Divaldo Franco, uma surpresa em Paris
Pedro Fagundes
Azevedo
Esta história verídica já foi contada várias vezes pelo
próprio médium.
Assim, mesmo que você já a conheça, há de concordar que é tão
original que vale a pena relembrá-la.
Há muito tempo, em viagem a Paris, quando
passeava ao acaso por um caminho de pedras muito bem cuidado, Divaldo Franco
teve sua atenção despertada por um imponente Monastério, também revestido de
pedras.
Era de uma ordem religiosa, das monjas enclausuradas, fundada por um
frade capuchinho no século XVII.
Emocionado, sem saber porque, bateu na enorme
porta da instituição.
Apareceu-lhe uma sorridente monja-porteira informando que
o Monastério não estava aberto à visitação pública e que as monjas eram
enclausuradas.
Divaldo pediu que ela fosse chamar a monja-mestra.
E só aí
deu-se conta de que estava falando em francês, com um estranho sotaque.
A
atendente aquiesceu e mandou-o entrar até o parlatório onde uma outra
religiosa, mais idosa, confirmou a impossibilidade de sua visita.
O médium
voltou a insistir com tanta ênfase que teve de vir a Abadessa, uma veneranda
senhora belga com cerca de 70 anos.
Estabeleceu-se então um diálogo mais ou
menos assim:
- Senhora, eu sou o fundador dessa Instituição que é muito
dura para com as jovens que a habitam.
Quando a instituí eu não me dava conta
disso, mas hoje venho pedir-lhe para ser mais complacente com as monjas.
- Meu filho, você é tão jovem!
Porque está falando em
francês provençal?
Meu filho, você está aturdido, vou providenciar que alguém o
leve de volta.
- Não antes que eu possa visitar a cela onde faleci.
- Como você sabe que nosso fundador morreu aqui?
- Irmã, eu sou ele!
Eu vivia em orações contínuas, tanto que
onde eu me ajoelhava, o piso de pedra-pome, ficou um pouco mais fundo que o
restante do assoalho...
A minha cela possuía uma gravura da Virgem Maria, que
certo dia, após muitas preces, inadvertidamente, queimei um pedaço com uma vela
acessa.
- Como o senhor pode saber disso?
Essas referências
verídicas não constam em nenhuma de nossas publicações!
- Irmã eu sou ele!
A monja-mestre diz que não posso visitar
minha cela porque teria que passar pelo pátio interno, onde ficam as clausuras
proibidas ao sexo masculino.
Mas, se formos pelo altar-mor, atrás dele, há uma
porta, que dá para uns degraus, que vão terminar num corredor, onde sem passar
pela clausura chegaremos à minha cela, irmã!
Vamos!
- Já que insiste tanto e para acabarmos logo com isso, venha
e mostre-nos o caminho que diz conhecer!
E Divaldo foi à frente, mostrando o
caminho, que reconhecia, com a Abadessa logo atrás dele, depois a irmã-mestra
seguida pela monja-porteira.
Como nos velhos tempos...
O fundador à frente de
todas...
Depois do desejo do médium ter sido concretizado e, Divaldo ter
observado na cela a surrada vestimenta do sacerdote, ter visto o chão realmente
amolgado perto do genuflexório, e de não ter visto mais a gravura de Nossa
Senhora que lá não estava mais, todos muito emocionados, retornaram pelo mesmo
caminho...
A Abadessa pediu para que as outras duas se retirassem e lhe
pergunta o que seria aquele fenômeno.
Divaldo fala-lhe abertamente da
reencarnação, da lei de causa e efeito e, promete mandar-lhe o EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO e O LIVRO DOS ESPÍRITOS em francês.
A partir daí os dois
passaram a corresponder-se até a morte da abadessa, já aposentada, na Bélgica.
Texto resumido do livro 100 Reflexões Filosóficas, de
Divaldo Franco, Ed. Leal.
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