Indução e Ação
Emmanuel
Entendendo a nossa condição de espíritos imortais, é justo
se te peça tolerância e paciência, diante dos companheiros que a vida te
confiou à direção e à intimidade.
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Não é unicamente a noção por certos prejuízos que se fazem
suscetíveis de conduzir uma criatura ao desequilíbrio ou a auto-destruição.
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A
nossa possível atitude condenatória, em muitos casos, é o fator desencadeante
que a impele para a loucura ou para o suicídio.
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Em vista, se consegues discernir os riscos em que se
encontram determinados irmãos, usa a caridade do entendimento para com eles, a
fim de que não venhas a precipitá-los em riscos maiores.
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Se pessoas estimáveis caíram em erro, não lhes aumentes o
peso da culpa, destacando-lhes esse ou aquele gesto infeliz.
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Aos enfermos não te dirijas, comentando-lhes os males, para que
esses mesmos males não lhes cresçam na imaginação.
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A frase de tristeza para os tristes é mais um toque de
sombra, ampliando-lhes a angústia.
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Perante os aflitos, não apresentes esse ou aquele quadro de
inquietação, capaz de impulsioná-los ao desespero.
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Recorda que toda conversação está carregada de poder
criativo.
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Usa o verbo para o bem e faze com ele a felicidade de
quantos te compartilham a vida.
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Não é apenas o mal que praticamos aquele que se nos debita
nas contas cármicas a pagar, mas igualmente, aqueles outros males que sugerimos ao próximo,
impelindo os semelhantes à faltas determinadas pela nossa capacidade de criar
imagens nos cérebros alheios com pincel de nossos apontamentos e com as nossas
tintas de indução.
XAVIER, Francisco Cândido pelo Espírito Emmanuel. Livro
Amigo, p.08.
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