44. Hóspedes
André Luiz
Convite é responsabilidade para quem o formula.
O hóspede receberá o tratamento que se dispensa à família.
Nenhum amigo, por mais íntimo, tomará a liberdade de chegar à residência dos anfitriões, a fim de hospedar-se com eles, sem aviso.
Se a pessoa não é convidada a hospedar-se com esse ou aquele companheiro e precisa valer-se da moradia deles para certos fins, mesmo a curto prazo, não deve fazer isso sem consulta prévia.
Se alguém procura saber de alguém, quanto à possibilidade de hospedagem e não recebe resposta, procederá corretamente, buscando um hotel, de vez que o amigo consultado talvez tenha dificuldades, em casa, que, de pronto, não possa resolver.
Um hóspede para ser educado não entra nos desacordos da família ou do grupo que o acolhe.
Em casa alheia, necessitamos naturalmente respeitar os horários e hábitos dos anfitriões, evitando interferir em assuntos de cozinha e arranjos domésticos, embora seja obrigação trazer o quarto de dormir tão organizado e tão limpo, quanto possível.
Grande mostra de educação acatar os pontos de vista das pessoas amigas, na residência delas.
Na moradia dos outros, é imperioso ocupar banheiros pelo mínimo de tempo, para que não se estrague a vida de quem nos oferece acolhimento.
Fugir de apontamentos e relatos inconvenientes à mesa, principalmente na hora das refeições.
O hóspede não se intrometerá em conversações caseiras que não lhe digam respeito.
Justo gratificar, dentro das possibilidades próprias, aos irmãos empregados nas residências que nos hospedam, já que eles não têm a obrigação de nos servir.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito André Luiz. Sinal verde. Ed 1. Uberaba/MG:CEC, 2002, cap 44 , p.130.
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