54-O AGUILHÃO
Casimiro Cunha
Na esteira da confusão, há perigo, o carro empina.
São golpes de bois madraços em horas de indisciplina.
Avançam, rumo ao barranco, atiram-se à revelia, são cegos à estrada enorme e surdos à voz do guia.
O carreiro vigilante atende à situação: Na canícula dourada vibram golpes de aguilhão.
A custa de esforço ingente, a poder de ferroada, a ordem volta ao serviço, a harmonia volta à estrada.
Há revolta momentânea nos bois rudes, a tremer, mas, a bem da paz de todos, cada qual cumpre o dever.
E o carro prossegue firme, sem desvios, sem parar, buscando os objetivos que, por fim, deve alcançar.
Na Terra, também é assim: Nas sendas de redenção, todo homem necessita estimulo à própria ação.
No lar, como no trabalho, desde o berço até a morte a criatura precisa aguilhões de toda sorte.
Muita gente fala deles com desespero e com asco; mas, Jesus santificou-os no caminho de Damasco.
Obedece a Deus e passa, vive sempre atento a isto: Todo aguilhão que te fere é bênção de Jesus - Cristo.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP: Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 54 , p.55.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
“Deixe aqui um comentário”