Eles Estão Vivos!
(João 10:10)
Cezar Braga Said
Ante a dor que a saudade traz apertando-nos o peito e
levando-nos às lágrimas, recordemos, não com tristeza e pesar, mas com carinho
e ternura, aqueles que partiram para a outra dimensão.
Relembremos os momentos felizes em que juntos rimos e
abraçamo-nos conversando sobre assuntos sérios e coisas pueris.
Tributemos a eles o mérito que possuem, enaltecendo os
feitos e conquistas, as lutas que travaram e as vitórias heroicas que tiveram.
Fiquemos com a melhor parte do que fizeram e com as marcas
positivas que deixaram em nosso coração.
Eles estão vivos num outro plano e recebem pelo pensamento
tudo quanto pensamos e falamos acerca deles.
Neste dia consagrado aos afetos que partiram, elevemos uma
prece à Deus em memória deles, pedindo ao Criador que possam estar amparados e
serenos, em harmonia e em paz, a fim de seguirem vivendo e progredindo no novo
lar para onde se transladaram.
Não transformemos a saudade, fruto da ausência, em sofrimento
apenas,mas em alavanca evolutiva para crescermos e amarmos, preparando-nos para
um dia reencontrá-los na grande luz.
Confortemos os que não tenham a mesma fé nem a mesma crença
que a nossa, mas respeitemos o modo como lidam e entendem o fenômeno da morte.
Morte não é uma jornada no escuro para um abismo sem fim,
mas uma porta que se abre para novos e amplos horizontes, convidando-nos ao
encontro com as nossas próprias obras em exame profundo de consciência.
Morte é vida e transformação, simplesmente porque por toda a
parte nada se perde e nada se cria.
Que nos animemos com a certeza desse reencontro no país da
imortalidade sem fim, uma das muitas moradas da casa do Pai a que se referiu o
Mestre e amigo, Jesus.
Façamos da nossa vida uma coleção de boas ações direcionando
aos que partiram a nossa gratidão pelo muito que nos deram e ensinaram.
E amanhã, quando um novo abraço neles nos seja possível,
estaremos repletos de alegria, paz e contentamento.
Eles vivem!
A morte é uma vírgula, muitas vezes um ponto de exclamação,
um travessão, uma reticência ou dois pontos, nunca, jamais, um ponto final.
Cezar Braga Said
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