Minutos de Paz !
segunda-feira, novembro 30, 2009
Eu voltarei - Momento Espírita
Caminhos do Coração
Joanna de Ângelis
Multiplicam-se os caminhos do processo evolutivo, especialmente durante a marcha que se faz no invólucro carnal.
Há caminhos atapetados de facilidades, que conduzem a profundos abismos do sentimento.
Apresentam-se caminhos ásperos, coalhadas de pedrouços que ferem, na forma de vícios e derrocadas morais escravizadores.
Abrem-se, atraentes, caminhos de vaidade, levando a situações vexatórias, cujo recuo se torna difícil.
Repontam caminhos de angústia, marcados por desencantos e aflições desnecessárias, que se percorrem com loucura irrefreável.
Desdobram-se caminhos de volúpias culturais, que intoxicam a alma de soberba, exilando-a para as regiões da indiferença pelas dores alheias.
Aparecem caminhos de irresponsabilidade, repletos de soluções fáceis para os problemas gerados ao longo do tempo.
Caminhos e caminhantes!
Existem caminhos de boa aparência, que disfarçam dificuldades de acesso e encobrem feridas graves no percurso.
Caminhos curtos e longos, retos e curvos, de ascensão e descida, estão por toda parte, especialmente no campo moral, aguardando ser escolhidos.
Todos eles conduzem a algum lugar, ou se interrompem, ou não levam a parte alguma...
São, apenas, caminhos: começados, interrompidos, concluídos...
Tens o direito de escolher o teu caminho, aquele que deves seguir.
Ao fazê-lo, repassa pela mente os objetivos que persegues, os recursos que se encontram à tua disposição íntima assinalando o estado evolutivo, a fim de teres condição de seguir.
Se possível, opta pelos caminhos do coração. Eles, certamente, levarão os teus anseios e a tua vida ao ponto de luz que brilha à frente esperando por ti.
O homem estremunha-se entre os condicionamentos do medo, da ambição, da prepotência e da segurança que raramente discerne com correção.
O medo domina-lhe as paisagens íntimas, impedindo-lhe o crescimento, o avanço, retendo-o em situação lamentável, embora todas as possibilidades que lhe sorriem esperança.
A ambição alucina-o, impulsionando-o para assumir compromissos perturbadores que o intoxicam de vapores venenosos, decorrentes da exagerada ganância.
A prepotência anestesia-lhe os sentimentos, enquanto lhe exacerba as paixões inferiores, tornando-o infeliz, na desenfreada situação a que se entrega.
A liberdade a que aspira, propõe-lhe licenças que se permite sem respeito aos direitos alheios nem observância dos deveres para com o próximo e a vida; destruindo qualquer possibilidade de segurança, que, aliás, é sempre relativa enquanto se transita na este física.
Os caminhos do coração se encontram, porém, enriquecidos da coragem, que se vitaliza com a esperança do bem, da humildade, que reconhece a própria fragilidade, e satisfaz-se com os dons do espírito - ao invés do tresvariado desejo de amealhar coisas de secundário importância - os serviços enobrecedores e a paz, que são a verdadeira segurança em relação às metas a conquistar.
Os caminhos do coração encontram-se iluminados pelo conhecimento da razão, que lhes clareia o leito, facilitando o percurso.
Jesus escolheu os caminhos do coração para acercar-se das criaturas e chamá-las ao reino dos Céus.
Francisco de Assis seguiu-Lhe o exemplo e tornou-se o herói da humildade. Vicente de Paulo optou pelos mesmos e fez-se o campeão da caridade.
Gandhi redescobriu-os e comoveu o mundo, revelando-se como o apóstolo da não-violência.
Incontáveis criaturas, nos mais diversos períodos da humanidade e mesmo hoje, identificaram esses caminhos do coração e avançam com alegria na direção da plenitude espiritual.
Diante dos variados caminhos que se desdobram convidativos, escolhe os caminhos do coração, qual ovelha mansa, e deixa que o Bom Pastor te conduza ao aprisco pelo qual anelas.
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.Salvador, BA: LEAL, 1990.
Uma premissa básica
Momento Espírita
Os eventos do mundo muitas vezes surgem estarrecedores e inexplicáveis.
São espetáculos de crueldade ou injustiça que desafiam a sensibilidade e o raciocínio.
Perante eles, a criatura humana encontra dificuldade para se posicionar.
Às vezes ela se deixa dominar pela emotividade e tomba em sofrimentos desnecessários.
Acredita que amar ao próximo é agradá-lo e realizar suas fantasias.
Ou então toma para si as dores do semelhante, de forma enfermiça.
Não consegue perceber a razão ou a finalidade de certos eventos dolorosos que atingem os que ama e se desespera.
Com isso, fica sem condições de auxiliar.
Em outro contexto, são os equívocos do próximo que despertam ira.
Falta a compreensão de que os perversos do mundo são enfermos da alma.
Surgem odiosos nos caminhos alheios, por vezes com aparência triunfante.
Entretanto, o mal é sempre lamentável, qualquer que seja a forma pela qual se apresente.
Ninguém escapa da soberana Justiça Divina, sempre perfeita.
Nesse contexto, é mais lamentável quem semeia dores do que quem as sofre.
O sofredor atual está em processo de reajuste perante as Leis Cósmicas, desde que se mantenha digno.
Já o algoz está cavando um triste e sombrio abismo para nele entrar.
A fim de viver de forma equilibrada e pacífica em um mundo ainda tumultuado, importa ter lucidez.
Quem só percebe as aparências, corre o risco de se desesperar ou se tornar um rebelde.
Uma premissa básica a ser considerada na apreciação de qualquer evento é a Lei de Progresso.
Constitui desígnio Divino que todos os Espíritos atinjam o ápice da perfeição.
Entretanto, eles ocupam diversos graus na hierarquia evolutiva e têm as experiências de que necessitam.
Alguns, mais infantilizados ou rebeldes, ainda fazem o mal.
Outros, não muito mais evoluídos, reclamam de qualquer problema e suportam com dificuldade as lutas da vida.
Há os mais adiantados, que enfrentam corajosamente suas provas e quitam os débitos que acumularam em existências pretéritas.
Finalmente, há os realmente evoluídos, que só do bem se ocupam e dão exemplos para os que seguem na retaguarda.
Assim, não há injustiça real no mundo.
Tudo é transitório, fora o bem que se instala no íntimo da criatura.
A maldade é uma loucura muito efêmera, a ser resgatada no futuro.
A dor depura e prepara para vivências mais nobres e também dura bem pouco.
Para apressar a felicidade, impõe-se um ajustamento do próprio ser aos soberanos códigos da vida.
Instruir-se e amar, a fim de auxiliar o progresso, que é uma Lei incontornável.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2439&stat=0>
A primavera dos sentimentos
Momento Espírita
A primavera é uma estação que costuma alegrar e inspirar grande número de pessoas. Poucos lhe são indiferentes.
É lembrada como a estação das flores, pois essas costumam ser exuberantes nessa época, alegrando nossos olhos com um espetáculo de cores.
O ar se enche do aroma das flores e nos provoca sensações de bem estar, não raro nos trazendo boas lembranças de outras primaveras, pois o sentido do olfato tem uma forte ligação com a memória.
Os pássaros iniciam a época de seu acasalamento e, a cantar, convidam um parceiro para dar continuidade à sua espécie, perpetuando a vida.
No ar o pólen das flores busca espécimes similares para que o espetáculo visual tenha continuidade.
Sem dúvida é uma estação na qual há uma verdadeira explosão de vida na natureza!
E nós, seres humanos nos contagiamos com tal exuberância. As novas temperaturas convidam a sair, ao contrário do frequente ensimesmamento do inverno.
Cuidamos de nossos jardins, podamos nossas árvores para que seus brotos sejam mais fortes e esperamos.
Mas, não raro, passadas as primeiras semanas, as cores da natureza já não chamam mais nossa atenção pois deixam de constituir novidade.
Voltamos à rotina. É necessário que um novo inverno nos faça desejar novamente a primavera.
Assim também nos comportamos em nossas relações afetivas. Quando conhecemos alguém que desperte em nós o amor, sentimos, inicialmente, uma imensa alegria, e passamos a nos comportar de maneira diferente.
Tal qual na primavera, nossos sentimentos parecem flores a se abrir. Nossas atitudes em relação à pessoa amada são delicadas.
Nossa voz possui um tom de ternura tal qual o canto de um pássaro.
Quando amamos emitimos pensamentos que modificam nossa fisionomia, estampando em nossa face um sorriso constante. Da mesma forma que o perfume das flores nos atrai, os pensamentos nobres atraem pessoas à nossa volta.
Ao emitirmos bons pensamentos modificamos a energia que nos rodeia, a energia na qual nosso corpo está imerso.
Não é à toa que a Ciência tem demonstrado que quem ama mantém a saúde, atrasa o envelhecimento de suas células, e vive mais.
No entanto, frequentemente, deixamos o tempo transformar o sentimento em algo rotineiro, esquecemo-nos de adubá-lo e de regá-lo, pois já não nos é mais uma novidade.
Permitimos o calor das discussões e, depois delas, o esfriamento da distância e da desatenção.
Então, tal qual em relação às estações, aguardamos por uma nova primavera embora não nos esforcemos por ela, esquecidos de que somos plenamente responsáveis por nossos sentimentos.
O amor verdadeiro é sólido, dá abrigo e segurança qual frondosa árvore sob a qual nos abrigamos. As intempéries não mais a vergam.
Mas essa árvore foi um dia uma semente que germinou em solo fértil, que foi regada pelas chuvas, que se enraizou progressivamente até se tornar sólida e bela.
Lembremos sempre que o amor não prescinde de cuidados, de pequenas atenções, de carinho, pois se amamos mas não exteriorizamos este sentimento, de forma equilibrada e constante, algum dia ele poderá ser esquecido.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita.
Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2438&stat=0>
domingo, novembro 29, 2009
Buscai e achareis
Momento Espírita
Há uma passagem no Evangelho na qual Jesus afirma: Buscai e achareis.
É interessante notar que a atividade consistente em buscar pressupõe um certo esforço.
Quem procura alguma coisa movimenta os recursos de que dispõe para encontrá-la.
A promessa do Cristo é que quem procura acha.
Assim, resta a cada um analisar qual é a sua busca pessoal.
A liberdade rege o Universo e cada alma decide o caminho que deseja trilhar.
Caso a criatura se encante pelas ilusões mundanas, terminará por vivê-las, em alguma medida.
O resultado varia conforme os meios de que estiver disposta a lançar mão e o esforço que despender.
Tudo tem um custo na vida, inclusive a preguiça e a inércia.
Quem opta pelo comodismo arca com o elevado preço das oportunidades desperdiçadas.
Considerando a efemeridade da vida humana, convém refletir bem a respeito do que se elege por meta.
O que realmente compensa buscar com afinco?
Alguns gastam suas energias para enriquecer.
Contudo, as incertezas do mundo dos negócios por vezes causam dolorosas surpresas.
Ainda que um homem logre enriquecer, ele não poderá levar a própria fortuna ao morrer.
Fatalmente deixará seus haveres para trás, ao retornar para a pátria espiritual.
Assim, conquanto nobres e necessárias, as atividades econômicas não constituem a razão do existir.
A vida é triunfante e jamais se acaba, mas a experiência do corpo físico não dura mais do que algumas décadas.
Justamente por isso, tudo o que se liga à matéria constitui apenas instrumento para realizações maiores.
Não é sensato confundir os meios com os fins, sob pena de preparar amargas surpresas para si próprio.
Constitui desatino comprometer a própria dignidade em troca de gozos fugazes.
Os valores e os êxitos mundanos ficam no caminho.
Entretanto, a consciência o Espírito leva consigo aonde quer que vá.
Na carne ou fora dela, não pode se livrar de si próprio.
Ciente disso, reflita sobre suas opções.
O que você incessantemente busca, com quais objetivos gasta suas energias?
Dentro de cem anos, suas metas atuais terão alguma relevância?
Sem olvidar suas responsabilidades humanas, não seria mais sensato cuidar de seus interesses imortais?
Você achará o que procurar, assevera o Evangelho.
Pode ser que o salário de suas buscas sejam roupas caras, passeios e gozos os mais diversos.
Nessa hipótese retornará ao plano espiritual na condição de um mendigo.
Mas pode optar por ser alguém generoso e de hábitos puros, um autêntico alento para seus irmãos de jornada.
Se resolver buscar com afinco sua libertação de vícios e mediocridades, fatalmente atingirá essa meta.
O resultado será uma dignidade espiritual que o acompanhará para sempre.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2436&stat=0>
Fortaleza
Momento Espírita
Foi no tempo em que a Águia romana dominava o mundo. Nas praias do Adriático viviam miseravelmente alguns barqueiros.
Eram homens rudes, assim transformados pela miséria em que viviam e o trabalho árduo que desempenhavam.
Certo dia, um homem se aproximou deles e lhes pediu um barco. Desejava atravessar o mar. Solicitou que preparassem víveres, prometendo bem recompensá-los.
Os barqueiros, conhecedores das manhas do mar, lhe disseram que impossível seria a travessia naquela tarde/noite, pois grande tempestade se aproximava.
O desconhecido tinha pressa. Insistiu. Afinal, ordenou. O som da sua voz atemorizou os homens que, intimidados, embarcaram, iniciando a longa travessia.
Caiu a noite. O vento começou a soprar e logo um grande temporal os envolveu.
Em meio às altas e revoltas ondas, a embarcação não parecia nada além de uma casquinha de noz.
Os barqueiros se mostravam atemorizados, insistindo nos remos, lutando contra as enormes vagas que ameaçavam a fragilidade do barco.
O desconhecido permanecia impassível, rente ao leme, envolto em seu manto, como se nada estivesse acontecendo.
Percebendo que o pavor se apoderava da tripulação, voltou-se para ela e falou com energia:
Estão com medo? Nada temam. César está a bordo!
Foi uma surpresa para todos. Conduziam Júlio César, o famoso conquistador.
Sentiram-se revigorados. A esperança lhes renasceu e com músculos de ferro passaram a remar intensamente.
Viviam longe das honrarias palacianas, mas sabiam que aquele imperador, em mais de uma ocasião, salvara centenas de soldados de situações perigosas.
Encorajaram-se e agiram. Verdade é que o perigo era o mesmo. Exteriormente, nada mudara. Os ventos continuavam a sibilar, agressivos, as ondas lambiam-lhes os corpos rijos, a embarcação ainda estava em perigo.
Mas saber que o poderoso romano estava com eles, que suas vidas estavam interligadas, fez-lhes renascer o alento.
Mais tarde, o vento cedeu, o mar acalmou-se e à noite terrível, sucedeu o dia.
* * *
Assim deveria ser nossa confiança em Deus. Ainda que tudo parecesse perdido, irremediável, permanecer com a certeza de que Ele segue conosco.
Não desanimar nunca. Não desertar da luta, recordando da admirável frase do Apóstolo Paulo de Tarso: Tudo posso naquele que me fortalece.
* * *
Mais de uma vez, a simples presença de um homem incentivou outros tantos a prosseguir na batalha.
Durante a guerra civil americana, o Presidente Lincoln visitou os soldados, nos campos, com o objetivo de lhes levar novo ânimo, porque as tropas estavam com a moral muito baixa e já lutavam sem vigor.
Se a presença de um homem, de um líder, de alguém amado tem a capacidade de operar tais prodígios, que não podemos aguardar da presença de Deus que se faz, em nós, todos os dias?
Redação do Momento Espírita com base no cap. César e o barqueiro, do livro Lendas do céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Melhoramentos.
Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2437&stat=0>
Piedade
Momento Espírita
A piedade é a virtude que mais nos aproxima dos anjos.
Mas como entendê-la em profundidade e como colocá-la em prática?
Segundo o conhecimento superficial que se tem sobre ela, a piedade, ou a compaixão, significa sofrer com alguém, ou algo.
E como naturalmente fugimos do sofrimento, a piedade pode nos parecer incômoda muitas vezes.
Somemos isso à indiferença ainda reinante nos corações humanos, quanto ao que se passa com o outro, e teremos o homem distante da piedade.
Porém, ao compreender melhor essa virtude, veremos que nos é extremamente benéfica, e não significa que com ela traremos mais dor para nossos dias.
Compartilhar o sofrimento do outro não é aprová-lo, nem compartilhar suas razões, boas ou más, para sofrer.
É recusar-se a considerar um sofrimento, qualquer que seja, como um fato indiferente e um ser vivo, qualquer que seja, como coisa.
A compaixão ou piedade é o contrário da crueldade, que se regozija com o sofrimento do outro, e do egoísmo, que não se preocupa com ele.
É uma atitude mental baseada no desejo de que os outros se livrem do seu sofrimento. Está associada a uma sensação de compromisso, responsabilidade para com o outro.
A verdadeira compaixão tem por base o raciocínio de que todo ser humano tem o desejo inato de ser feliz e de superar o sofrimento, exatamente como nós.
E exatamente como nós, ele tem o direito de realizar essa aspiração fundamental.
No processo de conquista dessa virtude vamos encontrar a prática da empatia, que é o instrumento fundamental para se chegar à piedade.
A empatia é a condição psicológica que permite a uma pessoa sentir o que sentiria caso estivesse na situação e circunstância experimentada por outra pessoa.
Essa técnica envolve a capacidade de suspender, provisoriamente, a insistência no próprio ponto de vista mas, também, encarar a situação a partir da perspectiva do outro.
Ela é benéfica em todas as situações da vida e, em especial, no desenvolvimento da piedade.
Tendo em mãos tal habilidade, poderemos nos deixar envolver pelo sofrimento alheio.
E como tal virtude é filha do amor, e na companhia dele sempre estaremos, esse sofrer junto não será desagradável para o compadecido.
Nesse instante estaremos operando como mensageiros de Deus, consolando aflições e praticando a caridade em uma de suas belíssimas formas.
* * *
Deixai que o vosso coração se enterneça ante o espetáculo das misérias e dos sofrimentos dos vossos semelhantes.
Vossas lágrimas são um bálsamo que lhes derramais nas feridas e, quando, por bondosa simpatia, chegais a lhes proporcionar a esperança e a resignação, que encanto não experimentais!
A piedade bem sentida é amor.
Amor é devotamento. Devotamento é o olvido de si mesmo e esse olvido, essa abnegação em favor dos desgraçados, é a virtude por excelência, a que em toda a sua vida praticou o Divino Messias e ensinou na Sua doutrina tão santa e tão sublime.
Redação do Momento Espírita com base no cap. A compaixão, do livro Pequeno tratado das grandes virtudes, de André Comte Spoville, ed. Martins Fontes e no item 17, do cap. XIII, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.
Disponível em <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2434&stat=0>
sábado, novembro 28, 2009
HOJE É O DIA
Emmanuel
Ainda que te encontres inteiramente penhorado à Justiça, à face dos débitos em que te resvalaste até ontem, lembra-te de que o Amor Infinito do Pai Celestial te concede a bênção do “hoje” para que possas solver e renovar.
O penitenciário na grade que o exclui do convívio doméstico pode, por seu comportamento, gerar a compaixão e a simpatia daqueles que o observam, caminhando com mais segurança no retorno à própria libertação.
O enfermo algemado ao catre do infortúnio, pelo respeito com que recebe os Desígnios Divinos, pode amealhar preciosos valores em auxílio à cooperação, em favor da própria tranquilidade.
E ambos, o prisioneiro e o doente, no esforço de reconquistar-se, pela nobreza com que recolhem as dores das próprias culpas, estendem a outras almas os benefícios que já entesouraram.
Recorda que o dia de melhorar é este mesmo em que nos achamos, uns à frente dos outros, respirando o mesmo clima de regeneração e de luta.
Nem ontem, nem amanhã, mas agora...
Agora, é o momento de levantar os caídos e os tristes, e de amparar os que padecem o frio da adversidade e a tortura da expiação...
Agora, é o instante de revelar paciência com os que se tresmalharam no erro, de cultivar humildade à frente do orgulho e devotamento fraternal diante da insensatez...
Ainda que tudo te pareça na atualidade terrestre sombra e derrota, cadeia e desalento, ergue a Deus o teu coração em forma de prece e roga-lhe forças para fazer Luz e confiança onde a treva e o desespero dominam, porque, se ontem foi o tempo de nossa morte na queda, hoje é o dia de nossa abençoada ressurreição.
Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel.Mensagem extraída do livro A Verdade Responde, editora IDEAL.
JORNADAS DO TEMPO
Maria Dolores
Vejo-lhes, muita vez, os grupos rumorosos...
Rogam socorro a Deus, em suplício profundo.
Querem renascimento, a fim de se esquecerem
Da culpa que os mantém presos ao chão do mundo.
Espíritos no Além que passaram na Terra,
Estendendo a ambição e o domínio sem peias,
Recolhem, de retorno, as obras que fizeram,
Plantando espinheirais nas estradas alheias.
Suplicam renascer, em extrema penúria,
Pedem expiação que os corrija e reprima,
Rogam corpos em chaga, ostracismo e abandono
Com a perda integral de toda a humana estima.
Imploram regressar em condições amargas,
Anelam revelar na luta que lhes doa
A nova compreensão de quem se emenda e sofre,
Bendizendo o infortúnio em que se aperfeiçoa...
O Senhor lhes concede a bênção suplicada
E ressurgem na Terra, entre almas sofridas,
Devem buscar na paz, no amor e na humildade
A força de apagar os erros de outras vidas...
Conquanto as exceções, no entanto, novamente,
Crescendo para o mundo em sombras de ilusão,
Ei-los a repetir equívocos de outrora,
Rebeldia, vaidade, orgulho, ostentação...
Não escutam a fé que lhes pede trabalho
Na obediência à luz que lhes vem da rotina,
E a vasta multidão se transvia em protestos,
Complica-se a gritar, padece, desatina...
Atentos ao passado a que se voltam,
Tentam fugir de Deus que os ampara e os escolta.
Pobres seres que varam vida e tempo
Entre o frio da treva e o fogo da revolta!...
Alma querida, escuta!...
Se na Terra
A provação é sombra que te alcança,
Não temas...
É o pretérito de volta...
O presente aflitivo é a nossa própria herança...
Sofre sem reclamar, serve, prossegue...
Além da própria angústia, alma sincera,
Encontrarás, chorando de alegria,
A luz da vida nova que te espera...
Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Maria Dolores.Mensagem extraída do livro Vida em Vida, editora IDEAL.
A RESPOSTA
Meimei
Desolada mulher desprendeu-se da Terra e achou-se à frente de Jesus, suplicando:
– Senhor, compadece-te de mim! O mundo me atormenta e a vida fez-me escrava... Tenho um filho que incessantemente me fere o coração...Esperei-o com os melhores sonhos, embalei-o nos braços... Entretanto, encontro nele o meu suplício. Por que isso, Amado Amigo? Por que tanto sofrimento em troca de tamanha abnegação?
O Eterno Benfeitor acariciou-lhe a cabeça dolorida e explicou:
– Filha, só o amor pode educar os filhos de Deus. Que seria do tronco se a terra não o suportasse ou do ninho sem que a ramada lhe resguardasse a esperança?
– Mas, Senhor, e comigo?!... Quem teria colocado em meus braços semelhante martírio? Quem talvez, por engano, terá situado em meu peito esse filho difícil e indiferente, acreditando que o meu amor de mulher ignorante e frágil conseguisse educá-lo?
Foi então, com grande surpresa, que a pobre mãe escutou de Jesus estas simples palavras:
– Minha filha, fui eu.
XAVIER, F.C. Pelo Espírito Meimei.Do livro Amizade ,Editora Ideal.
QUANDO EM PRECE
Emmanuel
Diante do Senhor, a quem endereçamos a nossa rogativa, comumente esquecemos os nossos próprios débitos.
Laços inferiores que ainda nos escravizam e faltas clamorosas de nossa irreflexão, jazem por nós ocultos em largo esquecimento, porquanto, para nós, somente a necessidade que nos fere ou atormenta, é assunto especial para a nossa oração.
E a Bondade Divina, transbordante de amor, não nos cobra tributos de aflição ou pesar para atender-nos, célere.
Com a força do silêncio e a bênção do perdão, erguemo-nos para a luz.
Assim também, desculpa, ampla e infinitamente, quantos te laceraram aspirações e sonhos e auxilia quanto possas aos que desajudaram teu caminho ainda em sombra...
Não dirijas ao Céu a súplica da fé, mantendo o rancor no cálice do espírito, porque, a Luz do Senhor em te buscando a prece, encontrará cerrada por algemas de treva a porta de teu peito, de que o ódio voraz se faz guarida feroz.
Pede auxiliando e amando, estendendo sem peias o melhor sentimento que te flui da esperança, porquanto, obedecendo aos ditames do bem, puro e incomensurável, os rogos de tua alma entrarão sublimados na faixa luminosa da resposta de Deus.
XAVIER, F.C. Pelo Espírito Emmanuel.Mensagem do livro Mentores e Seareiros, editora IDEAL.
REVELE-SE
André Luiz
Nas lutas habituais, não exija a educação do companheiro. Demonstre a sua.
Nas tarefas do bem, não aguarde colaboração. Colabore, por sua vez, antes de tudo.
Nos trabalhos comuns, não clame pelo esforço alheio. Mostre sua boa-vontade.
Nos serviços de compreensão, não peça para que seu vizinho suba até a você. Aprenda a descer até ele e ajude-o.
No desempenho dos deveres cristãos, não aguarde recursos externos para cumpri-los. O melhor patrimônio que você pode dar às boas obras é o seu próprio coração.
No trato vulgar da vida, não espere que seu irmão revele qualidades excelentes. Expresse os dons elevados que você já possui.
Em toda criatura terrestre, há luz e sombra. Destaque sua nobreza para que a nobreza do próximo venha ao seu encontro.
XAVIER, F.C. Pelo Espírito André Luiz. Agenda Cristã, 31,FEB
PREOCUPAÇÕES
André Luiz
Não se aflija por antecipação, porquanto é possível que a vida resolva o seu problema, ainda hoje, sem qualquer esforço de sua parte.
Não é a preocupação que aniquila a pessoa e sim a preocupação em virtude da preocupação.
Antes das suas dificuldades de agora, você já faceou inúmeras outras e já se livrou de todas elas, com o auxílio invisível de Deus.
Uma pessoa ocupada em servir nunca dispõe de tempo para lembrar injúria ou ingratidão.
Disse um notável filósofo: "uma criatura irritada está sempre cheia de veneno", e podemos acrescentar: "e de enfermidade também".
Trabalhe antes, durante e depois de qualquer crise e o trabalho garantirá sua paz.
Conte as bênçãos que lhe enriquecem a vida, em anotando os males que porventura lhe visitem o coração, para reconhecer o saldo imenso de vantagens a seu favor.
Geralmente, o mal é o bem mal-interpretado.
Em qualquer fracasso, compreenda que se você pode trabalhar, pode igualmente servir, e quem pode servir carrega consigo um tesouro nas mãos.
Por maior lhe seja o fardo do sofrimento, lembre-se de que Deus, que agüentou você ontem, agüentará também hoje.
XAVIER, F.C. Pelo Espírito André Luiz.Do livro "Sinal Verde", cap. 25, edição CEC
quinta-feira, novembro 26, 2009
Em Torno da Felicidade
André Luiz
Em matéria de felicidade convém não esquecer que nos transformamos sempre naquilo que amamos.
Quem se aceita como é, doando de si à vida o melhor que tem, caminha mais facilmente para ser feliz como espera ser.
A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.
A alegria do próximo começa muitas vezes no sorriso que você lhe queira dar.
A felicidade pode exibir-se, passear, falar e comunicar-se na vida externa, mas reside com endereço exato na consciência tranqüila.
Se você aspira a ser feliz e traz ainda consigo determinados complexos de culpa, comece a desejar a própria libertação, abraçando no trabalho em favor dos semelhantes o processo de reparação desse ou daquele dano que você haja causado em prejuízo de alguém.
Estude a si mesmo, observando que o auto-conhecimento traz humildade e sem humildade é impossível ser feliz.
Amor é a força da vida e trabalho vinculado ao amor é a usina geradora da felicidade.
Se você parar de se lamentar, notará que a felicidade está chamando o seu coração para vida nova.
Quando o céu estiver em cinza, a derramar-se em chuva, medite na colheita farta que chegará do campo e na beleza das flores que surgirão no jardim
Francisco C. Xavioer pelo Espírito André Luiz
Autodesobsessão
André Luiz
Se você já pode dominar a intemperançamental...
Se esquece os próprios constrangimentos, a fim de cultivar o prazer de servir...
Se sabe cultivar o comentário infeliz, sem passá-lo adiante...
Se vence a indisposição contra o estudo e continua, tanto quanto possível, em contato com a leitura construtiva...
Se olvida mágoas sinceramente, mantendo um espírito compreensivo ecordial, à frente dos ofensores...
Se você se aceita como é, com as dificuldades e conflitos que tem, trabalhando com tudo aquilo que não pode modificar...
Se persevera na execução dos seuspropósitos enobrecedores, apesar detudo que se faça ou fale contra você...
Se compreende que os outros têm odireito de experimentar o tipo defelicidade a que se inclinem, como nos acontece...
Se crê e pratica o princípio de que somente auxiliando o próximo, é que seremos auxiliados...
Se é capaz de sofrer e lutar na seara do bem, sem trazer o coração amargoso e intolerante...
Então, você estará dando passos largos para libertar-se da sombra, entrando, em definitivo, no trabalho da autodesobsessão.
Psicografia de Chico Xavier pelo Espírito André Luiz . Da obra: Passos da Vida
quarta-feira, novembro 25, 2009
Piedade
Momento Espírita
A piedade é a virtude que mais nos aproxima dos anjos.
Mas como entendê-la em profundidade e como colocá-la em prática?
Segundo o conhecimento superficial que se tem sobre ela, a piedade, ou a compaixão, significa sofrer com alguém, ou algo.
E como naturalmente fugimos do sofrimento, a piedade pode nos parecer incômoda muitas vezes.
Somemos isso à indiferença ainda reinante nos corações humanos, quanto ao que se passa com o outro, e teremos o homem distante da piedade.
Porém, ao compreender melhor essa virtude, veremos que nos é extremamente benéfica, e não significa que com ela traremos mais dor para nossos dias.
Compartilhar o sofrimento do outro não é aprová-lo, nem compartilhar suas razões, boas ou más, para sofrer.
É recusar-se a considerar um sofrimento, qualquer que seja, como um fato indiferente e um ser vivo, qualquer que seja, como coisa.
A compaixão ou piedade é o contrário da crueldade, que se regozija com o sofrimento do outro, e do egoísmo, que não se preocupa com ele.
É uma atitude mental baseada no desejo de que os outros se livrem do seu sofrimento. Está associada a uma sensação de compromisso, responsabilidade para com o outro.
A verdadeira compaixão tem por base o raciocínio de que todo ser humano tem o desejo inato de ser feliz e de superar o sofrimento, exatamente como nós.
E exatamente como nós, ele tem o direito de realizar essa aspiração fundamental.
No processo de conquista dessa virtude vamos encontrar a prática da empatia, que é o instrumento fundamental para se chegar à piedade.
A empatia é a condição psicológica que permite a uma pessoa sentir o que sentiria caso estivesse na situação e circunstância experimentada por outra pessoa.
Essa técnica envolve a capacidade de suspender, provisoriamente, a insistência no próprio ponto de vista mas, também, encarar a situação a partir da perspectiva do outro.
Ela é benéfica em todas as situações da vida e, em especial, no desenvolvimento da piedade.
Tendo em mãos tal habilidade, poderemos nos deixar envolver pelo sofrimento alheio.
E como tal virtude é filha do amor, e na companhia dele sempre estaremos, esse sofrer junto não será desagradável para o compadecido.
Nesse instante estaremos operando como mensageiros de Deus, consolando aflições e praticando a caridade em uma de suas belíssimas formas.
* * *
Deixai que o vosso coração se enterneça ante o espetáculo das misérias e dos sofrimentos dos vossos semelhantes.
Vossas lágrimas são um bálsamo que lhes derramais nas feridas e, quando, por bondosa simpatia, chegais a lhes proporcionar a esperança e a resignação, que encanto não experimentais!
A piedade bem sentida é amor.
Amor é devotamento. Devotamento é o olvido de si mesmo e esse olvido, essa abnegação em favor dos desgraçados, é a virtude por excelência, a que em toda a sua vida praticou o Divino Messias e ensinou na Sua doutrina tão santa e tão sublime.
Redação do Momento Espírita com base no cap. A compaixão, do livro Pequeno tratado das grandes virtudes, de André Comte Spoville, ed. Martins Fontes e no item 17, do cap. XIII, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.
Disponível <http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2434&stat=0>
terça-feira, novembro 24, 2009
Pensamento e Vida
Joanna de Ângelis
O homem pode ser considerado o pensamento que exterioriza, fomenta e nutre.
Conforme a sua paisagem mental, a existência física será plasmada, face ao vigor da energia direcionada.
O pensamento é a manifestação do anseio espiritual do ser, não uma elaboração cerebral do corpo.
Sendo o Espírito o agente da vida, nos intrincados painéis da sua mente se originam as idéias, que se manifestam através dos impulsos cerebrais, cujos sensores captam a onda pensante e a transformam, dando-lhe a expressão e forma que revestem o conteúdo de que se faz portadora.
O homem de bem, pensando corretamente como conseqüência da sua realidade interior, progride, adicionando forças à própria estrutura.
A criatura de constituição moral frágil, por efeito das suas construções mentais infelizes, envolve-se nas teias dos pensamentos perturbadores e passa a estados tumultuados, doentios.
Como resultado, conclui-se que o Espírito e não o corpo, é fraco ou forte, conforme o conteúdo dos pensamentos que elabora e a que se entrega.O pensamento é força.
Por isso, atua de acordo com a direção, a intensidade e o significado próprios.
A duração dele decorre da motivação que o constitui, estabelecendo a constância, a permanência e o direcionamento do que possui como emanação da aspiração íntima.
O pensamento são os fenômenos cognitivos que procedem do ser real.
Pensa no amor; e te sentirás afável.
Cultiva a idéia do progresso, e terás estímulo para porfiar, logrando êxito nos empreendimentos.
Sustenta a idéia do bem, e descobrirás quão ditoso és como fruto do anelo vitalizado.
Se pensas no medo, ele assoma e te domina.
Se dás atenção ao pessimismo, tornas-te incapaz de realizações ditosas.
Se te preocupas com o mal, permanecerás cercado de temores e problemas.
Se agasalhas as idéias enfermiças, perderás a dádiva da saúde.
Tudo pode ser alterado sob a ação do pensamento.
Vibração que sintoniza com ondas equivalentes, o teu pensamento é o gerador das tuas ações, e estas, as modeladoras da tua vida.
Pensamento e vida, pois, são termos da equação existencial do ser humano.
Pensando na necessidade de ascensão, os heróis, os cientistas, os mártires, os educadores e os santos edificaram o mundo melhor, que ainda não alcançou o seu ápice, porque tu e outros ainda não vos convencestes de pensar bem, agindo melhor; para conquistardes a vitória sobre as paixões, a dor e a infelicidade.
FRANCO, Divaldo Pereira- Pelo Espírito Joanna de Ângelis - Do livro: Vida Feliz