Todos somos amados
A experiência de quase morte, chamada EQM, do neurocirurgião
norte-americano, que retornou de um coma considerado irreversível, após sete
dias, é bastante peculiar.
Segundo Dr. Raymond Moody, Jr., que estuda esse fenômeno há
mais de quatro décadas, é a mais impressionante de todas.
Dr. Eben Alexander era um cético.
Sempre que ouvia os
relatos de seus pacientes a respeito do que haviam visto e quem haviam
encontrado, enquanto em coma, acreditava ser pura fantasia.
Quando ele foi acometido por uma meningite das mais graves,
que quase o levou à morte, ele mesmo viu, ouviu e contatou criaturas de uma
outra dimensão.
Isso fez com que modificasse seus conceitos a respeito de
Deus, da existência do Espírito imortal, de uma vida que existe, plena,
intensa, além daquela simplesmente material.
E teve que se habituar com o olhar de espanto e
incredulidade dos colegas, toda vez que relata a sua experiência.
Contudo, havia algo que inquietava o neurocirurgião.
Nas
suas leituras pós-coma, ele descobrira que todos se referiam ao encontro com as
pessoas mortas que haviam conhecido em vida.
No entanto, ele não encontrara nenhum conhecido.
E o que
mais o incomodava é que ele teria adorado ter visto seu pai adotivo, que
morrera quatro anos antes.
Por que ele não estava lá, para consolá-lo, para confortá-lo
como acontecia com todos os pacientes em coma?
Ele tivera contato mas não com quem ele mais desejara.
Seu
contato maior fora sempre, naqueles sete dias, com uma menina de rosto
angelical.
Ela o confortava, sua presença era agradável.
Porém, ele
tinha certeza de que não a conhecia.
Isso era uma frustração.
Se o encontro com um amigo ou
familiar da Terra era o que mais deixava marcas após a experiência, por que ele
estivera com uma garota desconhecida e não com seu pai, a quem tanto amava?
Dr. Eben tinha um problema com baixa autoestima por ter sido
abandonado ainda bebê.
Ele se sentia como jogado fora, apesar do empenho da sua
família adotiva para curar essa tristeza com o seu amor.
Por isso, ter estado com seu pai durante a experiência teria
sido muito importante.
Quatro meses depois de sair do hospital, ele recebeu de sua
irmã biológica, a quem encontrara há pouco tempo, uma foto.
Era da irmã de ambos, chamada Betsy, que morrera sem que
nunca ele a tivesse conhecido.
A foto a mostrava num belo pôr do sol, com um longo cabelo
castanho, olhos azuis bem profundos e um sorriso que irradiava amor e bondade.
Ao olhar a foto, seu coração se inflamou.
Aquela irmã ele
somente conhecia pelas histórias que a família biológica lhe contara.
Era uma pessoa bondosa, carinhosa.
Uma pessoa que mais
parecia um anjo – é o que lhe haviam dito.
Olhou para o rosto de sua irmã na foto e se deu conta: ela
era a menina angelical que o acompanhara na sua viagem durante o coma.
Aquele detalhe curou a sua alma partida.
Era a resposta que
ele precisava.
A presença daquela irmã lhe afirmava que ele sempre fora amado e
lhe mostrou que absolutamente todos no Universo também o são.
Deus não é mesmo extraordinário?
Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 34 e 35, do livro Uma prova do céu, de Eben Alexander III, ed. Sextante. Disponível em
www.momento.com.br
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