Convite à Fé
Joanna de Ângelis
“Se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda...”(Mateus: capítulo 17º, versículo 20).
Para que a chama arda é indispensável a sustentação pelo
combustível.
A fim de que o rio se agigante, a nascente prossegue
sustentando-lhe o curso.
A mesa enriquecida pelo pão sacrifica o grão de trigo
generoso.
No ministério da vida espiritual, a fim de que o homem
sobreviva ao clima de desespero que irrompe de todo lado, com as altas cargas
da aflição, do medo, da dúvida, que se generalizam, a fé é imprescindível
para a aquisição do equilíbrio.
Seu milagre, todavia, depende do esforço despendido em prol
da sua própria manutenção.
À fé inata devem ser adicionados os valores de reflexão e da
prece de modo a canalizar a inspiração superior que passa a
constituir fonte geradora de preservação do necessário capital da confiança.
Às vezes, para que as sementes que jazem no solo das almas,
em lactência, se desdobrem em embriões de vida, torna-se
imperioso condicionamentos psíquicos, somente possíveis mediante a
busca sistemática pela razão, pelos fatos, através da investigação.
Seja, porém, como seja, o homem não pode prescindir do
valioso contributo da fé, a fim de colimar os objetivos da
reencarnação.
Apressado, ante a infeliz aplicação do avião nos jogos da
guerra, Alberto Santos Dumont preferiu a fuga, através do autocídio
nefário...
Porque a dinamite fora usada para extermínio de povos
Alfredo Nobel amargurou-se até a desencarnação...
Se tivessem fé, poderiam acompanhar a marcha do progresso,
ensejada pelos seus inventos, colocados a serviço mesmo da
Humanidade.
Não obstante houvessem perseverado confiantes no êxito dos
seus empreendimentos, faltou-lhes a fé religiosa para
sustentá-los nos momentos terríveis que tiveram de considerar, em face da vida física
que se extingue e da espiritual que é indestrutível.
A fé é a flama divina que aquece o espírito e dá-lhe forças
para superar tudo: mágoas, desaires revoltas, traições e até mesmo a
morte.
Alimentá-la para a própria paz é indeclinável dever que não
podes postergar.
FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Convites da vida, Cap. 22, p .19 , 1972.
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