Eles Vivem!
Emmanuel
Antes os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não
permitas que o desespero te ensombre o coração.
Eles não morreram.
Estão vivos.
Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo.
Inquietam-se com a tua rendição aos desafios da angústia
quando te afaste da confiança em Deus.
Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos
trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que
pronunciaste, quando não mais conseguiam responder às interpelações que
articulaste no auge da amargura.
Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à
tua dor.
Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à
existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de
ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as
lágrimas quando tateias a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando
porque....
Pensa neles com saudade convertida em oração.
As tuas preces de amor representam acordes de esperança e
devotamento, despertando-os para visões mais altas da vida.
Quando puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam
prosseguir e te-los-ás contigo por infatigáveis zeladores de teus dias.
Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades
a que te prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo
para a elevação que se lhes faz necessária.
Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados
no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias
da experiência no plano material...
Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da
união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não
caminharam na direção da noite, mais sim
ao encontro de Novo Despertar.
Emmanuel
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