TESTEMUNHOS E PROVAÇÕES
Joanna de Ângelis
Não recalcitres ao
aguilhão das dores, no desiderato de enobrecimento a que te dedicas.
Os que não sofrem os
aguerridos combates, dormem na inutilidade.
A tarefa que
desempenhas, por mais insignificante que pareça, porque enobrecida e cristã,
incomoda aos frívolos e aos atormentados, provocando ira nuns e inveja noutros.
Contenta-te com o
prazer de desincumbir-te do dever que te cumpre atender.
É certo que conduzes imperfeições e que outros são melhores dotados do que tu.
Todavia, enquanto
estes não se resolvem pela ação do bem, nas tarefas pequenas, realiza-as tu.
*
Se coxeias e andas,
assim é melhor do que se fosses portador de membros perfeitos, que se
paralisassem pela crítica ácida ou na ociosidade.
Se te taxam de louco e
tua conduta é correta, bendize mais do que se foras douto e lúcido, mergulhando
a mente nos vapores da “hora vazia”.
Se a mensagem cristã te fascina e produzes nas leiras da solidariedade humana, és mais feliz do que se te encontrasses com a mente cultivada, investigando ainda a imortalidade, que, afinal, já aceitas com ardor e confiança.
Se defrontas
antipatias, porque te encontras em ação, vives alegrias maiores, do que se
estivesses requestado e considerado, no trono do orgulho vão, vencido pela
transitoriedade dos que se adoram reciprocamente.
Se deparas inimizades,
enquanto amas, isto te é mais favorável do que amado, conquanto odiando...
Jamais te escuses ao
compromisso que assumiste para com a Vida.
*
Testemunhos e
provações!
Não há quem,
produzindo no bem, não suscite desagrado ostensivo e chocante animosidade.
Honra o trabalho que
te vitaliza e não cedas campo à perseguição acintosa ou dissimulada.
*
Jesus, cuja vida entre nós foi o mais sublime poema vivo de amor, não se reservou ser exceção.
Amou e
sofreu, auxiliou e sofreu, perdoou e sofreu...
Jamais, porém,
desistiu ou desanimou, por isso mesmo demonstrando a excelência da sua origem e
a qualidade das suas conquistas, “Modelo e Guia”, até hoje, para todos nós.
FRANCO, Divaldo Pereira pelo
Espírito Joanna de Ângelis. Alerta, cap.32.
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