Parentes e
Companheiros
Emmanuel
Por mais nos queixemos de
familiares ou amigos deficientes que nos causam prejuízo ou decepção, amargura
ou desalento, somos forçados a perceber que possuímos neles os reflexos de nós
próprios.
Quando afastados da
experiência física, por força da desencarnação, encontramos, além do mundo, os
resultados de nossos erros, permeando-nos os acertos.
Raramente qualquer de nós encerra o balanço de uma existência terrestre com todos os compromissos equacionados.
Desse modo, somos recorporificados no berço humano para retomar o curso dos problemas que desencadeamos no caminho dos outros, a fim de resolvê-los.
Aceita os parentes-enigmas e os companheiros-testes, à feição dos
credores com que a Justiça Divina te promove o aperfeiçoamento e a
tranquilidade.
A perda do corpo físico não
exonera o espírito imortal das obrigações que haja contraído, tanto quanto o
desgaste da veste não apaga a dívida de um homem, dívida que ele assume em
plenitude de responsabilidade individual.
A esposa ou a filha
desajustadas, via de regra, são as irmãs que, um dia, atiraste ao desrespeito
de si próprias e o marido ou o filho que te retalham a alma, a rigor, são
aqueles mesmos companheiros que lançaste ao malogro das esperanças mais caras.
A penúria de hoje é a
consequência da cobiça de ontem.
A doença de agora vem do
excesso de antes.
Renteando com qualquer
pessoa que te faça sofrer, exerce paciência e compreensão, auxílio e bondade.
Nós mesmos somos induzidos
pela própria consciência, sequiosa de felicidade e elevação, a extirpar os
espinhos que semeamos no solo bendito do tempo e da vida.
Todo débito tem sistema de
resgate e todo resgate solicita execução na forma prevista de pagamento.
Isso é justo.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. No Portal da Luz. Cap 16, p.21-22.
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