Casais Menos Felizes
Emmanuel
Se encontraste a felicidade no lar tranqüilo, no instante de julgar os companheiros em conflito no casamento, guarda-te em silêncio, se não podes louvá-los em algum ângulo da experiência que atravessam.
Já que conseguistes preservar a essência do amor nos fixadores da amizade e da ternura sem mescla, compadece-te daqueles que, de um momento para outro, se reconheceram defrontados por incompatibilidade e perturbação.
Efetivamente, anotaste-lhes os erros prováveis e lhes viste as atitudes aparentemente impensadas ou inseguras;
no entanto, não lhes enxergastes os obstáculos e lágrimas,ansiedades e angústias, na gênese do drama doméstico em que se lhes arrasam as forças e do qual agora talvez consigas observar somente o fim.
***
Quantos de nós carregamos pesados grilhões de culpas adquiridos em existências passadas?
Quantos compromissos teremos relegados para trás, reclamando-nos atenção e pagamento?
Entretanto, quando colocados uns à frente dos outros, nos bastidores caseiros da Terra, por impositivos da reencarnação, comumente fugimos de solucionar os problemas e ressarcir os débitos que nós mesmo criamos.
Que o dever é dever não padece dúvidas, todavia, em muitas ocasiões não dispomos da força necessária para cumpri-lo.
E, se no mundo encontramos, por vezes, credores humanos e generosos que nos aguardam com paciência, que dizer do Senhor, cuja justiça se erige em base de infinita misericórdia?
***
Se te observas feliz nos laços conjugais, é razoável que não aplaudas àquilo que te pareça desequilíbrio, embora nem sempre o seja, mas não censures os companheiros que a provação vergasta e o desajuste domina.
Em lugar disso, ora por eles e abençoa-os, sem recusar-lhes o apoio e a simpatia de que se mostrem necessitados.
Tanto nós, quanto eles, estamos entregues à Bondade de Deus e, em matéria de ajustamentos aos imperativos do amor, nenhum de nós, na Terra, por enquanto, consegue saber com certeza se ainda hoje será para nós o dia de receber auxílio ao invés de auxiliar.
Justiça Misericordiosa
Irmão Saulo
Se não aceitarmos a reencarnação poderemos admitir logicamente a justiça de Deus?
Ou preferimos rejeitar o próprio Deus, ignorar-lhe ou negar-lhe a existência?
A tese da reencarnação é um desafio para os povos do Ocidente, onde
prevalece, através de longa tradição religiosa, a ideia da unicidade da existência.
Hoje, porém, cientistas empenhados na solução dos problemas psicológicos, que atormentam cada vez maior número de pessoas, dedicam-se a investigações nesse campo.
Seria possível obtermos a prova científica da reencarnação, dentro das rígidas exigências metodológicas da Ciência?
Ian Stevenson, diretor do Departamento de Neuropsiquiatria da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos que não é espírita nem reencarnacionista já examinou mais de 500 casos de possíveis reencarnações, chegando a algumas conclusões curiosas.
Em seu livro “20 Casos Sugestivos de Reencarnação” aparecem dois casos de reencarnação observados no Brasil.
Na própria Rússia os cientistas se interessam pelo assunto.
O Prof. Wladimir Raikov, da Universidade de Moscou, é um dos expoentes da pesquisa sobre “memória extracerebral”.
O Professor Barnejee, que esteve entre nós, é o mais conhecido dos
pesquisadores indianos.
Essa abertura científica, de âmbito mundial, no campo da reencarnação, revela que o problema já deixou de ser apenas religioso.
E a própria existência das pesquisas no plano universitário responde às dúvidas quanto ao problema metodológico.
Na verdade, o avanço atual das Ciências em direção à Metafísica, ou pelo menos a Parafísica, modificou e modificará cada vez mais a rigidez dos dogmas metodológicos, tornando possível o esclarecimento de problemas até há pouco considerados fora de cogitação científica.
A crise da família, que é apenas uma parte da crise geral do mundo contemporâneo, encontra explicação satisfatória à luz do princípio da reencarnação.
Desentendimentos entre casais, rebeldia dos filhos, descontrole de outros elementos familiais podem ter sua origem nas vidas anteriores.
Por sinal, foi esse o motivo que levou Ian Stevenson, segundo suas próprias declarações, a iniciar as investigações sobre a reencarnação.
Não encontrando explicação possível, nem qualquer teoria aceitável para explicar anomalias estranhas no lar de vários de seus clientes, o conhecido neuropsiquiatra norte-americano resolveu corajosamente aceitar a teoria da reencarnação como hipótese de trabalho.
A insistência das mensagens psicográficas no tocante à reencarnação e suas consequências não é, portanto, absurda.
A mensagem de Emmanuel, ora considerada, encontra apoio no interesse atual dos cientistas pela reencarnação.
XAVIER, Francisco Candido; PIRES, Herculano. Chico
Xavier pede licença.
Espíritos
Diversos, Cap 5.
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