7-A CACHOEIRA
Casimiro Cunha
Quando passes meditando no cimo da ribanceira, repara na majestade que esplende na cachoeira.
É bom pensar na grandeza que a sua potencia encerra; Na entrosagem dos elementos das forças de toda a Terra.
No lugar mais solitário, é cântico de alegria, derramando em derredor a abundancia de energia.
Para dar-se em benefícios, a sua maior ciência não quer admiração, pede esforço e inteligência.
Mesmo longe das cidades, depois de compreendida, a cachoeira renova a expressão dos bens da vida.
Retamente aproveitada, é fonte de evolução, movendo milhões de braços nas lutas do ganha-pão.
É mãe generosa e augusta das fábricas de trabalho, que distribui, no caminho, a luz, o pão, o agasalho.
E aprendemos na lição, quando a vemos, face a face, que a água buscou um abismo por onde se despenhasse.
Nesse símbolo profundo, de grandeza e dinamismo, vemos nós o amor de Deus e a extensão do nosso abismo.
Nós somos o sorvedouro de misérias e discórdia; Deus é a eterna cachoeira de luz e misericórdia.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 7, p.6.
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