80-O MILHARAL
Casimiro Cunha
O milharal nos parece, do caminho que o sol doura, uma esperança de Deus sobre as bênçãos da lavoura.
Além disso, representa uma elevada oficina, da nobre lei do trabalho que o Pai de Amor nos ensina.
Deus dá tudo: a terra, o ar, as chuvas e os instrumentos, indicando o tempo próprio com a força dos elementos.
Manda o homem, que é seu filho, cuidar da terra que é sua e esse filho convocado guia o traço da charrua.
Germina a semente amiga, mas até que dê seus frutos, exige muitos cuidados, constantes e absolutos.
Em seguida, o céu concede a espiga amada e perfeita, pedindo as dedicações nas tarefas da colheita.
Vem logo a descascadura, depois o debulhador, e o moinho em movimento nas lides do lavrador.
Somente agora o celeiro guarda as forças do bom grão, a esperança carinhosa da véspera de seu pão.
É um ensino generoso que a leira de milho encerra, um quadro de exemplo amigo, das lutas de toda a Terra.
Deus palpita em toda a parte, nada faz ou cria a esmo, mas pede em tudo a seu filho a elevação de si mesmo.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Casimiro Cunha. Cartilha da natureza. São Paulo/SP:Butterflay editora Ltda,2002, ed.1. Cap 80, p.81.
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