domingo, julho 27, 2014

Convite à Paciência - Joanna de Ângelis




Convite à Paciência


Joanna de Ângelis



“... Em muita paciência, em aflições, em necessidades, em angústias.” (2ª Epístola aos Coríntios: capítulo 6º, versículo 4).



Antiga lenda nórdica narra que alguém perguntou a um sábio como poderia
ele explicar a eternidade do tempo e do espaço.


O missionário meditou, e apontando colossal montanha de granito que desafiava as alturas, respondeu com simplicidade: 


“ Suponhamos que uma avezita se proponha a desbastar a rocha imponente, paulatina, insistentemente, atritando o bico de encontro à pedra. 

Quando houver destruído tudo, estará apenas iniciando a eternidade...”

*

A paciência é o fator que representa, de maneira mais eficiente, o equilíbrio do homem que se candidata a qualquer mister.


Fácil é o entusiasmo do primeiro impulso, comum é o desencanto da terceira hora.


A paciência é a medida metódica e eficaz que ensina a produzir no momento exato a tarefa correta.


Diante do que devemos fazer, não poucas vezes somos acionados pelos implementos da precipitação.


Frente às tarefas acumuladas e aos problemas, indispensável façamos demorado exame e cuidada reflexão antes de apressar atitudes.


Precipitação traduz desarmonia, perturbação, com agravante desconsideração ao tempo.


A paciência significa auto-confiança.


A pirâmide se ergueu bloco a bloco.


As construções grandiosas resultaram da colocação de peça sobre peça.


As gigantescas sequóias se desenvolveram célula a célula.


O que hoje não consigas, perseverando com dignidade e paciência, lograrás amanhã.


Paciência não quer dizer amolentamento, mas dinâmica eficiente e nobre de produzir diante dos deveres que nos competem desdobrar.


Ao lado de alguém que nos subestima — paciência.


Entre as dores que nos chegam — paciência.


Ante o rebelde que nos atormenta — paciência.


O tempo é mestre eficiente que a todos ensina, no momento próprio, com a lição exata plasmando o de que cada um necessita a benefício de si mesmo.


Jesus, acompanhando e inspirando o progresso da Terra, pacientemente espera que o homem se volte para Ele, a fim de que, encarregado da nossa felicidade, possa dirigir-nos pelo caminho que leva a Deus. 


Em qualquer circunstância, pois, paz e paciência para o êxito do empreendimento encetado.





FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis. Convites da vida, Cap. 34, p .29-30, 1972.

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