sábado, outubro 30, 2021

Dia 30 de Outubro : Singela Homenagem ao Meu Pai

 


Singela Homenagem ao Meu Pai



Hoje dia 30 de outubro é uma data que toca profundamente o nosso coração e nos remete a profundas reflexões sobre a nossa vida.


Nesta data meu pai estaria  comemorando mais um aniversário natalício, um Espírito muito alegre , caridoso e amoroso com quem tivemos o privilégio de conviver e a quem agradecemos pela oportunidade reencarnatória juntamente com minha mãe . Minha saudosa irmã sempre dizia: " Papai é um Espírito tão alegre, que nada o derruba". SEu otimismo e entusiasmo, eram contagiantes.


Papai foi muito especial na nossa vida, sempre muito presente, carinhoso, deixando muitas marcas de luz no nosso coração e para ele enviamos nossa eterna gratidão.


Nos deixou  precocemente, cumprindo sua missão sempre de forma tão afetuosa, deixando um lastro de amor e de alegria, em quem teve o privilégio de com ela conviver, embora nem todos tiveram o mesmo alcance.


Não posso afirmar que sua vida tenha sido fácil, sempre rodeada de desafios que lhe foram impostos pelas circunstâncias. 


Em nossas orações pedimos a Deus e aos benfeitores espirituais que ele  tenha se libertado de pesados grilhões e possa ascender a novas oportunidades mais amenas. 


Nesta data pedimos a Deus que  receba o nosso carinho e eterna gratidão por haver feito parte de nossa história na presente encarnação e quiçá nas anteriores.






Que Jesus permita que essas rosas, que ele tanto admirava,  cheguem ao seu coração , como flores espirituais impregnadas de votos  de Alegria, Paz e de muito Progresso Espiritual , sob as bênçãos de Deus!






As mãos de meu pai

 Mário Quintana


As tuas mãos tem grossas veias como cordas azuis sobre um fundo de manchas já da cor da terra


– como são belas as tuas mãos


pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram da nobre cólera dos justos…


Porque há nas tuas mãos, meu velho pai, essa beleza que se chama simplesmente vida.


E, ao entardecer, quando elas repousam nos braços da tua cadeira predileta,


uma luz parece vir de dentro delas…


Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente, vieste alimentando na terrível solidão do mundo,


como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?


Ah, como os fizeste arder, fulgir, com o milagre das tuas mãos!


E é, ainda, a vida que transfigura as tuas mãos nodosas…


essa chama de vida – que transcende a própria vida…


e que os Anjos, um dia, chamarão de alma.

 

QUINTANA, Mário. Poema publicado originalmente no livro Esconderijos do Tempo, retirado de Poesia Completa – Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005, p. 491.


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