Felicidade - agora ou depois?
Você costuma afirmar que a felicidade foge de você? Que
sempre que você está para conquistá-la, ela se vai, como fumaça ao vento?
Você não será porventura daqueles, como muitos de nós, que
coloca a sua felicidade no futuro? Algo que é projetado e que um dia, quem
sabe, poderá ser alcançado?
Talvez justamente aí resida a grande dificuldade de ser
feliz. Não sabemos apreciar o momento que passa, o que temos, o que somos, onde
estamos.
Vejamos. Quando andamos a pé, nossa felicidade está em
comprar um carrinho. Não importa o tamanho, a cor, o ano. Importante que rode,
que nos leve de um lado a outro, sem longas esperas em terminais de ônibus.
Quando, afinal, conseguimos adquirir o carro e começamos a
utilizar, passamos a desejar ter um maior, mais confortável, mais econômico,
melhor, enfim. E nisso passa a residir a nossa felicidade.
Sequer nos damos tempo de ficar felizes por termos o
primeiro carro. Termos alcançado uma meta.
Quando não temos casa própria, sonhamos com ela. Ficar
livres do fantasma do aluguel, podermos, em nossa propriedade, fazer o que
desejamos, sem precisar pedir autorização ao proprietário.
Um dia, então, alcançamos o nosso desejo. Eis-nos na casa
própria. Em vez de ficarmos felizes, plantarmos um jardim, e ir colocando os
pequenos mimos cá e lá, enfeitando nosso cantinho particular, começamos a
sonhar com uma casa maior.
Ou, então, em um bairro melhor, com mais comodidades.
Afinal, seria interessante que cada membro da família tivesse seu próprio
quarto e seu banheiro.
E sonhamos, e sonhamos.
Ora, desejar progredir é próprio do ser humano. Desejar
melhorar as condições de vida é natural. Contudo, o que não nos permite sermos
felizes, em momento algum, é não valorizarmos a conquista realizada.
E aprendermos que a felicidade não está especialmente em ter
coisas, mas em saber dar a elas o seu devido valor.
Mais precioso que o carro, é a possibilidade de andar com as
próprias pernas. É ter braços para estreitar, apertar contra o peito quem se
ama.
Melhor que a casa onde se reside é gozar da felicidade de um
lar, que quer dizer família, lugar de morar, de se expandir, de crescer, de
amar e ser feliz.
Eis o segredo da felicidade. Eis porque encontramos seres
que nada ou quase nada possuem e sabem sorrir.
Eis porque as crianças, que ainda não entraram no esquema do
consumismo, ficam felizes por poder brincar, correr com os amigos.
Elas esquecem se está frio ou calor, se é hora de comer ou
de dormir. O importante é gozar até o último momento da brincadeira com os
amigos. Por isso, todos os dias, elas nos dizem com seus sorrisos: É possível
ser feliz na Terra.
* * *
Saúde o seu dia com a oração da gratidão a Deus.
Você está vivo.
Enquanto a vida se expressa, se multiplicam as oportunidades
de crescer e ser feliz.
Cada dia é uma bênção nova que Deus lhe concede, dando-lhe
prova de amor.
Acompanhe a sucessão das horas, cultivando otimismo e
bem-estar.
Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do cap.
1, do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo
Pereira Franco, ed. Leal. Disponível em www.momento.com.br.
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