sábado, maio 29, 2010



Reflita sobre o seu viver


Momento Espírita




Você costuma refletir sobre sua forma de viver, ou simplesmente vive?


Sabe aonde seus passos o conduzirão, ou simplesmente caminha?


Decide, conscientemente, a direção que toma, ou apenas segue à frente, de maneira quase automática?


Reflete bem sobre o que pensa e diz, ou solta as palavras como uma metralhadora que dispara projéteis?


Pondera, antes de agir, sobre os efeitos que surgirão de suas atitudes, ou prefere reclamar dos resultados infelizes só depois que surgem?


Considere que cada escolha feita terá suas conseqüências correspondentes, desencadeando uma sucessão de fatos sem fim.


Por tudo isso, reflita sobre o seu viver.


Volte seu olhar para dentro de si próprio e analise a sua vida, seu modo de ser, suas decisões, os sentimentos que molduram seu caráter, suas reações, seus anseios, seus sonhos.


Reflita sobre si. Sobre quem é você, de onde veio e para onde vai. Por que se encontra onde está, com as pessoas que o rodeiam, vivendo as situações que vive.


Reflita sobre si mesmo.


Pense em como seria se você fosse um pouco diferente do que é.


Imagine se fosse um pouco melhor do que é, um tanto mais amável, mais amigo, menos impulsivo, menos reativo às vicissitudes da vida.


Reflita e pense sobre como seria e como pode ser.


Como será o seu viver, se experimentar um jeito novo de sentir aquele sentimento desagradável que lhe acomete.


Como seria se ao invés de responder da maneira abrupta que lhe é comum, se esforçasse para responder com mais suavidade.


Como seria se durante um dia inteiro não emitisse uma única reclamação, mesmo que os pensamentos lhe viessem à mente.


Como seria atender a tudo que lhe solicitam sem azedume ou sem rabugice.


Como seria se você fosse uma versão melhorada, repaginada de você mesmo, um sósia mais amoroso, mais terno.


Talvez se você se permitisse executar todos esses procedimentos, na ordem que foram sugeridos, se surpreenderia ao ver que é capaz de ser o que imaginou, porque sabe que é capaz de ser melhor. Sabe que é possível mudar.


Remova de si mesmo e da sua indolência todas as amarras que o prendem ao passado, ao que foi, ao que é.


Dê a si próprio a chance de mudar as coisas, de tomar as rédeas da sua vida, de decidir as metas a serem alcançadas e obrigar-se a chegar ao objetivo que escolheu.


Nada o impede.


Nem Deus, nem o mundo, nem os outros.


É você que se mantém onde está, por comodismo.


Confie em si mesmo e verá descortinar outro amanhã, mais auspicioso. Com certeza se sentirá bem melhor do que se sente e muito mais próximo de Deus.

Pense nisso, e jamais deixe de refletir sobre o seu viver!


Ouça seu interior e ajuste seus passos na direção da grande luz.


Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em mensagem do Espírito Emengarda, psicografada por Marie-Chantal Doufour Eisenbach, na Sociedade Espírita Renovação, em 14/08/2006.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1406&stat=3&palavras=aqui%20e%20agora&tipo=t>




Vencendo a solidão


Momento Espírita


Na atualidade, muitos são os que lamentam a solidão. Dizem que a tecnologia afastou as pessoas umas das outras. Que a violência transformou indivíduos em autômatos programados para esperar agressões e reagir.


O diálogo foi substituído pelos programas televisivos. As visitas entre amigos, com os intermináveis bate-papos se extinguiram, graças a dispositivos tecnológicos que permitem contatos na nossa aldeia global, sem sair da frente de um visor.


Falam de indiferença e frieza nos corações. Afinal, ninguém se importa com ninguém. Colocam-se grades nas janelas das casas, cercas energizadas e seguranças nas portarias de edifícios.


Isolam-se os seres entre as paredes que adquiriram à custa de esforço e muito trabalho.


Por isso, dizem, o homem está se tornando o ser mais solitário da Terra. Abandonando a riqueza do contato interpessoal pela frieza das máquinas, o aperto de mão pelos alôs tecnológicos, as conversas enriquecedoras pela frieza de uma tela de TV.


No entanto, todo o quadro pode e deve ser revertido, bastando que se deseje. Cultivar amizades, distribuir afagos, buscar companheiros para o entretenimento sadio, aplaudir um teatro, sair com colegas de trabalho para uma tarde de lazer junto à natureza são atos a que todos podemos nos propor.


Para espantar a solidão existem fórmulas especiais e muito fáceis. Basta programar-se e convidar amigos para o final de semana.


Abrir o lar para um encontro simpático, sem a exagerada preocupação de servir petiscos muito elaborados, que demandam tempo enorme no seu preparo, quando o tempo deve ser dispensado aos que elegemos para estarem conosco, algumas horas.


Aprendamos a desfrutar da companhia do outro. Deus criou o homem para viver em sociedade. No contato humano é que burilamos experiências e sentimentos, aprendendo a disciplina do próprio proceder.


E, se acaso, formos daquelas criaturas que afirmamos não ter amigos, colegas ou seja quem for para recepcionar ou visitar, há muitos seres no mundo, sem ninguém.


Por que não preencher o vazio de afeições que partiram ou que nunca se fizeram presentes, pela carinha festiva de uma criança?


Por que não apadrinharmos crianças sem lar, em dias preestabelecidos? Por que não nos programarmos para passear, em dias de sol e festa primaveril, pelos parques da cidade, com um petiz que nos tomará da mão, ficará roçando sua cabecinha em nós, à busca de mais carinho?


Há os que temem assumir a responsabilidade de adoção plena. Contudo, por que não lhes dispensar algumas horas de carinho por semana?


Preparemos o lar, com brinquedos, alguns pratos diferentes, saborosos e repletemos a alma de felicidade, doando amor.


A mais expressiva técnica para espantar a solidão é dispor-se a amar. E há tantos que esperam pela nossa disposição de amar!


Se temermos buscar em instituições que abrigam esses pequenos, por qualquer questão pessoal que ainda não consigamos vencer, olhemos ao redor.


Não haverá, perto de nós, crianças solitárias e tristes, que anseiem por um gesto de carinho?


O mundo aguarda nosso amor. Espanquemos as nuvens espessas da solidão em que nos abrigamos e comecemos a ser felizes, fazendo alguém feliz, porque o amor somente beneficia a quem ama.


Redação do Momento Espírita.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2624&stat=0>


sexta-feira, maio 28, 2010




SABER VIVER



O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.


Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio… você começará a perder a noção do tempo.


Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos,ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.


Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.


Compreendido este ponto, há outra c oisa que você tem que considerar:


Nosso cérebro é extremamente otimizado.


Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.


Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.


Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.


Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada, não aparece no índice de eventos do dia, portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.


É quando você se sente mais vivo.


Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmentecolocando suas reações no modo automático e ‘apagando’ as experiências duplicadas.


Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.


Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.


Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos,lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.


Como acontece?


Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente).O cérebro já sabe qual marcha trocar.


Ele simplesmente pega suas experiências passadas e as usa, no lugar de repetir realmente a experiência.


Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente.


Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa…


São apagados de sua noção de passagem do tempo…


Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.


Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir: as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações…



Enfim… as experiências novas, (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.


Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos denovidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.


Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a ROTINA


Não me entenda mal.


A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.


Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).
Mude, fazendo algo diferente e Marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos.


Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque suas férias com fotos, cartões postais e cartas.


Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).


Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.


Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo,bota-foras;


Participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes;


Entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba;


Compre enfeites diferentes no Natal, vá à shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.


Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.


Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque amar o seu companheiro de maneiras diferentes.


Seja diferente.


Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos e squisitos…..


Em outras palavras :


V I V A ! ! !


Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.


E se tiver a sorte de estar casado(a) ou com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o… do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.


Cerque-se de amigos.


Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.


Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?


Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo,


com qualidade, emoção, rituais e vida..



ESCREVA em tAmaNhos diFeRenTes e em C o r E S d i f E r E n t E s !


CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE…..


V I V A ! ! ! !!!


‘Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.’


Texto de Cora Coralina

NAMASTÊ.


Disponível em <http://namasteomshanti.wordpress.com/2010/05/14/saber-viver/> .Acesso : 27 MAI. 2010




Religião e Deus


Momento Espírita



Quantos são os caminhos para encontrar Deus? De quantas estradas é feito o nosso trilhar para entender as coisas de Deus? Quais são os caminhares que nos levam a Deus?


Não houve na História da Humanidade cultura alguma que não tivesse nos seus valores o entendimento de Deus.

As formas de interpretação da Divindade variaram às centenas, porém, nenhum povo houve que negasse a existência de uma força maior a comandar os desígnios do Universo.

Assim, crer na existência de Deus transcende o aspecto cultural e se insere na essência do sentimento humano de que existe um Criador a gerar a vida, do macro ao microcosmo.



E, ao longo da História, vários foram os ensaios para se explicar e entender Deus.



Seja o deus castigo e vingança das civilizações antigas, ou o deus concebido em forma humana, como nas mitologias greco-romanas, ou ainda o deus natureza dos celtas, sempre foram tentativas do homem de entender Deus.



E hoje, como entendemos Deus?



Provavelmente as suas respostas e explicações acerca da Divindade estão pautadas em uma explicação doutrinária ou religiosa.



E é exatamente para isso que as religiões se estruturam: para nos ajudar a redescobrir Deus, Suas Leis, Seus desígnios e para Ele nos voltarmos.



Desta forma, podemos entender a religião não como um fim e sim um meio. O meio que encontramos para entender Deus e tê-Lo na nossa vida diária.



E, sendo a religião o meio que usamos para reencontrar Deus, é natural que cada um de nós tenha necessidade de um caminho que seja coerente e próprio em relação ao seu amadurecimento emocional, seus valores e conceitos.



Por isso, cada um de nós escolhe essa ou aquela escola religiosa, esse ou aquele caminho para chegar a Deus.



Porém, para Deus, todos os caminhos que levem a Ele são dignos de respeito. Toda doutrina, toda religião que nos torne melhores, é válida.



Além disso, devemos lembrar que a religião por si só não basta em nossa vida. Como também, para sermos pessoas de bem, a religião não é imprescindível.



Há inúmeras pessoas que, sem professarem nenhuma religião, têm uma vida de respeito ao próximo, de conduta ilibada, de retidão de caráter inquestionável.



E outras, apegadas a essa ou aquela escola religiosa, se mostram só preocupadas com a externalidade da religião, cuidando muito pouco do seu mundo íntimo.



Se a religião que escolhemos nos faz pessoas melhores, nos ajuda a entender as Leis de Deus, a nos entender e a entender ao próximo, essa é a melhor religião para nós.



Porém, se ainda nos vinculamos a uma religião, preocupados com o que os outros estão vendo ou pensando, somente para satisfazer vaidades ou expectativas nossas ou de outros, há que se repensar como estamos construindo nossa relação com Deus.



O mais significativo para nós deve ser perceber que a religião que adotamos é o meio que encontramos de construir a religiosidade em nós, do entendimento de Deus, respeitando o próximo nos caminhos que ele escolher para compreender Deus e trazê-Lo para dentro de si.



Redação do Momento Espírita.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2623&stat=0>


quinta-feira, maio 27, 2010


Coragem e ousadia


Momento Espírita



Era uma vez um riacho de águas cristalinas, muito bonito, que serpenteava entre as montanhas.


Em certo ponto de seu percurso, notou que à sua frente havia um pântano imundo, por onde deveria passar.


Olhou, então, para Deus e protestou:


Senhor, que castigo! Eu sou um riacho tão límpido, tão formoso, e o senhor me obriga a atravessar um pântano sujo como este! Como faço agora?


Deus então lhe respondeu: isso depende da sua maneira de encarar o pântano. Se ficar com medo, você vai diminuir o ritmo de seu curso, dará voltas e, inevitavelmente, acabará misturando suas águas com as do pântano, o que o tornará igual a ele.


Mas, se você o enfrentar com velocidade, com força, com decisão, suas águas se espalharão sobre ele, então, a umidade as transformará em gotas que formarão nuvens, e o vento levará essas nuvens em direção ao oceano.


Aí você se transformará em mar, realizando seu grande objetivo, seu grande sonho!


***


Assim é a vida, diz-nos esta singela passagem – as pessoas engatinham é nas mudanças.


Na maioria das vezes, quando ficam assustadas, paralisadas, pesadas, as pessoas tornam-se tensas e perdem a rapidez e a força.


É preciso entrar pra valer nos projetos da vida, até que o rio se transforme em mar.


Há milhares de tesouros guardados em lugares onde precisamos ir para descobri-los. Há tesouros guardados numa praia deserta, numa noite estrelada, numa viagem inesperada.


O mais importante é ir ao encontro deles, ainda que isso exija uma boa dose de coragem e desprendimento.


É certo que não precisa procurar o sofrimento, mas se ele fizer parte da conquista, enfrente-o e supere-o.


Arrisque.


Ouse.


Avance.


A vida é uma aventura gratificante para quem tem coragem.


Coragem de tentar ser melhor do que já se é.


Coragem de se aproximar das pessoas, e abrir seu coração, e lhes pedir perdão.


Coragem de parecer covarde aos olhos do mundo, quando oferecer a face do amor a quem lhe oferecer a face da violência.


Coragem de assumir seus erros perante os outros, dominando enfim o ego orgulhoso.


Coragem para declarar-se crente em Deus, adepto de uma filosofia, de uma religião discriminada por muitos.


Coragem de mostrar seus sentimentos nobres, sem ter receio de parecer tolo.


Coragem de dizer “eu te amo”.


***


Somos riachos perenes que aguardam o momento de encontrar o mar sublime.


Cada passo que damos, cada obstáculo contornado, cada vitória conquistada, mostra-nos que estamos a cada dia mais perto de descobri-lo.


Há muito pela frente ainda, é certo, mas na medida em que avançamos, verificamos que tudo se torna cada vez mais fácil e mais possível de se alcançar.


E nunca esqueçamos de que, nesta jornada, não estamos sozinhos. A pátria espiritual – nosso verdadeiro lar – através das preces de amigos queridos, enviam-nos chuvas de tempos em tempos, que preenchem nossas águas, dando volume e força para continuar, sempre.


Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir do texto “Coragem e ousadia”, sem menção a autor.

Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=449&stat=3&palavras=Ser%20feliz%20ou%20estar%20feliz%20voltar&tipo=t>




Perca o temor

Momento Espírita


Hoje em dia as pessoas, de um modo geral, temem muitas coisas e situações e por isso se sentem inseguras.



Algumas saem de casa só quando não há outro jeito, por temer a violência.



Não fazem amigos porque temem se aproximar de alguma pessoa indesejável.



Deixam de conhecer alguém especial por temor de estreitar laços com estranhos.


Perdem oportunidades de adquirir novos conhecimentos porque temem não ter capacidade para aprender.


Evitam expor seu verdadeiro caráter por temer o julgamento dos outros e a não aceitação.


Não se entregam a um grande amor por medo de sofrer.

Abdicam de ocupar uma posição melhor na empresa porque temem não dar conta do recado.

Não abrem mão de costumes e ideias cristalizadas por medo de enfrentar o que é diferente ou é novo.

Deixam de fazer investimentos por temor de uma mudança brusca na economia.

Como se pode perceber, o temor é um grande obstáculo ao progresso e à felicidade de muitas criaturas, na face da Terra.

Assim, se você é uma dessas pessoas que guarda temor de alguma coisa, pense nas muitas vantagens que teria se superasse esse grande obstáculo.

Perca o medo de ser vulnerável e sinta a emoção de um abraço de ternura.

Perca o temor de trovoada e admire os benefícios que os raios luminosos trazem à atmosfera terrestre.

Perca o temor de ficar em silêncio e ouça a melodia dos anjos.

Perca o temor de viver o bem que já sabe e sinta a leveza de uma consciência tranquila.

Perca o medo de ser simples e desfrute o prazer da verdadeira liberdade.

Perca o temor do vento, e observe a grande contribuição dessa maravilhosa força que espalha sementes e acalma o calor.

Perca o medo de perder tempo e viaje no murmurar de um riacho, alce voo com as andorinhas, ouça a música do entardecer, fale com as estrelas, diga à lua para levar um recado ao seu amor que está distante.

Perca o medo de se arriscar e retire as grandes lições que trazem as derrotas.

Perca o temor de superar seus limites e contemple os horizontes que estão além das montanhas.

Perca o medo do amanhã, e receba de presente o hoje.

Perca o temor de dar o primeiro passo e prepare-se para a alegria da chegada.

Perca o temor de não estar sempre com a razão e aprenda com a sabedoria dos outros.

Liberte-se do medo da morte e ganhe a Imortalidade.

Abandone a culpa e prepare-se para as alegrias de uma vida de acertos.

Perca o medo de ser feliz e abra-se para gozar tudo o que a vida oferece de útil e agradável.

Perca o medo de errar e prepare-se para a chegada vitoriosa.

Perca o temor das cicatrizes e renda-se ao inebriante poder do amor.

* * *
Se você sente que o temor está sendo um empecilho a deter seus passos, livre-se dele e verá que o horizonte irá se abrir naturalmente.

E se, ao caminhar na direção desse horizonte, você perceber que ele se afasta de você na mesma proporção, não desanime, pois a finalidade do horizonte é essa mesma: a de fazer você caminhar para frente e para o alto.

Sem temores nem incertezas.

Pense nisso!

Redação do Momento Espírita.


Disponível<http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=928&stat=3&palavras=Perca%20o%20temor&tipo=t>


quarta-feira, maio 26, 2010


O servidor medroso


Momento Espírita




A parábola dos talentos é uma das mais conhecidas dentre as contadas por Jesus.


Segundo ela, um senhor que se ausentaria em viagem chamou seus servidores e lhes confiou seus bens.


A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro deu um.


Ao retornar de sua viagem, chamou os servidores para uma prestação de contas.


Os dois primeiros tinham multiplicado os talentos recebidos.


O senhor ficou satisfeito com sua fidelidade e prometeu lhes confiar mais coisas.


Entretanto, o terceiro limitou-se a enterrar o tesouro recebido.


Ao falar com o senhor, disse estar ciente da severidade dele e de que ele colhia onde nada semeara.


Por medo, não agira para multiplicar o talento que lhe fora confiado.


O senhor determinou que lhe tirassem o recurso que restara inútil em suas mãos.


É interessante observar a postura desse último servidor.


Por medo, ficou inerte.


Entendeu melhor enterrar seu talento do que se arriscar a cometer algum erro.


Terminou por perdê-lo de qualquer modo, tanto que foi entregue ao que já tinha dez talentos.


São inúmeras as leituras que se podem fazer dessa parábola.


Uma delas é que esses talentos representam os variados dons e recursos de que os homens são dotados.


A Providência Divina lhes faculta acesso a tesouros de inefável valor.


Pode ser a riqueza material, o dom da palavra, a vocação para as artes, para a maternidade, a medicina, o magistério.


Antes de retomar nova existência, renascendo, cada Espírito elabora, em linhas gerais, uma programação de vida.


Na existência terrena, lentamente os meios para cumprir o acordado e fazer o bem lhe chegam às mãos.


Nem sempre a criatura é feliz em suas opções.


São frequentes os êxitos parciais e mesmo os fracassos.


Como são imperfeitos e vivem para aprender, não é raro que homens se equivoquem.


Apenas é necessário tentar de verdade.


Dos equívocos surge a experiência, que facilitará o acerto mais tarde.


Nesse contexto, torna-se evidente o grave equívoco do servidor medroso.


Ele não se permitiu errar no empenho de acertar e ser útil.


Terminou por perder tudo sem ter auferido sequer a experiência oriunda da tentativa.


Convém refletir sobre isso sempre que surgir o desejo de desistir antes mesmo de tentar.


A prudência é uma virtude que mensura a eficiência dos meios de que se dispõe para a realização dos objetivos.


Se ela aponta alguma deficiência, esta deve ser trabalhada.


Entretanto, o medo é um péssimo conselheiro de vida.


Ele pode colocar a perder oportunidades valiosas de aprendizado e progresso.


Pense nisso.


Redação do Momento Espírita


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2617&stat=0>



Verdadeiro respeito


Momento Espírita




Ainda hoje é comum se observar desrespeito entre membros de religiões diferentes.


Um ditado popular até inclui religião entre os temas que não devem ser conversados ou discutidos, entre colegas ou amigos. É questão nevrálgica que pode gerar desentendimentos.


É que, quase sempre, um termina por ofender o outro por serem diferentes os conceitos a respeito de Deus, da alma, das penas e recompensas futuras.


Contudo, entre grandes líderes religiosos há muito respeito. Exatamente porque um no outro admira o compromisso integral com sua própria crença.


Recordamos que no ano de 1219, Francisco de Assis, que fora se juntar aos combatentes da Quinta Cruzada, decidiu ir à presença do sultão Al-Malik Al-Kamil.


Ele desejava converter o sobrinho de Saladino ao Cristianismo. E se isso redundasse em martírio, não se importava.


Com seu companheiro Illuminatus foi em direção ao quartel-general do sultão.


Era sabido que os cristãos podiam praticar sua fé em terras muçulmanas. Mas, se tentassem converter algum maometano, estariam sujeitos à pena capital.


Quando Francisco e o amigo se aproximaram do acampamento do sultão foram imediatamente levados à sua presença.


O governante muçulmano tinha a mesma idade de Francisco. Ele governava o Egito, a Palestina e a Síria.


Era competente em artes militares. Também completamente dedicado às tradições de sua fé e à sua disseminação.


Cinco vezes ao dia, ao ouvir o chamado para a adoração a Alá, era o primeiro a assumir a postura devida.


Francisco de Assis, pois, estava diante de um homem profundamente devoto, que também acreditava em um Deus único.


Francisco, através de um intérprete, falou ao sultão e ao seu conselho sobre a fé em Cristo e o apelo de paz em nome de Jesus, o filho de Deus.


Quando concluiu, os conselheiros presentes opinaram que os visitantes deveriam ser, de imediato, decapitados.


Entretanto, o sultão era homem que apreciava a verdadeira fé onde quer que a encontrasse e disse:


Vou contrariar esses conselhos. Jamais te condenarei à morte. Seria uma perversa recompensa para alguém que voluntariamente arriscou-se a morrer a fim de salvar minha vida diante de Deus, como acreditas.


Até onde os registros medievais, em italiano e francês, bem como as crônicas muçulmanas relatam, o fato não teve precedente na História das relações entre cristãos e muçulmanos.


Os frades ficaram no acampamento durante uma semana. E, ao despedi-los, o sultão forneceu a ambos salvo-conduto de volta ao seu acampamento.


E até mesmo a Jerusalém, pois Francisco desejava venerar os ditos lugares santos cristãos.


Deu-lhes o suficiente em provisões para a viagem de retorno e presentes preciosos. Esses, delicadamente foram recusados por Francisco, o que mais provocou a admiração de Al-Kamil.


Francisco não conseguiu converter o sultão à fé cristã mas saiu de lá com uma impressão bem diferente do seu anfitrião.


Eram dois líderes. Um liderava homens à guerra, motivados por suas convicções religiosas. O outro somente desejava que se implantasse a paz do Cristo no mundo.


Dois líderes. Conceitos divergentes. Batalhas gigantescas a vencer. Armas diferentes.


Mas um ao outro ouviu e deixou bem claras as linhas do respeito.


Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Doze – 1219 – 1220, do livro Francisco de Assis, o santo relutante, de Donald Spoto, ed. Objetiva.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2619&stat=0>


domingo, maio 23, 2010




Sem etiqueta, sem preço


Momento Espírita



A nota é internacional e diz, mais ou menos assim: Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer.



Eis que o sujeito desce na estação do metrô de Nova York, vestindo jeans, camiseta e boné.



Encosta-se próximo à entrada. Tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.



Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.




Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas, num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.



Alguns dias antes, Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custaram a bagatela de mil dólares.



A experiência no metrô, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.



A iniciativa, realizada pelo jornal The Washington Post, era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.



A conclusão é de que estamos acostumados a dar valor às coisas, quando estão num contexto.



Bell, no metrô, era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.



Esse é mais um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas, que são únicas, singulares e a que não damos importância, porque não vêm com a etiqueta de preço.



Afinal, o que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes?



É o que o mercado diz que podemos ter, sentir, vestir ou ser?



Será que os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza são manipulados pelo mercado, pela mídia e pelas instituições que detêm o poder financeiro?



Será que estamos valorizando somente aquilo que está com etiqueta de preço?



Uma empresa de cartões de crédito vem investindo, há algum tempo, em propaganda onde, depois de mostrar vários itens, com seus respectivos preços, apresenta uma cena de afeto, de alegria e informa: Não tem preço.



E é isso que precisamos aprender a valorizar. Aquilo que não tem preço, porque não se compra.



Não se compra a amizade, o amor, a afeição. Não se compra carinho, dedicação, abraços e beijos.



Não se compra raio de sol, nem gotas de chuva.



A canção do vento que passa sibilando pelo tronco oco de uma árvore é grátis.



A criança que corre, espontânea, ao nosso encontro e se pendura em nosso pescoço, não tem preço.



O colar que ela faz, contornando-nos o pescoço com os braços não está à venda em nenhuma joalheria. E o calor que transmite dura o quanto durar a nossa lembrança.



* * *



O ar que respiramos, a brisa que embaraça nossos cabelos, o verde das árvores e o colorido das flores é nos dado por Deus, gratuitamente.



Pensemos nisso e aproveitemos mais tudo que está ao nosso alcance, sem preço, sem patente registrada, sem etiqueta de grife.



Usufruamos dos momentos de ternura que os amores nos ofertam, intensamente, entendendo que sempre a manifestação do afeto é única, extraordinária, especial.



Fiquemos mais atentos ao que nos cerca, sejamos gratos pelo que nos é ofertado e sejamos felizes, desde hoje, enquanto o dia nos sorri e o sol despeja luz em nosso coração apaixonado pela vida.



Redação do Momento Espírita, a partir de comentário de Willian Hazlitt, que circula pela Internet.


Disponível<http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.phpid=2363&stat=3&palavras=violinista&tipo=p>




Conquistas individuais


Momento Espírita



Eu não consigo, por mais tente. Para mim é impossível. Estas são frases que podemos ouvir vez ou outra e que, em essência, não traduzem a verdade.


Não há obstáculos intransponíveis ou insuperáveis ao ser humano que verdadeiramente anseie por vencê-los.


Recordamos de Mabel Hubbard que, aos quatro anos de idade, teve um violento ataque de escarlatina e se tornou apática e calada.


Alguns dias depois, a criança reclamou:


Por que os pássaros não cantam? Por que vocês não falam comigo?


As perguntas cortaram o coração dos pais que, só então, perceberam que a enfermidade deixara sua filha completamente surda.


Mas, ela tinha uma vantagem sobre as demais crianças que nasciam surdas. Ela sabia falar.


Como preservar isso era o grande desafio para seus pais.


O diretor de uma escola para cegos, em Boston, lhes disse que eles poderiam preservar a fala da filha, desde que a obrigassem a falar sempre, que jamais aceitassem gestos. Que eles a ensinassem pela vibração. Fizessem-na sentir a garganta, o ronronar do gato, o piano e ler o movimento dos lábios.


Assim foi, embora fosse doloroso por vezes não dar à criança o leite que apontava insistente. Não, até ela pedir: Quero leite.


Ou então fingir que não estavam vendo seus gestos desesperados para ir passear, até que ela falasse: Quero ir passear. Quero sair.


Quatro anos depois, Mabel estava adaptada em todos os aspectos à vida normal.
A professora que ensinava suas outras irmãs a ela também o fez. Ela aprendeu a ler, escrever, soletrar.


A outra batalha que seus pais precisaram superar foi com o próprio legislativo estadual. Naquela época, as crianças surdas, ao atingirem 10 anos de idade, eram simplesmente despachadas para asilos no estado vizinho.


E o pai, advogado, começou a lutar para que se elaborassem leis para a criação de escolas para surdos.


A própria Mabel foi levada frente a uma comissão a fim de provar que crianças surdas tinham capacidade de aprendizado.


Um dos funcionários afirmou que a recuperação da fala pela criança surda custava mais do que compensaria ouvi-la falar. Além do que, concluía, mesmo que o surdo dissesse algumas palavras, por maior que fosse o êxito atingido na articulação das palavras, a sua inteligência continuaria sempre em trevas.


Mabel derrubou as afirmativas, demonstrando seus conhecimentos de história, geografia, matemática, respondendo às questões que lhe foram formuladas e lendo de forma fluente.


Nada intimidou a menina. Ela fora criada numa família com muitos parentes. Estava acostumada a viver em meio a muita gente.


Ao lhe perguntarem se era surda, ela olhou para sua professora e, intrigada, indagou: Senhorita, o que é uma criança surda?


Até então não percebera que era diferente.


Essa criança se tornou mais tarde a esposa de um homem que desde sua meninice vivia às voltas com o som: Alexander Graham Bell.


Tornou-se uma pessoa excepcional. Era alegre, espirituosa, imensamente cativante. Durante quase 50 anos ela amparou e inspirou seu brilhante e excêntrico marido, o inventor do telefone.


* * *


A capacidade do Espírito humano de sobrepor-se às adversidades e vencer limitações, está muito além do que se possa imaginar.


Em verdade, quem comanda o corpo é o Espírito e, se este colocar em ação sua férrea vontade, superará obstáculos considerados impossíveis.


Redação do Momento Espírita, com base no artigo Ouve, meu amor, de Seleções Reader´s Digest, de julho de 1963.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2613&stat=0>




Aparências


Momento Espírita



O ser humano costuma se preocupar com a imagem que transmite ao mundo.


Há regras de comportamento e de vestimentas para as mais variadas ocasiões.


Conforme o local, as exigências mudam.


Há ambientes formais e informais, mais ou menos sofisticados.


Para ter uma boa aparência, as pessoas cuidam de seu vestuário e de seu corpo.


Uma imagem desleixada em geral dificulta o sucesso profissional.


Também a vida social oscila conforme o apuro da apresentação pessoal.


É bom e necessário que haja preocupação em ser asseado, agradável no trato e em se vestir conforme a ocasião.


Esse acatamento das regras sociais constitui sinal de respeito às pessoas com quem se convive.


Contudo, convém não cuidar apenas do que aparece.


Tudo o que é material é sempre efêmero.


Boas roupas, corpo bem cuidado e maneiras sofisticadas podem ser apenas uma capa para esconder o que realmente se é.


A polidez é importante, mas representa apenas uma aparência, que pode ser enganosa, ou a porta de entrada das virtudes.


É possível adotar expressões que traduzem atenção e respeito, sem ter o menor interesse no bem estar do próximo.


A título de princípio, vale a disciplina do exterior.


Entretanto, é preciso que o coração também seja convocado a participar.


Não dá para cuidar apenas do exterior e achar que basta.


Cedo ou tarde, as aparências cessarão.


Todo homem é um Espírito momentaneamente vestindo um corpo de carne.


Por lindo que seja esse corpo, seu destino é a sepultura.


A essência da criatura reside em sua realidade íntima.


Cada qual transcende com o que é, não com o que aparenta.


Há pessoas que se ocupam de aparentar pureza.


Mas cultivam pensamentos e sentimentos desonestos e lascivos.


Para os que estão a sua volta parecem exemplos de dignidade.


Mas os Espíritos, que podem perceber seus pensamentos, os veem de modo bem diverso.


Conforme a realidade íntima, assim é a constituição espiritual.


Alguém de aparência e modos irretocáveis pode ter estrutura espiritual apodrecida.


Talvez passe uma imagem respeitável à sociedade, que lhe ignora o íntimo.


Contudo, é visto pelos Espíritos como um decaído.


Exala fluidos deletérios, literalmente cheira mal, para quem consegue perceber.


Será como um lascivo decadente que ressurgirá após a morte do corpo.


Convém pensar nisso, para evitar surpresas desagradáveis.


Mais cedo ou mais tarde, sua realidade íntima aparecerá, sem nenhum disfarce.


Redação do Momento Espírita.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2615&stat=0>


quinta-feira, maio 20, 2010



Necessidade da meditação


Momento Espírita


Você medita?


Caso sua resposta tenha sido não, é sempre tempo de começar.


Através dela o homem adquire o conhecimento de si mesmo, penetrando na sua realidade íntima e descobrindo recursos que nele dormem inexplorados.


Meditar significa reunir os fragmentos da emoção num todo harmonioso que elimina as fobias e ansiedades, liberando os sentimentos que aprisionam o indivíduo, impossibilitando-lhe o avanço para o progresso.


As pressões e excitações do mundo agitado e competitivo, bem como as insatisfações e rebeldias íntimas, geram um campo de conflito na personalidade.
Esse campo de conflito termina por enfermar o indivíduo que se sente desajustado.


A meditação propõe a terapia de refazimento, conduzindo-o aos valores realmente legítimos pelos quais deve lutar.


Não se faz necessária uma alienação da sociedade. Tampouco a busca de fórmulas ou de práticas místicas ou a imposição de novos hábitos em substituição dos anteriores.


Algumas instruções singelas são úteis para quem deseje renovar as energias, reoxigenar as células da alma e revigorar as disposições otimistas.


A respiração calma e profunda, em ritmo tranquilo, é fator essencial para o exercício da meditação.


Logo após, o relaxamento dos músculos, eliminando os pontos de tensão nos espaços físicos e mentais, mediante a expulsão da ansiedade e da falta de confiança.


Em seguida, manter-se sereno, imóvel quanto possível, fixando a mente em algo belo, superior e dinâmico. Algo como o ideal de felicidade, além dos limites e das impressões objetivas.


Esse esforço torna-se uma valiosa tentativa de compreender a vida, descobrir o significado da existência, da natureza humana e da própria mente.


Por esse processo, há uma identificação entre a criatura e o Criador, compreendendo-se, então, quem somos, por que e para que se vive.


Esse momento não deve ser interrogação do intelecto. É de silêncio.


Não se trata de fugir da realidade objetiva mas de superá-la.


Não se persegue um alvo à frente. Antes, se harmoniza o todo.


O indivíduo, na sua totalidade, medita, realiza-se, libera-se da matéria, penetrando na faixa do mundo extrafísico.


* * *


Crie o hábito da meditação, após as fadigas.


Reserve alguns minutos ao dia para a meditação, para a paz que renova para outras lutas.


Terminado o seu refazimento, ore e agradeça a Deus a bênção da vida, permanecendo disposto para a conquista dos degraus de ascensão que deve galgar com otimismo e vigor.


Redação do Momento Espírita com base no cap. 16 do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.


Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2612&stat=0>



Olhos


Momento Espírita



Nos apontamentos do evangelista Mateus, encontramos as seguintes palavras proferidas pelo Mestre de Nazaré: Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.


A frase nos levou a meditar acerca desse patrimônio de todos, que são os olhos.


No mundo encontramos olhos muito diferentes, não somente em formatos e cores, mas em qualidades íntimas.


Encontramos os olhos que veem os quadros da vida pelo prisma da malícia, deturpando tudo que alcançam.


Existem os olhos de ciúme, que despejam chispas de ódio, ante a possibilidade mínima de perderem o que consideram objeto de sua posse.


Há os olhos que ferem, capazes de intimidar subalternos e criaturas de condição social inferior. Olhos de agressão que censuram sem palavras e agridem sem pestanejar.


Olhos de frieza que observam a dor, a desesperança, a miséria sem se comoverem. Despejam tal gelo que impedem o necessitado de estender a mão em súplica ou a expressar o próprio infortúnio em palavras.


Olhos que perturbam quando encaram a outrem e chegam a desencorajar os que estejam tentando realizar algo de bom, e se mostram ainda tímidos.


Olhos de desespero que olham o panorama que os circunda e somente conseguem enxergar aflição e abandono. Levantam o olhar no sentido do firmamento e não percebem as estrelas que iluminam a noite escura, com seus raios brilhantes.


Olhos capazes de registrar os males alheios, desconsiderando as virtudes que se ocultam em todo ser humano.


Olhos de irritação que expressam seu desagrado ante a balbúrdia infantil que extravasa sua alegria de viver, as vozes dos animais que dizem da sua vitalidade, o pequeno esbarrão involuntário na rua, no mercado, na condução urbana.


Olhos de crueldade que ferem a quem atingem, que fazem o animal se encolher a um canto, a criança calar em constrangimento e a própria natureza estabelecer uma pausa no seu concerto constante.


* * *


Como serão os nossos olhos?


Se desejamos enobrecer os recursos da visão que nos enriquecem a vida, amemos e ajudemos, aprendamos a perdoar sempre, cultivemos o bem em nós, pois a expressão do nosso olhar fala do que nos vai na intimidade e nos alimenta a alma.


* * *


Cada um vê a paisagem que observa conforme a cor das lentes que tem sobre os olhos. Isto equivale a dizer que os tristes veem panoramas desoladores, enquanto os otimistas descobrem cores vibrantes e alegria em toda parte.


Somos responsáveis pela forma como utilizamos os nossos olhos, desde que eles são um dos talentos que Deus nos concede para instrumento de progresso.


Redação do Momento Espírita com base no cap. 71 do livroPalavras de vida eterna, pelo Espírito Emmanuel, psicografia De Francisco Cândido Xavier, ed. Feb e no verbete Visão do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia deDivaldo Pereira Franco, ed. Leal.


Disponível<http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2113&stat=3&palavras=teus%20olhos&tipo=t>



Teus olhos


Momento Espírita



Encontramos nas anotações do Evangelista Mateus, a observação de Jesus: Se teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.


Jesus, com certeza, não quis dizer que os olhos físicos teriam a possibilidade de transformar o corpo em um foco de claridade, mesmo porque o brilho não é qualidade do corpo físico.


O Mestre Se referia às questões espirituais.


Ver é a condição de observação e análise das coisas que nos cercam que, naturalmente, tem a ver com o nível de maturidade, de progresso em que cada um se encontra.


É assim que, para quem vê as coisas do ângulo imediatista, o delinquente juvenil ou adulto será sempre culpado, merecedor dos castigos da lei humana. Mesmo que o castigo chegue pelas mãos daqueles que se julgam prejudicados.


Para quem tem olhos bons, ou seja, que procura enxergar os fatos pelo lado positivo, o jovem ou o adulto em tal circunstância será sempre a alma que não teve orientação capaz de a libertar das más tendências.


Será o ser que, envenenado pela revolta que lhe causa a injustiça social, não consegue viver com nobreza.


Não que se pretenda aplaudir o erro, mas ver a criatura que erra como alguém carente de educação e amparo, orientação e trabalho, para que se possa renovar.


Para olhos comuns, a mulher que vende o próprio corpo em prazeres e sensações não passa de alguém com marcas da prostituição, merecendo o desprezo.


Para os que possuem bons olhos será a irmã atormentada que se deixa explorar por mentes perturbadas.


Sem pensar em aprovar as práticas erradas, que acabam por destruir os que nelas se envolvem, não podemos deixar de pensar nessas criaturas como carentes de atenção e respeito.


E, se não as pudermos atender com orientação segura, que possam ao menos merecer a suavidade das nossas orações.


Para os olhares comuns, os que se deixaram arrastar para as valas da dependência dos tóxicos são viciados que somente poderão ser detidos por grades em celas de prisão, impedindo que propaguem o mal.


Para os que tenham olhos bons, são os irmãos de jornada que não suportaram conflitos e desejaram fugir deles e de si mesmos, precipitando-se nos poços da dependência química.


Na verdade, o que eles aguardam é o apoio, o amparo para que possam sair dessa loucura, buscando caminhos de reequilíbrio. Esperam por mão amiga. Aguardam o tratamento da medicina, da psicologia e da religião, mesmo que não expressem tal desejo com sua própria voz.


Como vemos, existem olhos que condenam e existem os que auxiliam e cooperam.


Quando nos ajustarmos à seara do amor, do bem e da paz, com olhos de compreensão, mergulharemos na luz, demonstrando que alcançamos um novo estágio de progresso e nos encontramos em marcha para a evolução espiritual, para a conquista do brilho do corpo espiritual, que refletirá nossas virtudes.


* * *


Quando tomarmos conhecimento da ignorância que se encontra em toda parte, permitamos que a luz do entendimento possa espalhar instrução e amparo, a fim de que seja afugentada a sombra que enlouquece a Terra inteira, atormentando muitas almas.


Tão logo a criatura se decida por se deixar conduzir pelas leis do bem, a grande noite terrestre dará lugar às auroras sublimes, anunciadoras dos dias de paz.


Redação do Momento Espírita com base no cap. 20 do livroCintilação das estrelas, pelo Espírito Camilo, psicografia de J. Raul Teixeira, ed. Fráter e pensamentos finais do cap. 2 (Entre o bem e o mal), do livro Ante o vigor do Espiritismo, por Espíritos diversos, psicografia de J. Raul Teixeira, ed. Fráter.


Disponível<http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2564&stat=3&palavras=teus%20olhos&tipo=t>


terça-feira, maio 18, 2010



EU APRENDI

William Shaskeapeare



Eu aprendi que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo;

Eu aprendi que ser gentil é mais importante do que estar certo;

Eu aprendi que eu sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma;

Eu aprendi que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir juntos;

Eu aprendi que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender;

Eu aprendi que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão nas noites de verão quando eu era criança fizeram maravilhas para mim quando me tornei adulto;

Eu aprendi que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que Lhe pedimos;

Eu aprendi que dinheiro não compra "classe";

Eu aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;

Eu aprendi que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa que deseja ser apreciada, compreendida e amada;

Eu aprendi que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa ?

Eu aprendi que ignorar os fatos não os altera;

Eu aprendi que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;

Eu aprendi que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;

Eu aprendi que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa é me cercar de gente mais inteligente do que eu;

Eu aprendi que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;

Eu aprendi que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;

Eu aprendi que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

Eu aprendi que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.

Eu aprendi que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;

Eu aprendi que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las;

Eu aprendi que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;

Eu aprendi que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;

Eu aprendi que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;

Eu aprendi que só se deve dar conselho em duas ocasiões: quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte;

Eu aprendi que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.