CONCEITO DE IRMÃO
Joanna
de Ângelis
Um
questionamento de profundidade faz-se necessário em tomo do conceito de irmão,
conforme o enunciou Jesus.
Se
despirmos das excentricidades como dos mecanismos de evasão com que, não raro,
a palavra é colocada, será possível uma identificação melhor, mais válida, a
respeito do profundo sentido de que se reveste.
Partindo-se
do princípio de que Deus é Pai de todos nós, o irmão é alguém inevitavelmente
vinculado a cada um, a todos nós.
*
Aquele
que se nos faz adversário, não obstante a posição que assume, transitoriamente,
é nosso irmão;
Quem
se reveste da infeliz atitude de perseguidor, apesar da colocação que esposa,
mesmo que o esqueça, é nosso irmão.
Poder-se-á
renovar a paisagem humana, mediante a adoção do suporte fraternal, sendo e
defrontando sempre e antes de tudo, o seu irmão.
O
nubente, antes de ver o parceiro, na condição da afetividade conjugal, tê-lo-á
como irmão, mantendo um vínculo inquebrantável que, mesmo se rompa aquele de
caráter matrimonial, deverá manter-se o primeiro.
O
patrão encontrará no auxiliar antes que o empregado, o irmão situado na posição
de serviço, servidor que também ele é, e este último receberá no chefe o irmão,
lutando ambos para que prevaleça o sentimento fraternal, embora, no relacionamento
entre empregador e empregado, se deteriorem as conjunturas, um não prejudicando
ao outro, em razão da irreversível fraternidade.
O
irmão deve amar o seu irmão em qualquer circunstância, em todo momento.
Este
que te magoa e aquele que te punge são teus irmãos.
Alguém
que triunfa e outrem que tomba, teus irmãos na luta, são lições que te convidam
a avançar e a servir.
Ama
sempre e sem excogitares de situações, nas múltiplas áreas dos humanos
interesses, sobrepondo a todos o afeto de irmão em relação ao teu próximo.
Não
obstante as posições evolutivas que separavam os discípulos, Jesus não amou
menos a Judas, ou a Pedro, que por um momento se equivocaram, durante o
ministério.
Diante
da mulher surpreendida em adultério ou de Zaqueu no alto da árvore, ou de
Pilatos vacilante, ou de Herodes prepotente, a todos amou como irmãos, apesar
de sabê-los em processos diferentes de evolução, amando-nos docemente até hoje,
sem queixume nem reprimendas, seus irmãos da retaguarda, aos quais espera,
paciente e amoroso, na condição de Irmão Maior.
FRANCO,
Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Alerta, cap.5.
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