Convite à Paciência
Joanna de Ângelis
“... Em muita paciência, em aflições, em necessidades, em
angústias.” (2ª Epístola aos Coríntios: capítulo 6º, versículo 4).
Antiga lenda nórdica narra que alguém perguntou a um sábio
como poderia
ele explicar a eternidade do tempo e do espaço.
O missionário meditou, e apontando colossal montanha de
granito que desafiava as alturas, respondeu com simplicidade:
“
Suponhamos que uma avezita se proponha a desbastar a rocha imponente,
paulatina, insistentemente, atritando o bico de encontro à pedra.
Quando
houver destruído tudo, estará apenas iniciando a eternidade...”
*
A paciência é o fator que representa, de maneira mais
eficiente, o equilíbrio do homem que se candidata a qualquer mister.
Fácil é o entusiasmo do primeiro impulso, comum é o
desencanto da terceira hora.
A paciência é a medida metódica e eficaz que ensina a
produzir no momento exato a tarefa correta.
Diante do que devemos fazer, não poucas vezes somos
acionados pelos implementos da precipitação.
Frente às tarefas acumuladas e aos problemas, indispensável
façamos demorado exame e cuidada reflexão antes de apressar
atitudes.
Precipitação traduz desarmonia, perturbação, com agravante desconsideração ao tempo.
A paciência significa auto-confiança.
A pirâmide se ergueu bloco a bloco.
As construções grandiosas resultaram da colocação de peça
sobre peça.
As gigantescas sequóias se desenvolveram célula a célula.
O que hoje não consigas, perseverando com dignidade e
paciência, lograrás amanhã.
Paciência não quer dizer amolentamento, mas dinâmica
eficiente e nobre de produzir diante dos deveres que nos competem desdobrar.
Ao lado de alguém que nos subestima — paciência.
Entre as dores que nos chegam — paciência.
Ante o rebelde que nos atormenta — paciência.
O tempo é mestre eficiente que a todos ensina, no momento
próprio, com a lição exata plasmando o de que cada um necessita a
benefício de si mesmo.
Jesus, acompanhando e inspirando o progresso da Terra,
pacientemente espera que o homem se volte para Ele, a fim de que,
encarregado da nossa felicidade, possa dirigir-nos pelo caminho que leva a Deus.
Em qualquer circunstância, pois, paz e paciência para o êxito do
empreendimento encetado.
FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Convites da vida, Cap. 34, p .29-30, 1972.
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