55- O ANDAIME
Casimiro Cunha
Quando o esforço principia em toda edificação, não se pode prescindir da alheia cooperação.
Precisa-se apoio forte, de base através da qual se distribua ao serviço concurso e material.
Vem o andaime prestimoso, é o seguro companheiro, que atende às obrigações, noite toda, dia inteiro.
De pé vivendo o dever, serve a todos com bondade, é um exemplo de serviço, e um símbolo de humildade.
Muita vez, pisado a esmo, escuro, banhado em lama, permanece em seu lugar, não se irrita, não reclama.
Findo o esforço rude e longo, ao rebrilhar do edifício, pouca gente lhe recorda o trabalho e o beneficio.
O quadro é singelo e pobre, mas rara é a lição assim - o benfeitor olvidado, que é fiel até o fim.
Além disso, o ensinamento, em suas exposições, apresenta aos aprendizes, duas belas sugestões.
Diz a primeira que um dia deveremos esperar, agir sem qualquer andaime, na vida particular...
Indaga-nos a segunda, se já fomos para alguém, o andaime silencioso que ajuda a fazer o bem.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 55, p.56.
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