Ciclos
Cezar Braga Said
A vida tem sons que pra gente ouvir
Precisa aprender a começar de novo
É como tocar o mesmo violão
E nele compor uma nova canção
(Tavito/ Ney Azambuja/ Paulo S. Valle)
*
A vida é feita de ciclos que se abrem e se fecham o tempo
inteiro:
Nascer e morrer.
Dia e noite.
Estações que se sucedem.
Relações que começam e terminam.
Menstruação e menopausa.
Emprego e aposentadoria.
Saúde e enfermidade.
Gestação e parto.
Plantação e colheita.
Crescimento e poda.
Tratamento e cura.
Viagens e retornos.
Flores e frutos.
Chuva e estiagem.
Anos, séculos e milênios.
Lagarta e borboleta.
Juventude e velhice.
Ignorância e conhecimento.
Precisamos entendê-los, aceitá-los e também promovê-los,
pois, resistir a eles é prolongar sofrimentos, dificultar mudanças, apegar-nos
ao que precisamos deixar partir.
Fechar um ciclo não é exclusivamente virar a página do que
não deu certo.
Muitas vezes é apenas aceitar que tudo muda e as coisas se
alteram.
Afinal, a vida é dinâmica.
Pensemos nos ciclos que desejamos abrir e temos adiado
indefinidamente.
Não será hora de gestá-los ou se a gestação está prolongada,
promover então o parto?
Abrir e fechar ciclos em nós é permitir que a dança da vida
leve o que não tem mais razão de ser e traga novos sentidos ao nosso caminhar.
É confiar que aquilo que está por vir pode ser tão bom
quanto o que partiu.
Quem sabe até melhor ou simplesmente diferente, requerendo
apenas um pouco de desapego e abertura da nossa parte.
Cezar Braga Said
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