quinta-feira, janeiro 05, 2023

OBSESSÃO E JESUS - Joanna de Ângelis



OBSESSÃO E JESUS

Joanna de Ângelis


A ideia enfermiça, sem contornos definidos alcança os paineis mentais, sutilmente.


Aceita, desenvolve características, apresenta-se com maior riqueza de detalhes, estabelece o contato através do qual se originam as penosas fixações, lamentáveis quão perniciosas...


Se recusada, apaga-se em névoa diluente para repetir-se com maior intensidade até alcançar correspondente vibratório na mente receptora, que passa, a largo prazo, a submeter-se ao impositivo que termina por dominar...


A obsessão é enfermidade generalizada, que grassa entre os homens, em decorrência do comércio psíquico, infeliz quão desesperador.


Desde que o agente obsessivo é persistente no plano negativo a que se afervora, este muda de técnica toda vez que repudiado, mantendo rigoroso cerco em torno de quem lhe padece a influência, até dobrar a vontade resistente, caso-esta não se fortaleça nos valores morais e espirituais que constituem defesa e vitalidade contra essa terrível chaga devastadora.


Mentes viciadas com mais facilidade aceitam as sugestões morbíficas que lhes são insufladas dentro do campo em que melhor se expressam: desconfiança, ciúme, ódio, desvario sexual, dependência alcoólica ou toxicômana, gula, maledicência...


Temperamentos arredios, suspeitosos, são mais acessíveis em razão de melhor agasalharem as induções equivalentes, que se lhes associam em forma de perfeita sintonia.


Caracteres violentos, apaixonados, mais fortemente se fazem maleáveis em decorrência do espírito rebelde que nesse corpo habita, dissimulando as chispas que lhes acendem as labaredas do incêndio interior, a exteriorizar-se como fogareis destruidores...


Personalidades ociosas são mais susceptíveis em razão da mente vazia sempre acolher o que lhe apraz, deixando-se conduzir pela personalidade dos seus afins desencarnados.


Desnecessário reafirmar que, não apenas além- da-morte, se encontram os perturbadores, desde que a obsessão campeia, igualmente, entre os transeuntes do corpo, obedecendo aó mesmo processo de sintonia mental, por cultivo das mesmas paixões inferiores.


*

A ação do pensamento otimista e sadiamente operante; 


o labor fraternal de solidariedade; 


a preocupação edificante em favor do próximo; 


os serviços humílimos ou grandiosos a benefício dos outros; 


o interesse honesto pelo bem-estar alheio constituem a terapia preventiva quanto curadora contra a obsessão.


A prece o hábito de orar —, gerando um clima de paz; 


a leitura elevada, que cria clichês psíquicos superiores; 


a meditação em torno das questões enobrecedoras da vida; 


o diálogo edificante impedem qualquer intercâmbio perturbante, verdadeiros antídotos que se fazem à obsessão, por constituírem meios de elevação vibratória na qual não vigem as interferências maléficas, as parasitoses e as vampirizações prejudiciais que somente têm curso em faixas mentais semelhantes.


Ademais, o exercício de tais métodos libera qualquer tombado nas malhas apertadas da alienação obsessiva de perniciosos efeitos na Terra...


*


Na condição de Terapeuta Divino prescreveu Jesus, contra os flagelos da obsessão: 


“Fazer ao próximo somente o que desejar que este lhe faça”, porquanto, assim procedendo, o amor que nos dedicamos a nós mesmos, automaticamente se dilatará em relação ao nosso próximo, desfazendo as matrizes do mal que ainda se demoram fixadas em muitos dos seres que pululam em torno da Terra, ao mesmo tempo auxiliando-os a despertarem para o bem e para a felicidade.


FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Alerta, cap.4.


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