesmo modo como o atrito produz o calor". (2)



Quanto à quantidade de fluido vital, não é absoluta nem a mesma em todos os seres orgânicos. Varia segundo as espécies e entre os indivíduos da mesma espécie. Alguns há, que se acham, por assim dizer, saturados desse fluido, enquanto outros o possuem em quantidade apenas suficiente. Daí, porque, para alguns, a vida é mais ativa, mais tenaz e, de certo modo, superabundante. A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se insuficiente para a conservação da vida, se não for renovada pela absorção e assimilação das substâncias que o contêm. "O fluido vital, que o Espírito, de certo modo, emite, dá vida factícia e momentânea aos corpos inertes; pois que o perispírito não é mais do que esse mesmo fluido vital, segue-se que, quando o Espírito está encarnado, é ele próprio quem dá vida ao seu corpo, por meio do seu perispírito, conservando-se unido a esse corpo, enquanto a organização deste o permite. Quando se retira, o corpo morre". (3)



Existem algumas instâncias para analisar a questão: a primeira, antecedente à fecundação e o propósito da existência dos gametas masculino e feminino no cumprimento das finalidades da encarnação e reencarnação do Espírito; a segunda, os destinos possíveis do produto da fecundação, aqui considerado o embrião em seus primeiros quatorze dias nas clínicas de reprodução; há, ainda, uma terceira etapa desses gametas, qual seja a de reestruturar e rearmonizar as condições físicas, emocionais e, quiçá, espirituais dos reencarnados.



Sobre o segundo instante, compreendemos que, para os "estoques" de embriões congelados, que fatalmente serão destinados a descarte, que sirvam, então, a propósitos construtivos a serviço da vida, nas pesquisas médicas compromissadas com a ética. Evidentemente, que, também, podemos especular a formação desses "estoques". Como foram constituídos? Qual a razão das sobras existentes? Pelo que pesquisamos, normalmente são produzidos 8 ou 9 embriões por casal, para reprodução, que, a rigor, só aproveitam 2 ou três no máximo. O restante fica aguardando outras tentativas, o que quase nunca acontece, pois, os casais os descartam.



Os Mentores espirituais são inteligentes o suficiente para saberem que tal ou qual óvulo será ou não destinado à produção de células-tronco para fins terapêuticos e, portanto, que nenhum espírito deverá estar ligado a ele. Acreditamos nisso, ou, então, estaremos entronizando a força vigorosa do "acaso". Cremos que os laboratórios de reprodução humana, ainda com suas evidentes limitações, serão, no futuro, instituições de extrema importância, inclusive quando o homem puder gerar um ser humano distante do ventre da mulher, o que possibilitará um fenômeno menos doloroso para as mulheres, evidentemente.



A literatura complementar à Doutrina revela que o fenômeno da encarnação do Espírito é por demais complexo, sendo confiado, normalmente, aos Espíritos elevados. André Luiz nos explica que as Leis Divinas são Universais. Como tal, é natural que a reencarnação obedeça também a princípios automáticos, tendo em vista, sobretudo, que esse processo se repete há bilhões de anos. No livro "Nas Fronteiras da Loucura", Manoel F. Miranda, através de Divaldo, afirma que líderes das sombras (especialistas do magnetismo) conhecem as técnicas reencarnatórias e até as executam na Terra.(4)



Temos muito a aprender!! A realidade é que não sabemos quase nada do processo reencarnatório, prendendo-nos, ainda hoje, às descrições feitas por André Luiz, mais de 50 anos atrás. Nenhuma pesquisa de maior relevância foi levada a efeito após André Luiz. Poucas vezes, temos solicitado aos Espíritos que descrevam o processo, e, muitas vezes, temos assumido como verdades opiniões e descrições particulares. O assunto, em que pese o nosso convencimento, demonstrado no artigo que já escrevemos sobre o mesmo tema, é por demasiado complexo e, óbvio, não detemos a palavra final!(5)



A fecundação é um processo de criação e esta, necessariamente, se submete ao princípio de que "nada se cria sem que à criação presida um desígnio" (LE - q. 336) e, em relação a esse momento, a questão 338, de "O Livro dos Espíritos", revela que "o Espírito é designado antes que soe o instante em que haja de unir-se ao corpo".(6) A fecundação estaria em uma das pontas, como a chave para iniciar o processo da ligação célula a célula do perispírito com o corpo em formação, isso é certo!. Porém, não podemos perder de vista que muitas mães podem gerar filhos só pelo intenso desejo de tê-los, sem que haja espírito destinado ao corpo que se formará, e, claro, ao nascer, não terá vida. Recordando o texto que publicamos, não vemos sentido em se "colar" um espírito a um embrião que jamais se desenvolverá, a não ser se for por ajuste cármico, como sucede hoje com o aborto não provocado. (7)



Reenfatizamos a interpretação de tais conceitos no Espiritismo, de que os embriões desenvolvidos para a pesquisa ou aqueles não utilizados pelos casais em processo de fertilização assistida, não possuem alma, sendo passíveis de destruição em prol da vida de outros. Ou seja, no âmbito da Doutrina Espírita, não vemos nenhuma conseqüência maior no fato de que vários embriões não cheguem a bom termo. Não estaríamos "matando" um ser, nem traumatizando o Espírito.



Como bem assinalamos no artigo publicado (8), Joanna de Angelis explicou que nos embriões, pode haver Espíritos ligados ou não, como, também, aventado na questão 356, de "O Livro dos Espíritos". O cientista não estaria modificando a destinação do embrião. Alheio ao propósito de abrigar um Espírito na reencarnação, ainda estaria fora das cogitações humanas, em face da insuficiência de conhecimentos, reconhecer se nele existe ou não um Espírito ligado. É bem verdade que não possuímos instrumentos seguros para saber se há ou não DESENCARNADOS destinados a tal ou qual embrião, mas, também estamos convencidos de que, entre tentar fazer algo em nome da ciência, visando à saúde dos ENCARNADOS, ou deixar de fazê-lo, por receios ou fobias dos impactos de consciência que vigem nos imaginários de alguns, por cristalizado atavismo religioso, é imperdoável e extemporâneo entrave à evolução científica. Não nos esqueçamos de que o homem de ciência está na Terra como colaborador de Deus, para ajudá-Lo a melhorar a natureza.



Excetuando-se os embriões que, efetivamente, não serão aproveitados para a gestação, e que se perderão após três anos de congelamento, há também outras alternativas, na busca de terapias das doenças degenerativas, de curso irreversível, como aquelas já mencionadas em nosso texto(9), poderão ser buscadas nas pesquisas de células-tronco da medula, da placenta e do cordão umbilical e daquelas recentemente obtidas de embriões não fecundados por esperma, em que não estão presentes os cromossomos masculinos e, portanto, não resultariam num processo de procriação.



A ciência deve avançar, até porque, de seu impulso, também depende o desenvolvimento da criatura, mas, obviamente, os caminhos utilizados não podem violar o que, igualmente, já se conquistou como valores imarcescíveis. Por isso, não temamos os avanços científicos, até porque, o Espiritismo está profundamente vinculado à pesquisa, à investigação, à ciência, através do seu trabalho intérmino no processo da evolução. Se o homem vai ou não utilizar o produto das pesquisas científicas para o bem ou para o mal, fiquemos sossegados. Quando vimos a bomba atômica sobre Hiroshima e Nagasaki, sofremos o terror da fissão nuclear. No entanto, aí estão os átomos para a paz.


Jorge Hessen

E-Mail: jorgehessen@gmail.com

Site: http://jorgehessen.net



FONTES:

1- Kardec, Allan. A Gênese, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001 ;

2- Idem ;

3- Idem ;

4- Franco, Divaldo Pereira.Nas Fronteiras da Loucura, Salvador: ed. Leal, 2000 ;

5- Hessen, Jorge, CIENTISTAS ESTARIAM SUBVERTENDO A ORDEM DIVINA AO MANIPULAR CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS? - Artigo publicado em 06.04.05, disponível no site Acesso em 10-03-08 ;

6- Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001, pergs. 336 e 338 ;

7- CIENTISTAS ESTARIAM SUBVERTENDO A ORDEM DIVINA AO MANIPULAR CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS? - Artigo publicado em 06.04.05, disponível no site Acesso em 10-03-08 ;

8- Idem;

9- Idem ;


Disponível em <http://www.se-novaera.org.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=805>. Acesso : 22 JUN. 2008.

sexta-feira, junho 20, 2008

Tela de Monet


PROTEÇÃO PARA JORNADA DE TRABALHO



Jesus, amigo de todos os que desejam chegar ao Pai, nós Te pedimos proteção para a nossa jornada de trabalho.

Não nos deixes, Senhor, parados no meio do caminho, por falta de confiança em Ti.

Desperta os nossos corações para que eles, unidos, possam desdobrar-se em remédio e socorro àqueles que nunca compreenderam o valor do amor.

Jesus, vem até nós.
Certos estamos de que o Teu caminho é este que hoje trilhamos, esquecidos de nós, mas vivendo pela felicidade do próximo.

Mestre Amigo, almas endividadas juntaram-se neste Plano para trabalhar em favor de todos os planos que de ti se distanciaram pelo ódio.
Ajuda-nos, Jesus, estendendo-nos as mãos para que as forças não nos faltem.
Juntos, iremos pelos vales das dores e das sombras.
Em todos os momentos em que as lágrimas desejarem embaçar nossos olhos e atrapalhar nossos passos, seca-as, Senhor, auxiliando-nos para que possamos servir em Teu nome.

Obrigado, Jesus, e que sejas sempre a bússola brilhante a nos guiar.

Assim seja!

Luiz Sérgio


Pelo Espírito: Luiz SérgioDo livro: Rios de OraçãoPsicografia: Irene Pacheco Machado

quinta-feira, junho 19, 2008




GUARDEMOS O CUIDADO


"...mas nada é puro para os contaminados e infiéis." - Paulo. (TITO,1: 15.)


O homem enxerga sempre, através da visão interior.


Com as cores que usa por dentro, julga os aspectos de fora.


Pelo que sente, examina os sentimentos alheios.


Na conduta dos outros, supõe encontrar os meios e fins das ações que lhe são peculiares.


Dai, o imperativo de grande vigilância para que a nossa consciêncianão se contamine pelo mal.


Quando a sombra vagueia em nossa mente, não vislumbramos senão sombras em toda parte.


Junto das manifestações do amor mais puro, imaginamos alucinações carnais.


Se encontramos um companheiro trajado com louvável apuro,pensamos em vaidade.


Ante o amigo chamado à carreira pública, mentalizamos a tiraniapolítica.


Se o vizinho sabe economizar com perfeito aproveitamento daoportunidade, fixamo-lo com desconfiança e costumamos tecer longas reflexões em torno de apropriações indébitas.


Quando ouvimos um amigo na defesa justa, usando a energia que lhe compete, relegamo-lo, de imediato, à categoria dos intratáveis.


Quando a treva se estende, na intimidade de nossa vida, deploráveis alterações nos atingem os pensamentos.


Virtudes, nessas circunstâncias, jamais são vistas.


Os males, contudo, sobram sempre.


Os mais largos gestos de bênção recebem lastimáveis interpretações.


Guardemos cuidado toda vez que formos visitados pela inveja, pelo ciúme, pela suspeita ou pela maledicência.


Casos intrincados existem nos quais o silêncio é o remédio bendito e eficaz, porque, sem dúvida, cada espírito observa o caminho ou ocaminheiro, segundo a visão clara ou escura de que dispõe.


Emmanuel



Francisco Cândido Xavier. Do livro: Fonte Viva. Ditado pelo Espírito Emmanuel.

quarta-feira, junho 18, 2008

Tela de Renoir



Autoridade X Responsabilidade



Quanto pesa a responsabilidade de um cargo?


Observa-se que muitos perseguem nomeações para cargos e disputam, com ardor, lugares que lhes conferirão autoridade sobre outros.


Contudo, quando assumem postos de comando esquecem-se dos objetivos reais para os quais foram ali colocados, passando a agir em seu próprio favor.


Tal posição nos recorda a história de um homem que foi nomeado mandarim, uma espécie de conselheiro na China.


Envaidecido com a nova posição, pensou em mandar confeccionar roupas novas.


Seria um grande homem, agora.


Importante.


Um amigo lhe recomendou que buscasse um velho sábio, um alfaiate especial que sabia dar a cada cliente o corte perfeito.


Depois de cuidadosamente anotar todas as medidas do novo mandarim, o alfaiate lhe perguntou há quanto tempo ele era mandarim.


A informação era importante para que ele pudesse dar o talhe perfeito à roupa.


Ora, perguntou o cliente, o que isso tem a ver com a medida do meu manto?


Paciente, o alfaiate explicou: "a informação é preciosa.


É que um mandarim recém-nomeado fica tão deslumbrado com o cargo que anda com o nariz erguido, a cabeça levantada.


Nesse caso, preciso fazer a parte da frente maior que a de trás.


Depois de alguns anos, está ocupado com seu trabalho e os transtornos advindos de sua experiência.


Torna-se sensato e olha para diante para ver o que vem em sua direção e o que precisa ser feito em seguida.

Para esse costuro um manto de modo que fiquem igualadas as partes da frente e a de trás.


Mais tarde, sob o peso dos anos, o corpo está curvado pela idade e pelos trabalhos exaustivos, sem falar na humildade que adquiriu pela vida de esforços.


É o momento de eu fazer o manto com a parte de trás mais longa.


Portanto, preciso saber há quanto tempo o senhor está no cargo para que a roupa lhe assente perfeitamente."


O homem saiu da loja pensando muito mais nos motivos que levaram seu amigo a lhe indicar aquele sábio alfaiate, e menos no manto que viera encomendar.




Cargos e funções, são sempre responsabilidades que nos são oferecidas pela divindade para nosso progresso.


Não há motivo para vaidade, acreditando-se superior ou melhor que os outros.


Quando Pilatos assegurou a Jesus que tinha o poder de vida e morte, e que em suas mãos estava o destino de suas horas seguintes, o Mestre alertou-o dizendo: "Procurador, a autoridade de que desfrutas não é tua; foi-te concedida e poderá ser-te retirada."


De fato isso veio a acontecer. Apenas poucos anos após a morte de Jesus, o poder de Roma retirou do procurador da Judéia, Pôncio Pilatos, toda a autoridade.

Ele perdeu o cargo, o prestígio, e tudo que acreditava fosse eterno em suas mãos.



Toda autoridade deve se centralizar no amor e na vida exemplar, a fim de se fazer real.


A autoridade de que nos vejamos investidos deve ser exercida sem jamais ferir a justiça.


No desempenho dos nossos deveres, recordemos que só uma autoridade é soberana: aquela que procede de Deus, por ser a única legítima.



Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na Revista Brasil Rotário - julho de 1998, nº 913).

Esta mensagem foi lida por um desembargador durante a posse de um grupo de jovens juízes federais...

segunda-feira, junho 16, 2008



ORAÇÃO DA SOLIDARIEDADE



Que eu possa a quem está com frio dar o cobertor.
Mas se o frio for da alma, que eu tenha condições de dar afetivo calor.
Se alguém chorar, que eu possa suas lágrimas enxugar.
Mas se eu também estiver em dor, que pelo menos possa companhia fazer.
Porque é chocante, senhor, chorar sem ter alguém para nos consolar;
sofrer sem ter com quem dividir;
precisar desabafar e não ter quem ouvir;
enfermar sem ter com quem contar.
Assim, Senhor, e por tudo isso, eu te suplico:
preciso ao próximo servir, tendo tolerância para com a ignorância;
o desprendimento frente à pobreza;
a solicitude moral diante dos reclames das crianças;
atenção e amparo para com a velhice;
o perdão sem condição;
a brandura na exaltação;
a verdade sem interesse e o amor sem cobranças.
Mas, se nada disso eu puder ter ou fazer, que a vida me torne humilde
para reconhecer que preciso espiritualmente crescer.
Assim seja.


Pelo médium Medrado/BA

sábado, junho 14, 2008



JESUS, SEGUNDO ALLAN KARDEC



“Se o ensino moral de Jesus fosse discutido, as seitas teriam, aliás, encontrado nele a sua própria condenação, porque a maioria delas se apegou mais à parte mística do que à parte moral, que exige a reforma de cada um”.



Jesus, segundo Allan Kardec.


A partir das investigações da fenomenologia mediúnica que fundamentaram a codificação do espiritismo, naquele momento incomum do século XIX, Allan Kardec nos apresenta em suas obras uma nova e excepcional concepção a respeito da personalidade de Jesus, bem como uma releitura do significado de sua presença e finalidade missionária entre os homens.

O mais perfeito modelo


Dentro dessa nova concepção e desse significado “Jesus representa para o homem o mais elevado grau de perfeição moral a que pode aspirar a Humanidade da Terra”.



O codificador vê no Cristo o “mais perfeito modelo” oferecido por Deus e sua doutrina como a mais pura expressão da lei suprema, uma vez que ele “estava animado do espírito divino”, revelando-se, pela conduta e pelos ensinamentos sublimes, como “o ser mais puro que já apareceu na Terra”.



Também concluiu Kardec, pelas mesmas observações, que alguns dos altos emissários espirituais que pretenderam instruir os homens na lei de Deus algumas vezes se desviaram para falsos princípios, “pois se deixaram dominar por sentimentos demasiado terrenos e por terem confundido as leis que regem as condições da vida da alma com as que regem a vida do corpo.



Muitos desses emissários apresentaram como leis divinas o que era apenas leis humanas, instruídas para servir às paixões e dominar os homens”. Mas em Jesus não acontece assim.



Toda sua doutrina é cristalina expressão da lei natural, que é a Lei de Deus, única necessária à felicidade do homem, capaz de norteá-lo com segurança no que deve fazer ou não fazer, e cuja infelicidade resulta unicamente quando ele dela se afasta por sua livre escolha


A essência dos ensinamentos de Jesus



Com extraordinário bom-senso Allan Kardec dividiu as matérias contidas nos Evangelhos em cinco partes:

1) Os atos comuns da vida do Cristo;

2) Os milagres;

3) As profecias;

4) As palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja;

5) O ensino moral.


Com essa divisão do conteúdo do Evangelho, sabiamente postulou: “Se as quatro primeiras partes têm sido objeto de discussões, a última permanece inatacável.

Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças, porque nunca foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte provocadas pelos dogmas”.


E enfatiza: “Se o ensino moral de Jesus fosse discutido, as seitas teriam, aliás, encontrado nele a sua própria condenação, porque a maioria delas se apegou mais à parte mística do que à parte moral, que exige a reforma de cada um”.



Jesus faz claras referências sobre a imortalidade



O codificador nos chama a atenção para o fato de que Jesus se refere à vida futura claramente, em todas as circunstâncias, como o fim a que se destina a humanidade, e como devendo ser o objeto das principais preocupações sobre a terra.



E afirma “o dogma da vida futura pode ser considerado como o ponto central do ensinamento do Cristo” e, nesse ponto central, toda sua doutrina consoladora encontra sentindo, pois, em singelas histórias e parábolas campônias sua voz ergue os véus da própria imortalidade.



O guia mais seguro

Allan Kardec vê na máxima “amar ao próximo como a si mesmo; fazer aos outros como quereríamos que nos fizessem” a expressão mais completa da caridade, por resumir todos os deveres para com o próximo, sintetizando o guia mais seguro, medindo-se o que deve se fazer aos outros, pelo que se deseja para si mesmo.


Se o amor ao próximo é o princípio da caridade, argumenta o célebre discípulo de Pestalozzi, “amar e perdoar os inimigos é a sua aplicação sublime, porque essa virtude constitui uma das maiores vitórias conquistadas sobre o egoísmo e o orgulho”.



Jesus, ponte entre as realidades físicas e espirituais


Como espírito de grandeza superior, da ordem da mais elevada, Allan Kardec o compreende, por suas virtudes, bem acima da humanidade terrestre.



“Pelos resultados que produziu, sua encarnação neste mundo não podia deixar de ser uma das missões que somente são confiadas aos mensageiros diletos da Divindade, para a realização de seus desígnios”.


Assim, ele foi um canal de comunhão e contato entre as realidades física e espiritual, como atestam os diferentes relatos de suas inúmeras curas, intimidade com as forças da natureza, além de seus constantes diálogos com os chamados “espíritos impuros” e conseqüente libertação de muitos “lunáticos”.Segundo o codificador, como homem, “Jesus tinha a organização dos seres carnais, mas como espírito puro, destacado da matéria, devia viver na vida espiritual mais do que na vida corporal, da qual não tinha as fraquezas”.



E aqui faz um importante apontamento sobre essa sua natureza humana e divina: “A superioridade de Jesus sobre os homens não era relativa às qualidades particulares de seu corpo, mas às de seu Espírito, que dominava a matéria de maneira absoluta, e ao seu perispírito alimentado pela parte a mais quintessenciada dos fluidos terrestres”.



Não são os milagres de Jesus que atestam sua verdadeira supremacia espiritual


Ao contrário do que sustenta a Igreja, para Allan Kardec a divindade de Cristo não está firmada sobre seus milagres, testemunho do seu poder sobrenatural, e observa com muito bom-senso:



“Semelhante consideração pode ter tido voga em épocas em que o maravilhoso era aceito sem exame: hoje porém, que a ciência levou as suas investigações até às leis da natureza, os milagres já não tem grande aceitação, havendo concorrido muito para o seu descrédito as imitações fraudulentas e as explorações que deles se têm feito”.


E enfatiza o que hoje é um fato: “a fé nos milagres gastou-se pelo uso, resultando daí que os do Evangelho já são por muitos considerados puramente lendários.


A Igreja, ademais, é a primeira a tirar-lhes o valor, como prova da divindade de Cristo, declarando que o demônio pode fazer os mesmos prodígios. Se o demônio tem o poder de fazer milagres, fica evidente que estes não têm caráter exclusivamente divino”.


Kardec esclarece que “o caráter essencial do milagre, no sentido teológico, é ser uma exceção às leis da natureza e, por conseguinte, inexplicável por estas leis. Desde que um fato possa ser explicado e decorra de uma causa conhecida, deixa de ser milagre.


É assim que os descobrimentos da ciência têm feito entrar no domínio do natural certos efeitos considerados milagres, porque eram ignoradas as suas causas”.



O verdadeiro poder de Jesus vem do bem



Sobre a finalidade dos atos incomuns realizados através de seu poder, conceitua Allan Kardec: “De todos os fatos que testemunham o poder de Jesus, os mais numerosos, sem contrapartida, são as curas (no sentido de não contradizerem as leis da natureza, mas de o Cristo se valer sabiamente dessas mesmas leis).



Ele queria provar por isso que o verdadeiro poder era o do bem, que sua finalidade era de se tornar útil, e não satisfazer a curiosidade dos indiferentes, mediante coisas extraordinárias”.


Sobre a questão do poder transcendente da fé, tão veementemente propalada por Jesus, compreende-se que não se tratava de uma virtude meramente mística (como fica explícito no caso da mulher que sofria de hemorragia e é curada ao lhe tocar as vestes), como certas pessoas entendem, “mas uma verdadeira força atrativa, enquanto que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica curadora uma força repulsiva, ou pelo menos uma força de inércia” e que paralisa a ação regenerativa.



Os Evangelhos: um eloqüente atestado de intercâmbio entre as dimensões física e espiritualAlém do mais, para o codificador do espiritismo todas as ocorrências transcendentais contidas no Evangelho, tais como profecias, sonhos, premonições, possessões, visões, curas, ressurreições, aparições, diálogos entre homens e seres espirituais (como Jesus e o espírito de Moisés sobre o monte Tabor, Maria e o anjo Miguel) são um eloqüente atestado da realidade do intercâmbio existente entre as dimensões física e espiritual.



Exatamente este mesmo intercâmbio é o que foi exaustivamente comprovado em inumeráveis sessões do moderno espiritualismo experimental, dirigidas por sábios competentes e de ilibada dignidade, dispensadores de nobres e importantes contribuições científicas legadas à humanidade (como Sir William Crookes, Weber, Ulrici, Carl Du Prel, Aksakof, Wallace, Gibier, Schiaparelli, Lombroso, Falconer, De Rochas, Flamarion, Richet, Bozzano, Zölner, entre tantos outros).



Sobre a natureza do CristoSobre o dogma da Igreja que atribui a natureza do Cristo como sendo um dos tríplices aspectos da Divindade (portanto, sendo igual a Deus e não seu filho), o codificador observa que “o que devia ser divino nele era a alma, o espírito, o pensamento, em uma palavra, a parte espiritual do ser”.



Lembra que em todos os registros evangélicos o próprio Cristo refere-se a si mesmo com o título de “filho do homem” (palavra que é citada 82 vezes nos evangelhos, aplicada exclusivamente a Jesus), colocando-se sempre na condição de mediador, de subordinado, o que implica uma pessoa distinta entre Deus e os homens.

“É ele que intercede junto ao Pai e que se oferece em sacrifício para resgatar os pecados da humanidade. Ora, se ele é Deus, igual a Deus em todas as coisas, que necessidade tem de interceder? Ninguém se intercede a si próprio”, argumenta o codificador.


Como poderia Jesus se dirigir a si mesmo como “Pai” e ao mesmo tempo apresentar-se como “filho” sendo ele o próprio Deus?Para o educador de Lyon, “a questão da divindade de Jesus foi sendo, gradualmente, suscitada. Nasceu das discussões levantadas a propósito das interpretações e alguns sobre as palavras — 'Verbo' e 'Filho': mas foi somente no 4.º século que uma parte da Igreja a adotou. Este dogma, portanto, é o resultado de decisões humanas, não emana de revelação divina”.Educação do espírito através da lei de compensaçãoPara o codificador, outra relevante mensagem inserida nas exortações de Jesus dirigidas ao homem terreno, refere-se à explicação singela, mas precisa, sobre os mecanismos da lei de compensação, através das alegorias: “livre plantio e colheita obrigatória”, “a cada um segundo suas obras”, “bem-aventurados os que sofrem... os aflitos... os misericordiosos...”, “todos os que manejarem espada, à espada perecerão”, aludindo nelas o conceito da lei de compensação (através da reencarnação) cuja finalidade é a educação progressiva do espírito com vistas à sua futura emancipação da materialidade.Aparições de Jesus após a sua morteConforme se pode depreender das narrativas de todos os evangelistas, as aparições de Jesus depois de sua morte são descritas com detalhes circunstanciados que não permitem duvidar da realidade do fato, podendo ser explicadas perfeitamente pelas leis fluídicas e pelas propriedades do perispírito.



Em todas as épocas a História registra esse tipo de fenômeno, inclusive o de tangibilidade da aparição.“Se se observam as circunstâncias que acompanharam as diversas aparições de Jesus”, comenta Kardec, “reconhece-se nelas todos os caracteres de um ser fluídico.



Aparece inopinadamente e desaparece da mesma forma; é visto por uns e por outros sob aparência que não o fazem reconhecido, nem mesmo por seus discípulos; mostra-se em lugares fechados, onde um corpo carnal penetraria; sua linguagem não tem a vivacidade de um ser corporal; tem o tom breve e sentencioso; particular aos espíritos que se manifestam dessa maneira; todas as suas atitudes, numa palavra, têm qualquer coisa que não é do mundo terrestre.


Sua apresentação causa ao mesmo tempo surpresa e pavor; seus discípulos, ao vê-lo, não lhe falam com a mesma liberdade; sentem que não é mais o homem”.


Conceitua o codificador, a partir da teoria e da experimentação espírita, que Jesus se mostrou aos discípulos após a sua morte com seu corpo perispiritual e, por isso mesmo, foi visto por poucas pessoas e em ocasiões especiais.


“Se estivesse em seu corpo carnal, teria sido visto por todos, como quando era vivo”.


Obviamente, “desde que seus discípulos ignoravam a causa primária do fenômeno das aparições, não se apercebiam dessas particularidades, as quais provavelmente não notavam; viam Jesus e o tocavam, o que para eles deveria ser seu corpo ressuscitado.”


O maior milagre


Mas para Allan Kardec, contrariamente ao que enfatiza a exaltação de muitos crentes apegados ao fantástico e ao maravilhoso, “o maior dos milagres feitos por Jesus, aquele que atesta realmente a sua superioridade, é a revolução que os seus ensinamentos realizaram no mundo, malgrado a exigüidade de seus meios de ação.


Com efeito, Jesus, obscuro, pobre, nascido na mais humilde condição, no seio de um pequeno povo, quase ignorado e sem preponderância política, artística ou literária, pregou somente durante três anos.


Neste curto espaço de tempo, foi mal compreendido e perseguido por seus compatriotas, caluniado, tratado como impostor.

Foi obrigado a fugir para não ser lapidado.


Foi traído por um de seus discípulos, negado por outro, abandonado por todos no momento em que caiu nas mãos de seus inimigos.


Só praticava o bem e isto não o colocou ao abrigo da maldade que fazia voltar-se contra ele os próprios benefícios que semeava.


Condenado ao suplício reservado aos criminosos, morreu ignorado do mundo, pois a História contemporânea cala-se a seu respeito (o historiador judeu Josefo é o único que fala nele, dizendo, aliás, pouca coisa).


Nada escreveu e, no entanto, auxiliado por homens obscuros como ele, sua palavra foi suficiente para regenerar o mundo.

Sua doutrina aniquilou o paganismo todo-poderoso, e tornou-se o facho da civilização.


Tinha, pois contra ele tudo o que pode fazer fracassar os homens, e é por isso que dizemos que o triunfo de sua doutrina é o maior de seus milagres, provando ao mesmo tempo sua missão divina.


Se, em lugar de princípios sociais e regeneradores fundados sobre o futuro espiritual do homem,


Ele não tivesse a oferecer à posteridade senão alguns fatos maravilhosos, talvez mal o conhecessem de nome”.


O consolador prometidoSob o nome de “Consolador” e de “Espírito de Verdade”, aquele que deve ensinar “todas as coisas” e fazer “recordar” o que ele dissera, Jesus anuncia a vinda de um “outro”, que não seria ele, mas que completaria seu ensinamento.


Além disso, ele previa que haviam de esquecer o que ele dissera, e que haviam de desnaturar seu ensinamento, pois o Espírito de Verdade lhes devia fazer “recordar”, e de acordo com Elias, “restabelecer todas as coisas”, isto é, segundo o verdadeiro pensamento de Jesus.


Allan Kardec pondera que “se essa promessa foi realizada no dia de Pentecostes pela descida do Espírito Santo, a resposta seria que o Espírito Santo os inspirou, que ele pôde abrir sua inteligência, desenvolver neles as aptidões mediúnicas que deviam facilitar suas missões, mas que nada lhes ensinou além do que Jesus ensinara, pois nenhum traço se encontra, de um ensinamento especial.


O Espírito Santo, pois, não realizou o que Jesus anunciara, do Consolador: de outro modo os apóstolos teriam elucidado, enquanto viviam, tudo quanto permaneceu obscuro no Evangelho, até nossos dias, e cuja interpretação contraditória deu lugar às inúmeras seitas que dividiram o cristianismo desde os primeiros séculos”.Jesus referindo-se ao Consolador que viria após ele, acrescenta: “a fim de que permaneça eternamente convosco, e estará em vós”.


O que leva o codificador a concluir que não poderia dizer respeito a uma individualidade encarnada que não pode permanecer eternamente conosco, e ainda menos estar em nós, “mas sim pode ser uma doutrina a qual, com efeito, desde que tenha sido assimilada, pode estar eternamente em nós”.


Por não ser uma concepção humana e ninguém poder dizer que foi seu criador, o espiritismo, no entender de Allan Kardec, realiza todas as condições do Consolador prometido por Jesus. “É o produto do ensinamento coletivo dos espíritos, ensino ao qual preside o Espírito de Verdade”.


Além do mais o ensino espírita “nada suprime do Evangelho, ele o completa e o elucida, com o auxílio das novas leis que revela, juntas às da ciência, faz compreender o que era ininteligível, admitir a possibilidade do que a incredulidade considerava como inadmissível”.


E declara: “por seu poder moralizador, prepara o reino do bem sobre a Terra”.


A segunda vinda de Jesus“Jesus anuncia seu segundo advento”, raciocina o codificador, “mas não diz que virá sobre a terra com um corpo carnal, nem que o Consolador será personificado nele.


Ele se apresenta como devendo vir em Espírito, na glória de seu Pai, julgar o mérito e o demérito, e dar a cada um segundo suas obras, quando os tempos forem chegados”.


Questiona Allan Kardec: “Será o fim do mundo que Jesus anuncia por sua nova vinda, e quando diz: ‘Quando o Evangelho for pregado por toda a Terra, é então que o fim chegará?" E conjetura: “Não é racional supor que Deus destrua o mundo, exatamente quando venha a entrar no caminho do progresso moral, pela prática dos ensinamentos evangélicos.”


Em sua concepção, “a prática geral do Evangelho, devendo resultar numa melhoria do estado geral dos homens, trará, por isso mesmo, o reinado do bem e resultará na queda do reinado do mal. É pois o fim do velho mundo, do mundo governado pela incredulidade, pela cupidez e todas as más paixões a que o Cristo alude quando diz: ‘Quando o Evangelho for pregado por toda a Terra, é então que o fim chegará’, mas esse fim trará uma luta, e é dessa luta que resultarão os males que ele previu”.


Não há como negar que, moralmente, vivemos hoje em pleno fragor dessa batalha e o velho mundo, em frangalhos, desaba estrondosamente.“Um só rebanho e um só Pastor”


Sobre este categórico e aparentemente controvertido enunciado de Jesus, o codificador do espiritismo prevê sua concretização não na aceitação maciça e sectária de sua figura mística, meramente devocional, mas “quando as religiões se convencerem de que há apenas um Deus no universo, e que de modo definitivo é o mesmo que adoram sob os nomes de Jeová, Alá ou Deus; quando elas se puserem de acordo sobre os seus atributos essenciais, compreenderão que um ser único só pode ter uma vontade; elas se estenderão as mãos como servidores de um mesmo Senhor e filhos do mesmo Pai, e terão realizado um grande passo para a unidade”.


E vaticinou: “No estado atual de opinião e de conhecimentos, a religião que um dia deverá ligar todos os homens sob uma mesma bandeira, será aquela que melhor satisfaça a razão e as legítimas aspirações do coração e do espírito; que em nenhum ponto seja desmentida pela ciência positiva; que em lugar de se imobilizar, siga a humanidade em sua marcha progressiva sem jamais se deixar ultrapassar; que não seja exclusiva, nem intolerante; que seja a emancipadora da inteligência, nada admitindo senão a fé raciocinada; aquela cujo código de moral seja o mais puro, o mais racional, em mais harmonia com as necessidades sociais, o mais próprio, enfim, para que se funde sobre a terra o reinado do bem, pela prática da caridade e da fraternidade universais”.



Citações:

Obras de Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese, Obras Póstumas

Equipe Consciesppágina: Disponível em http://www.consciesp.org.br/consciesp/noticias2.php?id=22 .

Tela de Monet




SOMOS DE DEUS


"Nós somos de Deus." - João (I JOÃO, 4:6.)


Não nos é fácil desvencilharmos dos laços que nos imantam aos círculos menos elevados da vida aos quais ainda pertencemos.


Apesar de nossa origem divina, mil obstáculos nos prendem à idéia de separação da Paternidade Celeste.


Cega-nos o orgulho para a universalidade da vida.


O egoísmo encarcera-nos o coração.


A vaidade ergue-nos falso trono de favoritismo indébito, buscando afastar-nos da realidade.


A ambição inferior precipita-nos em abismos de fantasia destruidora.


A revolta forma tempestades de ódio sobre as nossas cabeças.


A ansiedade fere-nos o ser.


E julgamos, nesses velhos conflitos do sentimento, que pertencemos ao corpo físico, ao preconceito multissecular e à convenção humana, quando todo o patrimônio material que nos circunda representa empréstimo de forças e possibilidades para descobrirmos nós mesmos, enriquecendo o próprio valor.

Na maioria das vezes, demoramo-nos no sombrio cárcere da separação, distraídos, enganados, cegos...


Contudo, a vida continua, segura e forte, semeando luz e oportunidade para que não nos faltem os frutos da experiência.


Pouco a pouco, o trabalho e a dor, a enfermidade e a morte, compelem-nos a reconsiderar os caminhos percorridos, impelindo-nos a mente para zonas mais altas.


Não desprezes, pois, esses admiráveis companheiros da jornada humana, porquanto, quase sempre, em companhia deles, é que chegamos a compreender que somos de Deus.



Emmanuel



Francisco Cândido Xavier. Da obra: Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito de Emmanuel


Auxilie sempre, você só tem a ganhar com isso


Procure, todas as noites, ao deitar-se, fazer um relatório mental de suas atitudes.
Relembre se ajudou por meio de palavras, atos ou pensamemntos todos aqueles que de você necessitaram.
Force a memória e verifique se fez alguma coisa ao próximo que não gostaria que fosse feita a você.
Analise se todos os seus comentários foram verdadeiros e se nenhuma maledicência saiu de seus lábios.
Saiba que uma oração ajuda àqueles que deixamos de auxiliar e que no novo dia teremos a chance de reparar nossos erros.


Humberto Pazian


Texto extraído do livro: Para Viver bem... página 92::Autor: Humberto Pazian::Editora: Petit