Para viver melhor
Emmanuel
A importância do perdão, de modo geral, ainda não foi
claramente compreendida pelos companheiros domiciliados no Plano Físico.
*
O espírito, em estágio na Terra, é um inquilino do corpo em
que reside transitoriamente.
Imaginemos o usufrutuário da moradia a martelar estruturas
da sua própria casa, em momentos de revolta e azedume.
Quanto mais repetidos os acessos de amargura e
ressentimento, mais ampla a depredação em prejuízo próprio.
Esse é o quadro exato da criatura, habituada às reações
negativas, nos instantes de prova ou desagrado.
Daí nascem muitas das moléstias obscuras, diagnosticáveis ou
não, agravando as condições do veículo físico, já de si mesmo frágil e vulnerável, embora
maravilhosamente constituído.
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Se tens mágoa contra alguém, observa que esse alguém não
terá agido com os teus conceitos e pensamentos.
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O amor nos vinculará sempre a determinado grupo de pessoas,
entretanto, em nosso próprio benefício, amemo-las, tais são, sem exigir que nos amem, sob
pena de cairmos freqüentemente em desequilíbrio e abatimento.
Doemos alma e coração aos seres queridos, sem escravizá-los
a nós e sem nos escravizarmos a eles.
Por muito se nos enlacem no mundo físico, sob as teias da
consangüinidade, saibamos deixá-los libertos de nós, a fim de serem o que desejam, na certeza de
que a escola da experiência não funciona inutilmente.
A criança é responsabilidade nossa e responderemos, ante as
leis da vida, pela proteção ou pelo abandono que estejamos devotando aos pequeninos confiados à
nossa tutela temporária.
Os adultos, porém, são donos dos próprios atos e, não será
justo chamar a nós, a conseqüências da empresas a que se adaptem ou dos caminhos que escolham,
tanto quanto não seria razoável, atribuir a eles os resultados de nossas próprias ações.
*
Perdão e tolerância são alavancas de sustentação da nossa
paz íntima.
*
Desculpar faltas e agravos será libertar-nos de choques e
golpes que vibraríamos sobre nós mesmos, criando em nós e para nós, dilapidações e doenças de
resultados imprevisíveis.
*
Ensinou-nos o Cristo: - "Perdoa não sete vezes, mas
setenta vezes sete vezes".
Isso, na essência, quer dizer que não somente nos cabe
esquecer as ofensas recebidas em proveito próprio, mas também significa que seria ilógico disputar
atenção e carinho daqueles que porventura nos agridam, já compromissados, por eles mesmos, nas
equações infelizes das atitudes a que se afeiçoem.
Em suma, para quem quiser na Terra trabalhar e progredir com
mais saúde e paz, alegria e segurança, vale a pena perdoar constantemente para viver
sempre melhor.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Amigo.
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