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quarta-feira, agosto 01, 2018

A bênção do trabalho - Momento Espírita





A bênção do trabalho



O trabalho é uma lei natural.


Da mesma forma que a alimentação e o sono, ele é imprescindível para uma vida equilibrada e saudável.


A necessidade de laborar constitui um precioso auxiliar do progresso.


Ao movimentar seu corpo e sua inteligência para atingir um objetivo, o homem aprimora-se.


No setor profissional a criatura vê-se obrigada a certas disciplinas que depois carreia para os demais setores de seu viver.


Em sua profissão, a pessoa precisa observar horários, ser gentil e cordata, acatar determinações dos superiores.


Essa disciplina, com o tempo, burila os aspectos mais ásperos da personalidade.


A obediência gradualmente vai reduzindo o âmbito de atuação da vaidade e do orgulho.


A pontualidade torna-se um saudável hábito, que evidencia respeito pelos semelhantes.


A gentileza, a princípio forçada, lentamente torna-se um modo de ser.


A inteligência, ao concentrar-se na solução de específicos problemas, ganha novo brilho e expande-se.


Assim, sob os aspectos intelectual e moral, o trabalho é uma bênção.


Mesmo quem possui fortuna, necessita trabalhar como um imperativo de equilíbrio.


É que o desempenho de um ofício dá ao homem a possibilidade de ser um elemento útil na sociedade.


Essa sensação de utilidade faz bem ao ser humano, permitindo-lhe vislumbrar uma finalidade maior em sua existência.


Contudo, muitas pessoas consideram o trabalho como se fosse um castigo.


O final de semana é aguardado como uma libertação, ao passo que a segunda-feira é amplamente lastimada.


Grande contingente de homens deseja aposentar-se o mais cedo possível.


Eles não se preocupam se com isso se tornarão pesados para a sociedade, por inúmeras décadas.


No anseio de livrar-se do dever de trabalhar, contam em anos, meses e dias o tempo que falta para sua aposentadoria.


Tal modo de pensar e sentir evidencia uma percepção equivocada do viver.


A vida não possui como objetivo o descanso.


Descansar de forma periódica e temporária é necessário para a restauração das forças.


Mas a finalidade da vida é o aperfeiçoamento contínuo, proporcionado pela utilização dos próprios talentos na construção de um mundo melhor.


Ao tornar-se inativo, todo organismo vivo tende para a decrepitude. 


O movimento e a atividade garantem a manutenção do vigor.


O problema é que muitos se equivocam na escolha de suas atividades.


A ganância, frequentemente, faz com que a profissão seja escolhida mais pela boa remuneração que proporciona do que pela vocação.


Ocorre que desempenhar voluntariamente uma atividade de que não se gosta, podendo-se optar por outra, constitui um enorme peso colocado sob os próprios ombros.


O trabalho não se destina somente a garantir a sobrevivência. 


Ele também deve proporcionar satisfação íntima.


É o que se dá quando alguém sabe que faz bem algo de que gosta e que possui utilidade para os outros.


Mas mesmo quando não se ama a profissão exercida, é possível desempenhá-la com competência e boa vontade.


Basta que o profissional sinta que está fazendo sua parte na construção de um mundo melhor.


Que ele vislumbre a importância do que faz para a harmonia do meio social em que se insere.


Assim, ame o seu trabalho.


Considere-o uma bênção que o auxilia a ser melhor a cada dia.




 Redação do Momento Espírita. Disponível em momento.com.br.

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