sábado, julho 10, 2021

54-O AGUILHÃO - Casimiro Cunha


 


" Saulo, Saulo, por que me persegues?" Jesus.


54-O AGUILHÃO


Casimiro Cunha


Na esteira da confusão, há perigo, o carro empina.


São golpes de bois madraços em horas de indisciplina.


Avançam, rumo ao barranco, atiram-se à revelia, são cegos à estrada enorme e surdos à voz do guia.


O carreiro vigilante atende à situação: Na canícula dourada vibram golpes de aguilhão.


A custa de esforço ingente, a poder de ferroada, a ordem volta ao serviço, a harmonia volta à estrada.


Há revolta momentânea nos bois rudes, a tremer, mas, a bem da paz de  todos, cada qual cumpre o dever.


E o carro prossegue firme, sem desvios, sem parar, buscando os objetivos que, por fim, deve alcançar.


Na Terra, também é assim: Nas sendas de redenção, todo homem necessita estimulo à própria ação.


No lar, como no trabalho, desde o berço até a morte a criatura precisa aguilhões de toda sorte.


Muita gente fala deles com desespero e com asco; mas, Jesus santificou-os no caminho de Damasco.


Obedece a Deus e passa, vive sempre atento a isto: Todo aguilhão que te fere é bênção de Jesus - Cristo.


XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP: Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 54 , p.55.


 

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