Convite ao Dever
Joanna de Ângelis
“Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso
Pai celestial.” (Mateus: capítulo 5º, versículo 48).
Como diretriz de segurança; qual dínamo propulsor do
progresso, semelhante a resistência contra os desequilíbrios, o dever
se encontra insculpido como fator preponderante em todo ser que pensa.
Desnaturá-lo ao suborno da ilusão, conspurcá-lo face a
injunções constritoras, desconsiderá-lo ao império da anarquia é
descer psiquicamente aos sub-niveis da humanização...
Desertam homens porque lhes faltam os implementos da
coragem, estimulados, dizem, pela preponderância da perturbação que
grassa
generalizada.
Angustiam-se outros, descoroçoados ante a vitória do
desvalor e da astúcia contemplando os insucessos contínuos da honra e da
honestidade.
Esmorecem os menos temperados na forja da fé porque fatores
negativos da distrofia social se sobrepõem aos lídimos esforços da
abnegação...
Equívocos, porém, não constituem regra; sempre são exceções
às normas da mesma forma que as sombras não podem construir
realidades, graças à própria essência de que se vitalizam.
O dever, inerente a todos os homens, é manifestação da
Divina Lei, consubstanciando os objetivos da vida inteligente na Terra.
“O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as
criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo.” (*)
Mesmo que na aparência estejas no lado errado,
desincumbindo-te dos deveres que te dizem respeito, não te aflijas.
Consciência é
presença de que ninguém conseguirá despojar-se.
Não importa que os outros desconheçam os erros que hajas
cometido ou as ações nobres praticadas...
O essencial é que o saibas.
O engano passa, mas o dever retamente exercido fica.
A bruma se dilui, enquanto permanecem a claridade e o sol
como estados
naturais da vida.
Descontrai-te, portanto, e atende aos teus deveres morais,
atuante na comunidade em que vives com a alegria do semeador que antevê
na semente submissa a glória do campo coroado de novos e abundantes
grãos.
(*) “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. 52ª Edição FEB —
Capítulo 17º - Item 7. - Nota da Autora espiritual.
FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Convites da vida, Cap. 13, p .12 , 1972.
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