Minutos de Paz !

segunda-feira, agosto 17, 2009



Silêncio Necessário

Momento Espírita



O silêncio faz grande falta na civilização contemporânea.



Fala-se em demasia, e, por conseguinte, fala-se do que se não deve, se não sabe, não convém, apenas pelo hábito de falar.



Na falta de um assunto edificante, ou com indiferença para com ele, utilizam-se de temas negativos, prejudiciais ou sórdidos, envilecendo a própria alma, enxovalhando o próximo e consumindo-se energias valiosas.



Há uma preocupação muito excessiva em falar, opinar, mesmo quando se desconhece a questão.



Parece de bom-tom a postura de referir-se a tudo, de tudo estar a par.



Aumenta, assim, a maledicência, confundem-se as opiniões, entorpecem-se os conteúdos morais das palavras.



Se cada pessoa falasse apenas o necessário e no momento oportuno, haveria um salutar silêncio na Terra.



*Faze silêncio diante de observações pejorativas, de assuntos prejudiciais, matando, ao surgir, a informação malsã.



Quando te tragam opiniões infelizes, reclamações, queixas que põem mal diante de ti o ausente, seja ele quem for, não te deixes contaminar pelo morbo da palavra insensata.



Há pessoas que se autonomeiam fiscais do próximo e não se detêm a examinar a conduta, deste modo, reprochável.



Raramente, falam bem, referem-se ao lado bom das pessoas e dos acontecimentos.



*Porque não era visível a antiga face oculta da lua, isto dava margem às mais variadas conjecturas, sempre exageradas, fantasistas.



Todas as pessoas possuem o seu lado oculto, certamente negativo em umas, quanto admirável noutras.



A observação sob alta dose de má vontade, apenas vê o que quer e fala o de que gosta.



*Não opines mal a respeito de ninguém, mesmo que o outro mereça.



Tampouco, te deixes emaranhar pelos que falam mal do próximo.



Eles terminarão por submeter-te à opinião que lhes apraz, armando-te contra aqueles com quem não simpatizam.



Falar bem ou mal é um hábito.



Quando as referências são acusadoras, levam a alma da vítima à morte, porém suicida-se também, aquele que sempre aponta o erro.



*Usa o silêncio necessário.



Não a mudez caprichosa, vingadora.



Mas a discreta atitude de quietação e respeito.



O silêncio faz bem àquele que o conserva.



Jesus calou muito mais do que falou.



Os Seus silêncios sábios são o atestado mais expressivo do Seu amor pela humanidade.



Pensa nEle, quando chamado a falar intensamente e imita-O.


Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Coragem. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL. 1988.