sexta-feira, novembro 02, 2018

Eles Estão Vivos! (João 10:10) - Cezar Braga Said






Eles Estão Vivos! 
(João 10:10)


Cezar Braga Said


Ante a dor que a saudade traz apertando-nos o peito e levando-nos às lágrimas, recordemos, não com tristeza e pesar, mas com carinho e ternura, aqueles que partiram para a outra dimensão.


Relembremos os momentos felizes em que juntos rimos e abraçamo-nos conversando sobre assuntos sérios e coisas pueris.


Tributemos a eles o mérito que possuem, enaltecendo os feitos e conquistas, as lutas que travaram e as vitórias heroicas que tiveram.


Fiquemos com a melhor parte do que fizeram e com as marcas positivas que deixaram em nosso coração.


Eles estão vivos num outro plano e recebem pelo pensamento tudo quanto pensamos e falamos acerca deles.


Neste dia consagrado aos afetos que partiram, elevemos uma prece à Deus em memória deles, pedindo ao Criador que possam estar amparados e serenos, em harmonia e em paz, a fim de seguirem vivendo e progredindo no novo lar para onde se transladaram.


Não transformemos a saudade, fruto da ausência, em sofrimento apenas,mas em alavanca evolutiva para crescermos e amarmos, preparando-nos para um dia reencontrá-los na grande luz.


Confortemos os que não tenham a mesma fé nem a mesma crença que a nossa, mas respeitemos o modo como lidam e entendem o fenômeno da morte.


Morte não é uma jornada no escuro para um abismo sem fim, mas uma porta que se abre para novos e amplos horizontes, convidando-nos ao encontro com as nossas próprias obras em exame profundo de consciência.


Morte é vida e transformação, simplesmente porque por toda a parte nada se perde e nada se cria.


Que nos animemos com a certeza desse reencontro no país da imortalidade sem fim, uma das muitas moradas da casa do Pai a que se referiu o Mestre e amigo, Jesus.


Façamos da nossa vida uma coleção de boas ações direcionando aos que partiram a nossa gratidão pelo muito que nos deram e ensinaram.


E amanhã, quando um novo abraço neles nos seja possível, estaremos repletos de alegria, paz e contentamento.


Eles vivem!


A morte é uma vírgula, muitas vezes um ponto de exclamação, um travessão, uma reticência ou dois pontos, nunca, jamais, um ponto final.


Cezar Braga Said


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