Minutos de Paz !

sábado, julho 31, 2021

75-O LUAR - Casimiro Cunha

 


75-O LUAR

Casimiro Cunha


Nas bênçãos de paz da noite, talvez a maior beleza seja o luar que se espalha na vida da Natureza o campo dorme em silêncio, e o luar na estrada em flor distribui com toda a planta o orvalho confortador.


Do céu alto manda brisas alegres e perfumadas beijar as folhas mais pobres, tristonhas e abandonadas.


Por todo o lugar desdobra sua luz aberta em palmas, afagando as esperanças do divino amor das almas.


Em toda parte onde exista o anseio de um coração, ensina o carinho amigo do alfabeto da afeição.


Desde os tempos mais remotos, o luar, pelas estradas, foi tido como padrinho das almas enamoradas.


Ao nosso ver, todavia, nas grandes lições do mundo, sua imagem representa simbolismo mais profundo.


Sua luz mantém na noite a mais nobre das disputas, não cedendo à treva espessa as posses absolutas.


Entre os homens deste mundo, o mal, o crime e o ateísmo tudo ensombram provocando a noite de um grande abismo.


Mas a esperança resiste e acende na noite imensa.


A luz clara e generosa do eterno luar da crença.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 75, p.76.

 

sexta-feira, julho 30, 2021

74-O LIXO - Casimiro Cunha

 


74-O LIXO


Casimiro Cunha


Cada dia, a residência que a higiene ensine e ajude, lança fora todo o lixo na defesa da saúde.


Grandes cestos, grandes latas, guardando detrito escuro, enchem grandes carroçadas que seguem para o monturo.


Contemplando o movimento, lembremos que a sujidade, muita vez foi qualquer coisa em plano de utilidade.


Roupa usada, vestes rotas, velhas peças carunchosas, em outros tempos já foram queridas e preciosas.


Ornatos apodrecidos, tristes relâmpagos sem lume, conheceram muitas vezes festa e luz, vida e perfume.


Resumem, contudo, agora, o lixo que não convém, escuro e pernicioso, contrário à saúde e ao bem.


Para ele, em todo o mundo, a casa nobre e educada reserva, cada manhã, a bênção da vassourada.


Se não tem função de esterco, junto à terra menos rica, vai ao fogo generoso, que renova e purifica.


Na esfera de ensinamento da verdade sempre igual, o lixo personifica a estranha expressão do mal.


Escuta! Se o bem de ontem hoje é mal e sofrimento, não deixes de procurar os cestos do esquecimento.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 74, p.75.

 

 

quinta-feira, julho 29, 2021

73-O INCÊNDIO - Casimiro Cunha

 


 

73-O INCÊNDIO

Casimiro Cunha


Elevam-se labaredas. . .


O fogo ameaçador foi centelha, mas agora é incêndio devorador.


Ninguém lhe conhece a origem obscura, nebulosa, ninguém sabe onde se oculta a mão rude e criminosa.


A fogueira continua buscando mais alto nível, aumentando de extensão quando ganha em combustível.


Estalam antigos móveis, prosseguem a destruição; em torno anseio infinito, amarga desolação.


Língua rubra, formidanda, varre agora a cumieira.


Toda a casa se esboroa. . .


Sob a ação dessa fogueira.


Desdobra-se o nobre esforço de amparar e socorrer, a bondade põe-se em campo, ciosa do seu dever.


Entretanto, embora o auxílio dos trabalhos de emergência, a nota predominante é o carvão da experiência.


Assim é o mal neste mundo: A princípio, sem que doa, envolve a perversidade em forma de coisa a toa.


Depois, é o braseiro extenso, o furor incendiário, que atinge distância enorme com a lenha do comentário.


Vigia-te a cada instante, atende, pensa, examina!


Todo incêndio começou na fagulha pequenina.


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 73, p.74.

 

quarta-feira, julho 28, 2021

72-O GRANDE RIO - Casimiro Cunha

 


72-O GRANDE RIO


Casimiro  Cunha


Em marcha laboriosa, no sulco amplo e sombrio, profundo e silencioso eis que passa o grande rio.


Ao seu seio dadivoso, afluem fontes da serra, ribeiros de níveis altos, detritos de toda terra.


O rio mais elevado desce os montes à procura de sua paz generosa na marcha calma e segura.


Por saber harmonizar-se nos bens do mais baixo nível, conserva toda a imponência da grandeza indefinível.


Faz caminhos gigantescos, cria povos eminentes, é ele quem leva ao mar as águas dos continentes.


É pai das economias de todo o humano labor, mas quase ninguém se lembra dessa dívida de amor.


Que importa, porém? O mundo é o homem que esquece e cai, sem ver a missão do bem, nas bênçãos do próprio Pai.


O grande rio conhece a luz desse imenso arcano sobre o nível mais humilde busca a força do oceano.


Assim também a alma grande, nas últimas posições, recebe as ânsias de paz de todos os corações.


Em dores silenciosas, é o grande rio que vai, dando o bem a todo o mundo, em busca do amor do Pai.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 72, p.73.


terça-feira, julho 27, 2021

71-O FIO - Casimiro Cunha

 


71-O FIO


Casimiro Cunha


Nos movimentos da agulha, nas tarefas do tear, o fio é muito importante na base de todo lar.


Pouca gente lhe observa os valores, vida em fora; na verdade, é companheiro nas lutas de cada hora.


Humilde, tênue, singelo, às vezes quase impalpável, para o pobre, para o rico, e matéria indispensável.


Existe em padrões diversos, no algodão, em seda, em lã, e entre as dádivas do mundo é sublime talismã.


É bênção do amor de Deus, que acompanha a criatura nos campos do mundo inteiro, desde o berço à sepultura.


Entretanto, é alguma coisa muito frágil, muito leve, cuja trama delicada nosso lápis não descreve.


Por ele, milhões de seres, no espírito do trabalho, encontram caminho e vida, luz e paz, força e agasalho.


Olha o fio pobre e simples!


Que lição útil e bela!...


É tesouro do caminho, mas parece bagatela.


Observando-o, recordo as glórias e fins supremos, do tempo que é luz divina, neste instante que vivemos.


O segundo é gota humilde, o século é vasto rio ...


Vive em Deus cada momento que o minuto é nosso fio.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 71, p.72.

segunda-feira, julho 26, 2021

70-O FAROLEIRO - Casimiro Cunha

 


 

70-O FAROLEIRO


Casimiro Cunha


Enquanto o leque da noite agrava a sombra e o perigo, a distância, eis que se acende o farol bondoso e amigo.


A luz define os caminhos, mostra o vulto dos rochedos, pode o barco prosseguir, a treva não tem segredos.


Tudo é noite sobre o abismo, mas na torre existe alguém, atento em manter a luz, disposto a fazer o bem.


É o faroleiro. Em silêncio clareia a amplidão do mar, determina o rumo certo e atende sem perguntar.


Navios maravilhosos, em prodígios de conforto, recebem-lhe o benefício e seguem, de porto a porto.


Passam barcos de descanso, jangadas laboriosas. . .


O farol ajuda sempre sem perguntas ociosas.


Todos devem ao farol, do comando ao marinheiro, mas quase ninguém conhece as dores do faroleiro.


Por servir e auxiliar, aceita uma condição: A vida de insulamento muita vez em privação.


Se ouvirmos as grandes vozes da verdade soberana, na terra acontece o mesmo nos mares da luta humana.


Quem possa trazer mais luz vive em campo solitário, tal qual o Mestre Amoroso da torre em cruz do Calvário.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha.Cartilha da natureza.São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 70, p.71.

 

 

domingo, julho 25, 2021

69-O ESTERCO - Casimiro Cunha

 



69-O ESTERCO

Casimiro Cunha


O esterco que espalha o bem, vive em luta meritória; se é pobre, tem seu proveito, seu caminho, sua história.


Quase sempre, chega aos montes dos redis e dos currais, escuros remanescentes da esfera dos animais.


De outras vezes, vem das zonas de imundície e esquecimento, onde a vida se transforma em triste apodrecimento.


Em outras ocasiões, é detrito das estradas, lixo estranho e nauseabundo das taperas desprezadas.


É a decadência das coisas, no resumo do imprestável, fase rude e dolorosa da matéria transformável.


Em síntese, todo esterco é derrocada ou monturo, que das sombras do passado lança forças ao futuro.


Analisando esse quadro, veremos que a podridão vai ser cor, perfume, fruto, doçura e renovação.


Notemos, porém, que a flor vibra ao alto, linda e santa, enquanto o adubo não passa do solo, dos pés da planta.


Na vida também é assim: O erro, a miséria, o mal podem ser algumas vezes, esterco espiritual.


Todavia, é necessário que das lutas, através, aproveitemos o adubo, esmagando-o sob os pés.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha.Cartilha da natureza.São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 69, p.70.

 

 

sábado, julho 24, 2021

68-O DIAMANTE - Casimiro Cunha

 


68-O DIAMANTE


Casimiro Cunha


No serro desamparado que chama ao suor e à luta, o diamante luminoso descansa na pedra bruta.


Por conquistá-lo é preciso vencer enorme aspereza, eliminando os percalços que surgem da Natureza.


Sobretudo, é imprescindível estudar todo o cascalho, sem desprezar-lhe a dureza no espírito do trabalho.


Longo esforço, longa espera, serviço e compreensão, tudo isso  é indispensável ao bem da lapidação.


Ao preço de luta ingente, a pedra sonha e rebrilha.


É a divina descoberta da gota de maravilha.


Pouca gente lembrará que a joia de perfeição constitui a experiência dos

átomos de carvão.

A princípio, não passava de míseros fragmentos de carbono desprezível na força dos elementos.


Nas grandes transformações, viveu obscura e ao léu, mas, agora, é flor de luz, refletindo a luz do céu.

Quem não vê na joia rara, sublimada e soberana, a história maravilhosa dos caminhos da alma humana?


Nos serros da Humanidade que a ignorância domina, cada ser guarda o diamante da Consciência Divina.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 68, p.69.

 

 

sexta-feira, julho 23, 2021

67-O DIA - Casimiro Cunha

 


67-O DIA


Casimiro Cunha


O dia é o bom companheiro que, enquanto a sombra se esvai, cada manhã, abre as portas das bênçãos de Nosso Pai...


Haja guerras entre os homens de sentimentos mesquinhos, o dia chega espalhando luz e vida nos caminhos.


Começa o rumor amigo da enxada, dos bois, do malho: É a casa de Deus vibrando em cânticos de trabalho.


Generoso, claro e alegre vem do céu e atento a isso, fornece a todos os ensejo do espírito de serviço.


Que vale um dia? Interroga quem não sabe ter vontade; mas, cada dia é caminho na esfera da eternidade.


Quem não saiba aproveita-lo, entregue à preguiça vã, cria espinhos escabrosos para a estrada de amanhã.


O dia é o mestre do esforço, que, com carinho e com arte, atende bondoso a tudo, trabalhando em toda a parte.


Feliz quem lhe segue a rota desde a luz do amanhecer, fazendo quanto possível nos quadros do seu dever.


Ai da preguiça que dorme, que se esconde de mansinho!


Deixemo-la sepultada nas penumbras do caminho.


Se queres felicidade em paz e sabedoria, evita as indecisões, trabalha, seguindo o dia!

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 67, p.68.

 

quinta-feira, julho 22, 2021

22 DE JULHO/ DIA DE MARIA DE MAGDALA


 
22 de julho, dia de Maria de Magdala, mentora espiritual de Palmelo e do Centro Espírita Luz da Verdade.

Nossa gratidão a essa Benfeitora Espiritual, que com sua vontade, fé e resignação seguiu pelos caminhos de Jesus, nos legando com seu exemplo e amor, um rastro de luzes e de amor ao próximo.

Que receba as nossa flores espirituais!


66-O DESPERTADOR - Casimiro Cunha

 


66-O DESPERTADOR


Casimiro Cunha


O relógio é o grande amigo na vida da criatura; acompanha-lhe a viagem desde o berço à sepultura.


Metódico, dedicado, movimentando os ponteiros, marca os risos infantis e os gemidos derradeiros.


Revela oportunidades, mostra a bênção do minuto, indica tempo à semente, como indica tempo ao fruto.


Mas de todos os relógios que atendem cheios de amor é justo salientar o amigo despertador.


Quando alguém dorme ao cansaço, ele vibra, ajuda e vela, ritmando o tique-taque, tem coisas de sentinela.


Na hora esperada e justa, pontual, invariável, chama à luta o companheiro em bulha desagradável.


O seu barulho interrompe o repouso desejado, acorda-se quase à força, levanta-se estremunhado.


Mas, somente ao seu apelo, há lembrança dos serviços, buscando-se incontinenti a zona dos compromissos.


Assim, na vida comum, nas lutas de redenção, todo o tempo é precioso em qualquer situação.


Mas o tempo que nos fere, em provas, serviço e dor, é o melhor de todos eles, é o nosso despertador.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 66 p.67.

 

quarta-feira, julho 21, 2021

65-O CUPIM - Casimiro Cunha

 

 


65-O CUPIM

Casimiro Cunha


Causa pena olhar o campo quando pobre de verdura, sofre a terra a intromissão do cupim que a desfigura.


Debalde a vegetação se estende em ramaria, o solo não apresenta a mesma fisionomia.


O cupim obstinado multiplica-se em rebentos, parece que o chão se cobre de tumores pustulentos.


Em vão, a chuva convida às forças de produção, debalde o Sol traz a luz de paz e renovação.


Não faltam bênçãos do Céu que atendam aos dons da vida, mas a terra permanece desolada e ressequida.


O cupim vai provocando estrago, calamidade, e o campo mostra ruínas, miséria, esterilidade.


Às vezes são necessários muito esforço, muitas dores, por expulsar a família dos insetos invasores.


Sem trabalhos decididos por parte da agricultura, o cupim transforma a terra numa extensa sepultura.


Lembremos, vendo esse quadro da esfera dos lavradores, as almas avassaladas de ideias inferiores.


Sê forte em qualquer trabalho, cada luta é uma lição.


Tristezas e desalentos são cupins no coração.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha.Cartilha da natureza.São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 65, p.66.

 

 

terça-feira, julho 20, 2021

64- O CIPÓ - Casimiro Cunha

 

 


64- O CIPÓ

Casimiro Cunha


Sobre a árvore frondosa que mostra calma infinita, abraçada ao tronco forte lá se vai o parasita.


Não atinge o cerne, a seiva, mas buscando a copa, as flores, enrodilha-se, teimoso, nas cascas exteriores.


Agarrado tenazmente, vai subindo vagaroso, alcançando o cume verde do arbusto generoso.


Aboletados nos cimos do castelo de verdura, o cipó audacioso aparenta grande altura.


Deita flores opulentas de expressão parasitária, avassalando a nobreza da árvore centenária.


Recebe os beijos do sol, embala-se na ternura da carícia perfumosa, da brisa mais alta e pura.


Mas, vem o dia em que o Pai, na lei de renovação, chama o tronco nobre e velho as bênçãos da mutação.


É aí que o cipó vaidoso demonstra o que não parece, voltando ao pó do chão duro, para as zonas que merece.


Quanta gente brilha ao alto, e, no fundo, inspira dó?


Há milhões de criaturas vivendo como o cipó.


Jamais olvides a lei de trabalho e obrigação, não queira mostrar-te ao alto à custa do teu irmão.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza.São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 64, p.65.

 

 

domingo, julho 18, 2021

62 - O CARRO - Casimiro Cunha

 

 


62 - O CARRO

Casimiro Cunha


Nos problemas de viagem por vencer qualquer distância, todo carro requisita esforços de vigilância.


Antes de tudo, atendendo as lições da Natureza, não se pode prescindir dos detalhes da limpeza.


O carro é prestigioso, mas, no longo das estradas, pede amparo da prudência, nos serviços, nas paradas.


Aqui, reclama remendo, mais além um parafuso, todo o zelo é necessário preservando-se do abuso.


De quando em quando, é preciso exame calmo e acurado, cada peça solicita carinho, atenção, cuidado.


Ferramentas, graxa e óleo requisitam provisões; somente o bem da reserva remedeia inquietações.


Sem isto, qualquer jornada vale por louca aventura, que termina comumente no desastre da loucura.


O carro mais reforçado, à desídia do cocheiro, abandona o rumo certo, resvala ao despenhadeiro.


No mundo assim também é: O homem, na humanidade, é o viajor desmandando as luzes da eternidade.


A experiência é a viagem, o carro é teu organismo: Quem descuide o próprio corpo precipita-se no abismo.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza.São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 62, p.63.

 

sábado, julho 17, 2021

61- O CAMPO E O JARDIM - Casimiro Cunha

 




61- O CAMPO E O JARDIM

Casimiro Cunha


Nas lutas de cada dia, nas estradas da existência, lembra que o campo e o jardim são pontos de referência.


Um é a esfera de trabalho que fica estranha ao teu lar, o outro é a intimidade da vida particular.


No primeiro é a mão de Deus que decide com grandeza, na harmonia inescrutável das forças da Natureza.


No segundo é a criatura, que, usando elementos seus, ganha a vida, usufruindo os opimos bens de Deus.


O  campo eterno, infinito, vai de um mundo a outros mundos, é a vibração do universo, em seus problemas profundos.


O jardim é a casa amiga, pobre ou rica, sempre boa, é a bela oportunidade da luta que aperfeiçoa.


As penas, as amarguras, de um lar de trabalho e dor, são trilhas que dão acesso ao bem santificador.


Quem não zele seu jardim, com sacrifício e bondade, mui longe está de atender no campo da humanidade.


Entretanto, vemos homens, herdeiros dos fariseus, que já pretendem ser anjos, sem serem bons para os seus.


Se queres segar o campo da luz e do amor sem fim, não descuides um minuto, das coisas do teu jardim.

 

XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 61, p.62.