Minutos de Paz !

domingo, agosto 22, 2010



A razão e o dever

Momento Espírita


As reclamações a respeito de dificuldades são comuns entre os homens.

De forma aberta ou velada, incontáveis pessoas dão a entender que se consideram injustiçadas pela vida.

Reputam merecer mais do que tem.

Desejariam ter esposas ou esposos mais compreensivos.

Gostariam que seus filhos fossem mais estudiosos e comportados.

Apreciariam dispor de mais salário e menos trabalho.

Reclamam das agruras da profissão.

Consideram qualquer dificuldade, física ou moral, sumamente injusta.

Doenças são uma catástrofe imerecida, problemas financeiros representam um desastre iníquo.

É comum ouvir-se alguém falar do desejo de jogar tudo para o ar e sumir.

Como bem poucos o fazem, tem-se aí um certo sinal de maturidade.

Entretanto, a real maturidade se revelaria ao assumirmos a própria realidade, tal qual se apresenta, sem reclamações.

A Lei Divina é perfeita e cuida de todos.

No mundo há homens injustos, mas não injustiçados.

Sempre se tem, em qualquer drama, um processo de retificação e aperfeiçoamento.

O dever mais elementar entre os homens reside na fraternidade.

Eles se devem amparar mutuamente.

Contudo, vítimas injustiçadas a rigor não existem no mundo.

Nas situações mais dolorosas, há uma matriz no passado, a clamar por correção.

A vida é inegostável, ninguém jamais dela escapa ou consegue burlar suas regras de equilíbrio.

Assim, importa prestar muita atenção nos próprios deveres.

A razão se ilumina pela reflexão a respeito da Justiça e da Bondade Divinas.

Sendo Deus sumamente justo e bom dá a Seus filhos o que merecem e precisam.

E também manifesta por eles grande desvelo, na figura de moratórias e oportunidades de utilização do bem para retificar o mal.

* * *

Com sua razão esclarecida por essas reflexões, procure encarar seus deveres de modo positivo.

O trabalho não é um castigo, mas uma forma de ser útil ao progresso coletivo.

Não busque folgas demais, para não gastar mal o precioso tempo que a Misericórdia Divina lhe facultou.

Veja nos irmãos de trato difícil seus credores de erros do pretérito.

Agora, mais digno e maduro, você tem condições de amparar, compreender e perdoar.

Seu exemplo de conduta digna pode ser um farol nas existências dos que o rodeiam.

Identifique em cada crise uma chance de se superar.

Se a vida lhe exige certos tributos, você pode e deve dá-los.

Submeta-se aos desígnios superiores e faça o seu melhor.

O dever bem cumprido é o seu passaporte para a felicidade.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.