Matrimônio e amor
O casamento, ou seja, a união permanente de dois seres, é um
progresso na marcha da Humanidade.
A partir do momento em que o homem abandona a poligamia e se
encaminha para a monogamia, solidificam-se as afeições.
O respeito pelo outro
adquire foro de cidadania.
O casamento implica o regime de vivência pelo qual duas
criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua.
Essa união reflete as Leis Divinas que permitem seja dado um
esposo para uma esposa, um companheiro para uma companheira, um coração para
outro coração, na criação e desenvolvimento de valores para a vida.
O símbolo da união, normalmente, é uma aliança ou anel.
A
tradição do anel de diamantes para noivas começou em 1477, quando Maximiliano
da Áustria pediu Mary de Borgonha em casamento.
Muito tímido e sem saber como falar com a jovem, Maximiliano
pediu um conselho a um parente mais velho, que recomendou que o príncipe
deveria oferecer a Mary um anel com diamantes.
O conselho foi seguido e a tradição surgiu.
No século XVIII, o anel com diamantes, usado à frente da
aliança, era considerado o guardião do casamento.
Apesar de todos esses símbolos de eternidade, o casamento
anda muito pouco considerado.
As pessoas já se casam supondo que, se não der certo,
descasam.
Não cogitam de como o outro se haverá de sentir ao ser abandonado.
Nem mesmo como se sentirão os filhos, após a dissolução da união.
Acontece que milhões de almas que se encontram no planeta
estão algemadas a débitos perante a lei de causa e efeito.
Os débitos contraídos por legiões de companheiros da
Humanidade, com entendimento ainda verde para os temas do amor, determinam a
existência das uniões supostamente infelizes.
Nesses casos, temos as ligações francamente expiatórias, com
base no sofrimento.
É forçoso reconhecer que, no mundo, na grande maioria dos
casos, as conjugações afetivas têm raízes em princípios cármicos.
Quando as obrigações mútuas não são respeitadas no ajuste,
surgem as separações, as dissoluções matrimoniais.
Falta-nos um tanto mais de esforço, pois é difícil a
criatura que decline de seus desejos e vontades, num processo de renúncia para
o bem da união.
Cada qual pensa em continuar a ser depois do casamento
exatamente como era antes. As mesmas atividades, idêntica liberdade de ir e
vir.
Ora, o matrimônio pressupõe um compromisso onde um atende as
necessidades do outro e tem responsabilidades comuns. Não que se deva abandonar
amigos e atividades. Contudo, refazer horários e disposições.
A ligação deve se basear na responsabilidade recíproca, pois
no casamento um ser se entrega a outro ser em totalidade. E não pode haver
qualquer desconsideração entre si.
Amor feito de respeito, amizade, afeto, longos diálogos.
Assim se constitui e se mantém um casamento.
Foi na Grécia antiga que surgiu a tradição do uso da aliança
e do anel de casamento no quarto dedo da mão esquerda.
É que a Vena Amoris, a
veia do amor, segue desse dedo em direção ao coração.
Na simbologia do anel, a mensagem do amor que deve reger as
relações entre o casal.
Os gregos consideravam o diamante como a constante chama do
amor.
* * *
Pensa, refletindo, antes de casar.
Reflexiona, porém, muito
antes de debandar, após assumidos os compromissos.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.7, do livro
Vida e sexo, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. FEB e no verbete Casamento, do livro Repositório de sabedoria, v.1, pelo
Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Disponível em www.momento.com.br.
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